17 de Outubro de 2020 às 09:35

Polícia Civil e Ministério Público Eleitoral deflagram operação “Voto de Cabresto” em Perdizes-MG

Um candidato usava do poder econômico

 

A 7ª Delegacia de Polícia Civil de Perdizes-MG, chefiada pelo Delegado Regional, Dr. Vitor Hugo Heisler, coordenada pelo Delegado Dr. Rafael Pereira Silva Gallo, e o Ministério Público Eleitoral do Estado de Minas Gerais, coordenado pela Promotora de Justiça Dra. Bárbara Francine Prette Nunes, deflagraram no dia 16 de outubro de 2020 a Operação “Voto de Cabresto”, visando combater grupo suspeito de ser responsável pela prática de inúmeros ilícitos eleitorais.

Segundo informado pelo titular da 2ª Delegacia Regional, Dr. Victor Heisler, durante as investigações foi possível apurar que o referido grupo usava a máquina pública municipal para deturpar o processo eleitoral ao coagir e induzir outros servidores, em especial funcionários comissionados, a votarem na candidatura do atual vice-prefeito de Perdizes-MG ao cargo de prefeito.

Durante as diligências investigativas foi também revelado que o vice-prefeito de Perdizes e seus apoiadores forneciam materiais de construção como - tijolos, cimento, areia, telhas e portas - para eleitores em troca de voto.

Durante a operação foram cumpridos 03 (três) mandados de prisão temporária, expedidos em face do vice-prefeito e de dois funcionários da prefeitura, por utilizarem de poder econômico e de influência política para ocultar provas e dificultar as investigações.

Também foram cumpridos 15 (quinze) mandados de busca e apreensão, incluindo buscas na casa de dois vereadores de Perdizes, sendo recolhidos documentos, dinheiro, aparelhos celulares e computadores utilizados no desenvolvimento das atividades ilícitas, as quais comprovadamente deturpavam o sistema eleitoral e o livre exercício do voto.

Buscas também foram feitas na Prefeitura Municipal e na Câmara Municipal de Perdizes, e ainda em dois estabelecimentos comerciais.

Participaram da operação “Voto de Cabresto” mais de 20 (vinte) policiais civis pertencentes ao Departamento de Polícia Civil de Uberaba-MG e 18 (dezoito) policiais civis da CORE/PCMG (Coordenadoria de Recursos Especiais).

O nome da operação faz referência ao mecanismo de acesso aos cargos eletivos por meio da compra de voto com a utilização da máquina pública e ainda ao uso de coação e ameaças para que eleitores apoiem determinado candidato.

Fonte: PCMG

 


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