Informação. É por demais importante. Seja para o mundo privado (particular), seja para o mundo público. Por isso, é fundamental para o gestor público conhecer a estatística oficial. Só tomar conhecimento daqueles “fajutos” levantamentos eleitorais e dos números de eleitores é pensar muito pequeno. O sério IBGE propicia estudar, com pormenores, qualquer município. Como sempre, o querido município patrocinense será um pouco analisado. Patrocínio que é formado por cinco distritos: Salitre de Minas, São João da Serra Negra, Silvano, Santa Luzia dos Barros e a própria cidade com algumas zonas rurais próximas. Além dos números gerais do Município, o último Censo revelou detalhes por distrito. Qual é o maior, o que tem mais moradia e o que tem maior quantidade de moradores por casa.
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O MAIOR E MAIS ANTIGO DISTRITO – Excetuando a cidade de Patrocínio, dentre os cinco distritos existentes, Silvano é o maior em área, com 818,52 km². Ou seja, 30% do chão patrocinense se encontra em Silvano. É também o mais antigo, pois foi criado em 07/9/1923, com o nome de Folhados. Portanto, há 101 anos. Pela mesma lei, Coromandel emancipou-se de Patrocínio, levando consigo Abadia dos Dourados também. A denominação Folhados durou 30 anos exatos. De 1923 a 1953, quando foi rebatizado com o nome atual (Silvano).
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POPULAÇÃO E MORADIA EM SILVANO – Pelo Censo, o IBGE identificou 3.901 pessoas na ex-Folhados. Foram contabilizados 2.314 domicílios (residências). A média de moradores de cada casa chega a quase 3 moradores por residência. Na verdade, 2,79 moradores por casa.
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O MENOR DISTRITO – Pela pequena área (apenas 125,93 km²) e pela pequena população (1.186 pessoas), Salitre de Minas, mesmo englobando São Benedito e Tejuco, é o menor distrito patrocinense. Também é o que tem o menor número de casas (673 domicílios). E o de número de pessoas por residência: duas pessoas e meia por casa, ou seja, 2,5 pessoas, em média, por casa. Mas em função da ferrovia, rodovia pavimentada, comércio, frigorífico e mineração, encontra-se entre os mais desenvolvidos. Salitre foi criado em 1962 pela mesma lei que emancipou Cruzeiro da Fortaleza (Patrocínio) e Guimarânia (de Patos de Minas).
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ESSE TAMBÉM SE DESTACA – Mesmo com o balneário de Serra Negra abandonado, as riquezas minerais de São João da Serra Negra e o cultivo de legumes e verduras fazem esse distrito progressista. O IBGE, pelo Censo, chegou a quase 3.000 pessoas (precisamente 2.965), em 1.406 domicílios, o que dá 2,82 moradores, em média, por casa. Trocando em miúdos, São João da Serra Negra tem mais moradores por casas do que a própria cidade de Patrocínio, que tem 2,81 moradores, em média. São João é pouco mais velho do que Salitre de Minas, pois foi criado em 1953. E sua área, pequena, é de 334,36 km².
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SANTA LUZIA DOS BARROS – Quanto ao território patrocinense, o distrito contém a bacia hidrográfica da Represa de Nova Ponte. Santa Luzia dos Barros conta com 1.292 habitantes, em quase 1.500 domicílios (com certeza 1.547 casas). A média de moradores por casa é baixo: 2,74. Isto é, tem menos gente por casa, em média, do que a cidade. Santa Luzia tem a mesma idade de Salitre de Minas, porque foi criado em dezembro/1962. O tamanho de sua área perde para a de Silvano e a área da cidade-distrito, correspondendo a 675,34 km².
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A CIDADE COMO O PRINCIPAL DISTRITO – Dos 2.875 km² de todo o Município, 920 km² referem-se à cidade e zonas rurais adjacentes (próximas), que é um distrito. O distrito-sede. O restante do território de Patrocínio é formado pelos distritos de Salitre de Minas, Santa Luzia dos Barros, Silvano e São João da Serra Negra. Todos citados acima. Na linguagem do IBGE e dos geógrafos, a cidade-distrito de Patrocínio tem 80.482 habitantes dos 89.826 habitantes do Município. A média de moradores por casa perfaz 2,81. Ou seja, quase três moradores por domicílio, em média. Há quase 33.000 casas na cidade e no entorno da cidade (precisamente 32.630 domicílios). E o bioma predominante em todo o município é o velho conhecido Cerrado (bioma é a vida vegetal e animal em uma área geográfica).
([email protected]) *** Primeira Coluna também publicada na Gazeta de Patrocínio, edição 06/07/2024.