Evolução. A nossa amada terra precisa tê-la em diversos segmentos. A urbanística é um deles. Carece de evolução e preservação. O descuido com a arquitetura da cidade ultrapassa meio século. Quem tem boa visão de urbanismo são os bons arquitetos. Entretanto, quem conhece cidades de melhor qualidade de vida, melhor adequação urbana, vê falhas em Patrocínio.
CALÇADÃO OU AUMENTO DA PRAÇA – A ideia de interromper o tráfego de veículos nas duas pistas da Av. Rui Barbosa, na lateral da Igreja de Santa Luzia, parece boa. Principalmente, se um dos mandamentos da cidadania for observado: O ser humano tem prioridade na cidade diante de bens móveis (veículos, por exemplo) e bens imóveis (casas, edifícios, supermercados). No Município, o normal é estreitar passeios e cortar as poucas árvores existentes. Daí, as pessoas não são prioridade.
FALTA – A cidade não possui local com espaço suficiente, na sua região central, para receber público de 3.000 pessoas ou mais. As praças da Matriz, Honorato Borges e Santa Luzia e, as grandes avenidas não suportam qualquer evento sem danificá-las. Seja eventos políticos (comícios, por exemplo), seja esportivo (vitórias do CAP), seja religiosos ou até shows, se houver.
ENTÃO... – É hora de pensar nisso. Com urbanistas, é claro. BH (Praça da Estação, Estádio Mineirão e Praça da Liberdade), Brasília, Uberlândia e tantas outras urbes já pensaram na questão. Cidade boa é cidade com bom espaço urbano central. Facilmente, ele se torna o salão de festas da cidade. Uma referência.
CONSTATAÇÕES (I) – Alguém já viu alguma proposta para ser criada uma praça arborizada e florida na cidade? Certamente, que não. Mas, de loteamentos de praças, vendas de ruas, construção em bons espaços urbanos, comercialização de grandes terrenos públicos, corte de árvores que podem prejudicar passeios sem nenhum replantio, são histórias e narrativas que não cessam de ser divulgadas.
CONSTATAÇÕES (II) – Nos anos 70, quando o prefeito Afrânio Amaral criou o Centro Administrativo, na época muito parecido com a arquitetônica estrutura urbana de Brasília, a população se encantava com os belos espaços entre os edifícios públicos. Ano a ano, esses espaços foram sendo tomados por edificações. Hoje, é um conglomerado administrativo. Faltaram bons urbanistas para opinar no decorrer do tempo.
SONHAR É PRECISO – Dinheiro está escasso. Mas é cívico jamais esquecer do planejamento urbano, tão ausente em Patrocínio. Por isso, um pedido de socorro aos urbanistas. Colaborem. Devemos planejar a cidade. Seja por adequado Plano Diretor, seja por moderna lei de uso do solo, seja pela conscientização da comunidade e das autoridades. Respeito ao meio ambiente, preservação de componentes históricos, edifícios altos em áreas definidas, verde na cidade, trânsito dando preferência ao pedestre, mobilidade, grandes espaços urbanos, dentre outros quesitos, são necessários para uma cidade, que todos almejam morar.
POR FIM – Patrocínio é linda por natureza. Porém o progresso tem que ser incessante. Não parar. Desenvolvimento faz bem para a urbe e para os cidadãos. Desenvolvimento depende de todos. Ser humano é prioridade. Em frente.
PALAVRA FINAL EM QUATRO LANCES
1 – AGRADECIMENTO DE RAFAEL –
“Bom dia, Senhor Eustáquio,
Quero lhe parabenizar pela coluna semanal, no Jornal Gazeta, “PRIMEIRA COLUNA”. Acho espetacular esse trabalho que você faz em resgatar a história de Patrocínio, me apresentando quem foram as pessoas e fatos que escrevem nossa história.
Sou de 1980, cada dia fico mais impressionado como a vida é cíclica, pois na coluna dessa semana você relatou que em 1983 já havia risco de falta de água (claro que deve ser por outros motivos que os atuais), mas isso não esconde a incapacidade de planejamento dos nossos governantes que passaram por nossa cidade independente de partido.
Mas o motivo deste e-mail não é esse, é agradecer as informações que são transmitidas por você, e ficaria melhor ainda se conseguisse incluir fotos para ilustrar as informações.
Atenciosamente,
Rafael Marcato”
2 – RESPOSTA (I) – Somos honrados e gratos com a sua manifestação. É grande incentivo. Na verdade, cumprimos uma missão. Com muito gosto e dedicação. Afinal, são 40 anos desta maneira. Grande abraço.
3 – PESQUISADORA –
“Boa tarde, Eustáquio.
Meu nome é Érica, sou professora de Geografia na Escola Estadual Coronel Elmiro Alves do Nascimento, localizada no Distrito de Silvano.
Estou desenvolvendo um projeto para resgatar a história do Distrito, mas encontro dificuldades, pois não encontramos nenhum recurso bibliográfico sobre o mesmo.
Vi sua coluna na internet, “Território e Nomes de Patrocínio em Todas as Épocas”, publicada em 03/3/2015, e gostaria de saber se você tem algo sobre o Distrito que poderia me ajudar na pesquisa sobre o Distrito.
Ficaria muito agradecida se puder me ajudar.
Grata!!
Érica C. Faria.”
4 – RESPOSTA (II) – Sobre o querido Silvano, nosso Folhados, terra da minha amiga e saudosa Família Ávila, de imediato não tenho nenhum registro. Mas, como sou um patrocinense que reside há muitos anos em BH, e agora trabalhando em Betim, por ora apenas ficarei atento, quando tiver disponibilidade tentarei fazer algumas pesquisas. E se encontrar algo interessante lhe enviarei com prazer.
Parabéns por ser professora e por tentar resgatar a história de sua terra. Você é NOTA DEZ, professora Érica. Até breve.
Primeira Coluna publicada na Gazeta, edição de 11/11/2017.