# Eustáquio Amaral

Segurança e VAF, Questões a Serem Bem Tratadas

20 de Junho de 2017 às 12:35

Indicadores. É bom analisá-los com frequência. Principalmente, os que envolvem o nosso Município. Como o próprio nome indica, eles mostram as vias a serem seguidas em busca de uma cidade melhor para se viver. Recentes publicações da Fundação João Pinheiro (MG) e Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) do Governo Federal valem a pena conferi-las.

ICMS PARA A PREFEITURA – Em maio, o Estado transferiu R$ 3.479.310,00 para Patrocínio. Poderia ter sido mais? Poderia. Mas, a performance atual da economia e algumas fragilidades patrocinenses nas variáveis que compõem o Índice Geral, que estabelece o critério de transferência, ainda não permitem isso.

EXEMPLO HILARIANTE – Por ser município minerador, a cidade recebeu a “fortuna” de R$ 74,00 em maio. A variável Mineração na composição do ICMS somente determinou esse montante. Nos últimos meses, não foi registrado nenhum valor considerável.

PIOR – Há um setor que há décadas é cantado em prosa e verso em função de Serra Negra, Represa, beleza da cidade e riqueza agropecuária. Esse setor é o Turismo que continua oferecendo zero de ICMS para os cofres municipais. Ou seja, nada! Somente os sonhadores acreditam nele.

O MELHOR – Embora não seja o desejável, o famoso VAF é o responsável pela maior fatia de recursos de ICMS. O VAF é o reflexo da movimentação econômica municipal. Se melhorá-lo, a Prefeitura poderá receber recursos adicionais. Uma saudável industrialização é um bom caminho para tanto.

O CRIME NÃO COMPENSA – O IPEA indicou, há alguns dias, os índices de criminalidade dos municípios brasileiros. O documento é denominado Atlas da Violência 2017. No domingo, 11/6/2017, o jornal Estado de Minas destacou os homicídios nas cidades mineiras com mais de 100 habitantes. Nos extremos, estão Araxá, com o menor indicador de homicídios do Estado, e na outra ponta, Betim com o maior número de assassinatos.

A LIÇÃO DE ARAXÁ – Apenas seis homicídios em território araxaense. Significa a menor taxa de homicídios de Minas dentre as grandes cidades. O Secretário Municipal de Segurança Pública, um ex-delegado da Polícia Civil, justifica que há 33 câmeras, que flagram movimentos de moradores e turistas. E que há projeto para adquirir mais 22 câmeras. A Polícia Militar já explica que a tolerância zero com o tráfico contribui bastante pelo baixo índice.

E MAIS... – O objetivo da terra de Dona Beja é se manter como a campeã da paz. Por isso, pretende implantar também a Guarda Municipal. O prefeito disse ao jornal, que enquanto não vem a Guarda, a vigilância é reforçada por servidores municipais rondando os prédios públicos.

PARA COMPARAR! – A Secretaria Estadual de Segurança Pública informa que no primeiro quadrimestre/2017 houve tão somente dois homicídios em Araxá. Em 2015, três. Em 2015 todo, só nove homicídios. Vale como belo exemplo.

PARA NÃO ESQUECER – Patrocínio, com cerca de 15.000 pessoas a menos, comparando as duas cidades, teve um número muito maior de homicídios em 2016 e agora em 2017 parece que não haverá nenhuma redução do índice criminal. Pois, o número de assassinatos é enorme.

POR FIM – Algo tem que ser feito nesse maravilhoso chão, que já foi bucólico, fraternal e pacífico. E hoje, é um chão inseguro, dia e noite, no campo e na cidade.

Primeira Coluna publicada na Gazeta, edição de 17/6/2017.

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