Ano. O novo chegou. Com ele a esperança de dias melhores para todos. No que tange a Patrocínio e à comunidade patrocinense, há ações e realizações almejadas. Sempre é bom relembrar razões para a esperada prosperidade. E a indicação de algum benefício, que faz parte dessa prosperidade vindoura.
TRADICIONAL CAFÉ COM LEITE – O Município é o maior produtor de (excelente) café do Brasil. E também o segundo maior produtor de leite de Minas. Essa combinação na dupla liderança nenhuma cidade brasileira tem. Mas, falta indústria, tanto de um como do outro, do tamanho de suas importâncias, em sua Terra-mãe.
CELEBRIDADES ANTOLÓGICAS – Rangel, seja o famoso rancheiro da Fazenda Bromado dos Pavões, paulista Antônio Rangel Galião, seja o patrocinense poderoso Antônio Correa Rangel, agente executivo (prefeito), em 1853. Índio Afonso, o mais célebre de todos (obra de Bernardo Guimarães conta parte de sua história). Maestro José Carlos da Piedade, Coronel Rabelo (deputado, senador e único barão patrocinense), Carlos Pieruccetti, Odair de Oliveira, José Faria Tavares (deputado, senador, advogado), historiador Joaquim Carlos dos Santos, Padre Eustáquio van Lieshout, Padre Caprázio (Bernardus Franken), prefeito Amir Amaral, Cel. Honorato Borges, Massilon Machado e muito mais. Pelo que fizeram, por si só, justifica maior atenção à cultura e à história municipal e regional. A cidade peca por não conhecer bem a sua evolução, a sua trajetória. Peca também na guarda e preservação de seu patrimônio histórico. |
DECADÊNCIA AMBIENTAL – Patrocínio figura em posições inadequadas, comparadas ao seu progresso, em órgãos oficiais, organizações sociais e mídia especializada, no que se refere ao sagrado verde. Ou seja, respeito à natureza, proteção ao meio ambiente e incentivo à sua restauração, no que ainda é possível. Plantio de árvores e programa de proteção aos mananciais já são excelentes atitudes para 2023.
NO ESQUECIMENTO – O Município já foi considerado estância hidromineral, tal como Araxá e São Lourenço. A sua água magnesiana considerada a melhor do País. O hotel de Serra Negra tido como referência. Embora a cidade seja linda e bem traçada, qualquer iniciativa pró turismo é inexistente (no VAF é igual a zero). Então, passa da hora de se ter planejamento, objetivando a ressureição da vocação turística de Patrocínio. Potencial há. Vontade nem tanto.
SONHOS DE VERÃO – Uma UPA (nível I) em bairro distante (ou até distrito). Pois, o pronto atendimento concentrado em apenas um lugar não é tão eficiente como o diversificado geograficamente (saúde também é tempo). Segurança maior é necessidade (seria o momento da cidade refletir sobre a factibilidade de ter a sua Guarda Municipal?). Nada de mais impostos e taxas, porque o brasileiro já paga imposto demais. Retorno da Academia Patrocinense de Letras. Incremento da agricultura orgânica. Aviação comercial. Ônibus leito entre Patrocínio e BH, pelo menos. |
POR ISSO... – Sonhar é possível. Planejar nem se fala. Que em 2023 algo de bom aconteça. Principalmente, para o cidadão comum.
PARA NÃO ESQUECER – O glorioso CAP–Clube Atlético Patrocinense tem que permanecer na Divisão de Elite. Isso é o mínimo. Que os empresários patrocinenses em todo o Brasil colaborem para esse sonho não desfalecer. CAP é Patrocínio (com a bola). E Patrocínio é CAP.
POR FIM – Tomara que nem tudo seja frenesi. A realidade imaginada será bem-vinda em 2023.
([email protected]) +++ Crônica também publicada na Gazeta de Patrocínio, edição de 31/12/2022.