História. O segundo capítulo do melhor momento do Clube Atlético Patrocinense–CAP para a história está próximo de ser escrito. Exatamente 23 anos depois do primeiro capítulo. Ou seja, equipe integrante da Divisão de Elite de Minas. Que será composta pelo CAP, Galo, Cruzeiro e mais nove grandes clubes. Um resumo, um lance, do capítulo 1, vivido em 1991-1992-1993 e 1994, é apresentado.
O PRIMEIRO JOGO NO MINEIRÃO – Dia 29 de setembro de 1991, domingo, é uma data para não ser esquecida. É a data da maior festa de patrocinenses já realizada em outras terras. Quem teve o privilégio de assisti-la ou de fazê-la chorou de alegria. Foram várias festas dentro de uma melhor. O então segundo maior estádio coberto do mundo transformou-se no palco onde os shows se sucederam.
CAP – O querido Clube Atlético Patrocinense fez a sua festa. Perdeu, é verdade. Mas, apresentou um futebol exuberante. Digno de Telê Santana (até na sorte). O desempenho no jogo dos atletas-artistas pode ser medido por notas:
Zé Luís ................................................... 8,5 |
Pingo ..................................................... 9,5 |
Gilmar Barbosa ...................................... 9,0 |
Dudu .................................................... 10,0 |
Zecão ..................................................... 8,0 |
Joãozinho .............................................. 5,0 |
Edson Shell ........................................... 8,5 |
Gilbertinho ............................................. 5,5 |
Euler ...................................................... 8,5 |
Brandão ................................................. 6,0 |
Paulo Alan ............................................. 9,0 |
Geu ........................................................ 6,0 |
Elói ........................................................ 6,0 |
Pedro Omar (técnico) ............................ 8,5 |
UM RECORDE – A torcida patrocinense mereceu nota 10, com louvor, pela sua festa. Jamais o Estádio Governador Magalhães Pinto viu uma festa do interior como a nossa. Quase 2.000 patrocinenses compondo um só corpo. Um corpo cheio de paixão, descontração e emoção. Mais do que isto, exemplar, mostrando a todos como se torce no esporte. E ama a terra natal.
DIRIGENTES – A Diretoria do Atlético Patrocinense não deixou por menos. Fez a sua festa. Procurou cativar, oferecendo placas, pôsteres, sorrisos e gentilezas. E cativou os segmentos de opinião e decisão presentes no Mineirão. Nota dez para esses patrocinenses, nativos ou por adoção, apaixonados pela Santa Terrinha.
MÍDIA RANGELIANA – O show da imprensa de Patrocínio foi outra festa. Documentando para a posteridade, com muito brilho. Foi representada por José Carlos Dias (Revista Presença), José Maria Campos (Revista Pódium); eles e mais Paulo Roberto, Jota Santos e o versátil Luiz Antônio Costa (Rádio Difusora); Ferreira Filho, Cândido Delfino e Araújo Filho (TV Patrocínio); Humberto Correia, Alencar Lotero e Nelson Ferreira (Correio de Patrocínio), e, Cecílio de Souza e este amador escriba (Jornal de Patrocínio). Desculpem-nos se deixamos de citar outros companheiros e outros órgãos irmãos. Se ocorreu, foi por nossa falha à época.
REPERCUSSÃO – A imprensa de Belo Horizonte também realizou a sua festa. Festa de carinho e admiração. Nota dez para ela. Algumas manifestações poderíamos destacar. TV Bandeirantes, por meio do cronista Flávio Anselmo, disse: “– É um clube muito organizado, jogou bem e a torcida foi a do interior que mais marcou na história do Mineirão.” Rádio Capital, pela opinião do narrador Luís Chaves: “– Um jogão, um timão o Patrocinense.” Rádio Itatiaia, na voz do campeão de audiência Osvaldo Faria: “– Quem venceu foi o Cruzeiro, quem deu o show foi o Patrocinense.”
E MAIS – Os jornais, da mesma forma, se manifestaram. Hoje em Dia: “Patrocinense foi um grande teste para o Cruzeiro.” Diário da Tarde: “ Cruzeiro sofre com o Patrocinense.”; “A torcida do CAP deu um show de esportividade.” Estado de Minas: “Patrocinense, um verdadeiro teste para o time de Ênio Andrade.”
ENFIM – Como clímax do espetáculo, o jogo foi nota dez. Para nós e para Ênio Andrade. Foi o melhor jogo do campeonato. Valeu. Valeu mesmo, como expressou a torcida grená.
ANTES – Em 18/8/1991, ocorreu a maior festa do futebol em Patrocínio. CAP e Cruzeiro, pelo primeiro turno. O placar do Estádio Júlio Aguiar mostrou 0 a 0. Porém, o público pagante foi de 6.049 torcedores. O público geral aproximou de 6.500 pessoas. E a renda outro recorde: Cr$ 9.810.000,00 (nove milhões, oitocentos e dez mil cruzeiros, a moeda dos anos 90). Juiz: Márcio Resende Freitas, hoje comentarista da TV Globo Minas.
POR FIM – Próxima edição, um pouco mais do glorioso CAP de Paulo Alan, Pingo, Zecão e Dudu. Agora, é esperarmos o respeitável Nacional de Muriaé. Com muita fé, raça, esperança e determinação em busca da vitória. E após, levantarmos a cabeça para o céu. E dizermos: – Obrigado, Senhor!
Primeira Coluna publicada na Gazeta, edição de 13/5/2017.