Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), cerca de 5,4 milhões de brasileiros sofrem de hérnia de disco que pode estar associada ou não a outras patologias da coluna. As pessoas mais afetadas pertencem a faixa etária entre 25 a 45 anos de idade e, diariamente, estas estatísticas aumentam.

De acordo com o neurocirurgião da Santa Casa de Patrocínio Dr. Gustavo Martins Zola Santiago a hérnia de disco está associada a múltiplos fatores genéticos, comportamentais, traumáticos e ambientais, dentre os quais pode-se citar: predisposição genética, sedentarismo, tabagismo, esforço físico inadequado, como carregar ou levantar muito peso, realização de atividades físicas de alto impacto, competitivas e que envolvam movimentos bruscos, se não forem acompanhadas de um preparo físico adequado, má postura e obesidade.

O neurocirurgião explica que a coluna vertebral é formada pelas vértebras, que são estruturas ósseas e pelas partes “moles”, que são os discos, ligamentos, cápsula articular etc. A principal função dos discos é sustentar, articular e amortecer a carga entre os corpos vertebrais.  Com o passar do tempo, os discos vão sofrendo processos degenerativos, determinando a desidratação (perda de líquido) dos mesmos. Isso faz com que se formem rachaduras, aumentando a fragilidade do mesmo levando eventualmente a ruptura que causa extravasamento (herniação) de um conteúdo gelatinoso para fora do disco – caracterizando a Hérnia de Disco, propriamente dita.

“A coluna vertebral está em íntima relação com as estruturas nervosas. A depender do nível, aquela gelatina, que extravasa do disco da coluna, pode comprimir e machucar a medula ou as raízes que formam os nervos e causar sintomas neurológicos que dependem sempre do nível da coluna afetado, sendo os mais comuns: dor incapacitante - paciente “travado”, dormências e perda de força muscular localizada. Em alguns casos mais graves pode haver dificuldade para urinar ou defecar. O local mais comum de herniação é a região lombar, que recebe a maior carga do peso do corpo, e estas hérnias tendem a comprimir as raízes que formam o nervo ciático”, pontua Dr. Gustavo.

O tratamento dessa doença pode ser conservador (através de fisioterapia, medicação e repouso) ou cirúrgico (através de microcirurgia). O paciente com hernia discal deve consultar com um Neurocirurgião, que irá avaliar o caso individualmente e definir a melhor conduta.

O neurocirurgião enfatiza que para prevenir a formação das hernias de disco e outras doenças da coluna, é necessário adquirir hábitos saudáveis de vida como a prática regular de atividade física, com exercícios de alongamento e fortalecimento da musculatura abdominal e paravertebral e adoção de  postura correta.

Dr. Gustavo Martins Zola Santiago, CRM-MG 50871, é neurocirurgião do Corpo Clínico da Santa Casa de Patrocínio e atende no Centro Médico da Instituição pelo telefone 34 3515 2549.