Aqui em casa obedeço ordens superiores. Sentindo uma leve dor na perna, que por mim, causa que jamais me afastaria do meu trabalho. Entretanto, minha esposa e filha montaram em minha alma, parece até combinaram em revezar numa cantilena: "vai ao médico. Vai no médico"... acabei indo. E foi ontem 04 de Set. Tromboflebite. Cáspita voce não sabe o que é tromboflebite!?. Calma, nem 'nosotros acá' sabíamos até o dia de ontem... "é a formação de um coágulo sanguíneo no interior de uma veia", no nosso caso, na coxa esquerda. "Vamos cuidar disto agora" Disse o excelente Médico, Bernardo Pinto Freitas. Médico da Estratégia Saúde da Família da Unidade de Saúde do Bairro Morada Nova. Que Médico atencioso e comprometido em ajudar todos os pacientes. Aliás, excelente atendimento na UBS do Morada Nova.
Isto posto e posto isto. Fui encaminhado para o Pronto Socorro, (precisava fazer um exame, que, soube mais tarde que por lá não fazem).. Chego ao PA, cerca de 9:10. 9: 20, chega a atendente.Espero. Passo pela triagem.Espero. Sou encaminhado para setor de acolhimento. Espero. Enquanto espero, sinto falta do "Excelentíssimo Senhor Cordialidade"- Lucinho do Pronto Socorro- aquele que merecidamente conduziu a Tocha Olímpica em Patrocínio. O moço que o substitui, fingiu não ouvir minha pergunta. Alcei a voz insistindo queria saber. Me olhou e respondeu ríspido "tá de férias" .
A coisa alí é loucura pura, sem a gentileza do o Lucinho fica pior. Um formigueiro humano. O metro quadrado com mais gente. a Senhora na cadeira de rodas, não esboça quase nenhuma emoção ao ser apresentada a uma sobrinha neta. Pensei, poxa que hora, escolhida para conhecer uma pessoa. A jovem com uniforme escrito Suapi, chega cabisbaixa, escolta escoltada por tres seguranças. Não posso deixar de pensar, o que teria levado aquela moça a ser presa. E por que esta ali na emergência. Sendo aquele paciente sem um quadro agudo, "sem alterações dos sinais vitais", espero. Quem aparece? Sr. Samuel Pinheiro. Não posso ir cumprimentá-lo saber a razão de estar ali, pois meu nome foi chamado. Dra Jaqueline Abadia da Silva, me recebe com um sorriso. Relato meu problema. Muito profissional, Lê o encaminhamento que lhe entrego, reflete, reflete e me descarta. Escreve, escreve, escreve. Enquanto pela porta aberta dava pra ouvir o barulho das macas e ver o clima tenso nos corredores daquela unidade de saúde, tão doente de espaço...
Dra Jaquelline me estende um encaminhamento de volta á Unidade de Saúde do Bairro Morada Nova..
...Ao buscar a saída, lembro de procurar o Sr Samuel Pinheiro, mas encontro ele perplexo, sem condições de me responder nada, parecendo não acreditar em alguma coisa. Pensei que ele não estivesse bem de saúde e aguardava atendimento. Só aí, percebo que o rapaz próximo a ele, estava em desesperado pranto: "Minha vó acaba de falecer".. Dei um abraço apertado no sr Samuel e tentei consolar o rapaz. Mas, naquele momento as palavras não resolviam nada. Logo na saída, encontro o vereador Joel do Sindicato, também em pranto pela partida da mãe e tentando tomar alguma providência. Também dou-lhe um abraço apertado e noto que mais pessoas queriam falar com ele...
Minha saguinha continuava...
De volta á Unidade de Saúde do Bairro Morada Nova, sou prontamente atendido pelo Dr Bernardo. Ele quer muito me ajudar. Me pede alguns exames de laboratório, e me passa alguns medicamentos os quais dois dos tres encontro na Farmácia do Posto. Minha esposa já fez, logo a relação dos horário dos remédios e prega a lista na geladeira . Aqui em casa obedeço ordens superiores. Pra ter uma ideia, um deles cai 1 hora da manhã.
No Laboratório Biovida, sou recebido pela atenciosa Patrícia Malagoli.( Como atende bem!)..Realmente, ás 16 horas, fui buscar os resultados, estava tudo prontinho. E o melhor: "tudo normal" Disse Dr Bernardo, na consulta/retorno.
Quando ele me passa um exame, para fazer posteriormente com um angiologista na Policlínica.
Mas aí terei que... esperar. A demanda é alta. Dr Bernardo, no entanto, quer me ajudar, "fique de olho, se tiver uma desistência, voce consegue logo."
Minha saguinha prosseguia...
Agora no Bradesco, para descontar um cheque. Chego antes do banco abrir, confiro sou o 4º numa pré- fila. De repente não sei de onde saiu tanta gente. Bicho do céu! Eu, conversando com uma colaboradora do Mart Minas, que se dizia satisfeita por trabalhar naquela empresa. "A pontualidade no pagamento é impressionante", já tinha manjado a pequena estatura da mocinha atendente. Pensei. Quando a porta do banco abrir, a 'boiada' vai estourar. Isso aqui vai ser um deus nos acuda.
Ou, dito e feito. Tek, abriram a porteira. Eu que era o 4º, já devia esta lá em sexto. Todos querendo tirar o pai da forca. O pior veio depois. Passei a porta giratória, pisando no calcanhar de alguém, pois alguém fugava em meu cangote.Me vi do outro lado, tendo que fazer uma da maiores escolhas da minha vida. Um dilema: Pego primeiro a senha, que nessa altura eu já devia ser o 15º, naquela toada, seria o 30º, logo. Ou, pego meu celular e o molho de chaves. Fiz a escolha errada. Fui pegar a senha bem na minha frente, mas, o rapaz, cumprimenta, a máquina, processa lento a impressão. Quando vou pegar o celular cadê.. Nem jeito de procurar tinha. Uma mão frenética põe de lá; outra mão frenética, tira de cá..Ufa, consegui, ver com meus próprios olhos, que só estavam lá o molho de chaves e um celular que não reconheci como meu.
Acionei o guarda que já tinha notado os sintomas típico daquele que perde esse brinquedinho nos dias de hoje. "Alguém pegou meu celular aqui, moço!" Sei lá o que ele tentava fazer. Alguém gritou bem alto, mas parece que ninguém ouviu: "Quem pegou um celular errado, aí? Nisso um moço, com um celular na mão, se aproximou calmamente da minha pessoa e perguntou qual o Nº do meu celular. Discava,discava.. "éh! tá chamando, mas não atende" continuou, discando.. Nisto alguém virou, para um senhor não muito idoso, mas bem distraído, que estava há alguns metros dalí: "Seu celular está tocando, senhor!" Ele vai atender e grita -"Esse celular não é meu!" Não era mesmo. Apontaram pra ele que eu estava com o aparelho dele para destrocar. Ufa, desta vez foi final feliz. Bom foi o senso de humor do guarda: "Se eu fosse voce não destrocava, esse o dele é bem melhor". (risos)
Olhei para o Smartfone do velhinho, (que havia chegado muito depois de mim e passou em minha frente na fila) me pedia desculpa, pensei: "Será se algum dia eu terei coragem de fazer isto?"