# Eustáquio Amaral

A Eterna Atração para Todos

11 de Julho de 2019 às 22:05

Rádio. Quem não gosta dele, bom sujeito não é. Assim, diria antigo ditado popular. Na verdade, rádio é emoção. É rápido. E não exige exclusividade dos sentidos da visão e audição, nem dedicação. Só a audição é suficiente. A propósito, o rádio em Patrocínio é bom? Para os seus amantes, é bom. Porém, precisa melhorar um pouco em alguns aspectos. Pelo que se ouve, pelo que é publicado, há propostas de melhoria. Capital, Difusora e Módulo se esforçam.

GRUPO RAINHA DA PAZ – Com a criação da Capital FM 107,3 e da contratação de astros do microfone rangeliano, a emissora católica muda da água para o vinho. Luiz Antônio Costa, o Versátil, lidera a mudança. Na nova programação já são destaques o Padre Marcelo Rossi, às 8h, em conexão com a rádio Capital de São Paulo, o próprio Luiz Antônio às 9h comparece com o seu programa musical-jornalístico “Manhã da Capital” e, às 10h entra, segundo se comenta, o líder regional em audiência, Padre Reginaldo Manzotti.

E MAIS... – Às 17h, esportes em rede com a rádio Super/BH. Com o Atlético, o Cruzeiro e o mundo do futebol. A Super pertence ao grupo do jornal “O Tempo”. Às 18 h, o esporte local, com equipe própria. E aos domingos, também com Luiz Antônio, o programa “Relicário 107 – As Melhores de Todos os Tempos”. Músicas e histórias curiosas de 1970 a 2000. De 9h às 12h.

DIFUROSA 95,3 – Os pilares da mais tradicional rádio patrocinense são a cobertura esportiva local e, a retransmissão de programas da Itatiaia, tais como o “Jornal da Itatiaia” e o futebol nacional, além da madrugada com ótimo entretenimento. Basta afirmar que a Itatiaia, disparadamente, é a maior de Minas e uma das cinco maiores emissoras do Brasil.

MÓDULO 96,1 – Sob o comando da jornalista Leid Carvalho e do repórter Jânio Lucco, o jornalismo é o ponto positivo. Já o esporte necessita avançar um pouco mais.

98,9 – Provavelmente, seja a mais musical das rádios do Município. Talvez, a possibilidade em ampliar um pouco a faixa etária na sua proposta musical, seja bom caminho para robustecer a sua audiência.

O QUE FALTA – Gosto é gosto. Seria exitoso se houvesse programação musical diferente. Visando atender todas as idades e a diversidade de preferências. Por exemplo, não há na região nenhuma emissora padrão Alvorada-FM (BH), 102,9 FM (BH) e Antena 1 (SP e rede). Essas emissoras são perfeitamente sintonizadas na internet, inclusive em aplicativos. No Alto Paranaíba, apenas a Jovem Pan de Patos e a Jovem Pan de Araxá fazem algo distinto. Mesmo porque, pertencem a uma rede nacional, todavia objetivam apenas ao público de até 30 anos de idade. Redução e qualificação dos comerciais também são desejáveis. Não podem dar a impressão de pequenos anúncios classificados.

ESPERANÇA – Pelo que é apresentado, ouvido, em 107,3 FM e internet (inclusive aplicativo do grupo Rainha da Paz), a rádio Capital começa a oferecer alternativa com qualidade. Ainda que seja parcialmente, na verdade o é, torna-se novidade. E gerações mais maduras agradecem.

A CONFERIR – A Capital FM promete. Luiz Antônio Costa tem apresentado opção. Músicas marcantes de todas as épocas. Verdadeiros sucessos. Os ouvintes de 30, 40, 50, 60 anos e até mais se sentem melhor. Comercialmente, é bom que se diga, que o maior poderio de compra, maior poder aquisitivo, está nessa faixa. E a notícia bombástica do rádio patrocinense, porque não dizer da rádio regional, parece, ocorrerá dentro de alguns dias. Carlinhos Bill nas tardes da Capital.

 

PALAVRA FINAL

 

GRANDE AMIGO – Sábado, dia 22/6/2019, este escriba amador esteve, por horas, com o decano do rádio patrocinense, em BH. José Maria Campos, o titular do “Comentário do Dia”, desde o falecimento de Assis Filho. E apresentador do “Arquivo Musical” aos domingos, pela Difusora. Um pouco dos últimos cinquenta anos na cidade rolou em agradável bate-papo. Para quem não sabe, José Maria entrevistou, o então vice-presidente da República, folclórico José Maria Alkmim. Isso nos anos 60. Na oportunidade, Alkmim estava entregando benefícios para Patrocínio, onde tinha sido, em alguns mandatos, majoritário como deputado.

Primeira Coluna publicada na Gazeta, edição de 29/6/2019.

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