# Eustáquio Amaral

É Preciso Melhorar Muito!

11 de Dezembro de 2016 às 21:41

Números. Sempre é bom tê–los em mãos. Principalmente, tratando–se de um município. Conhecer o que uma cidade tem de melhor ou que tem de pior é por meio deles. E os números se tornam mais relevantes se há comparação entre municípios. É o ranking. Os números são identificados como índices ou variáveis ou indicadores. Com a colaboração do IBGE, Fundação João Pinheiro (FJP) e Firjan (Federação das Indústrias do Rio de Janeiro) uma amostragem demonstra o que é a nossa Patrocínio de hoje.

IDH – O Índice de Desenvolvimento Humano é considerado alto: 0,729. Ele é composto por três variáveis: Longevidade, Renda e Educação. A esperança de vida (longevidade) ao nascer do Município é excelente: 0,852. Por isso, a longevidade é o destaque. Renda é normal e Educação fica devendo um pouco: 0,628. No Brasil, quanto ao IDH, Patrocínio ocupa a 1052ª posição, dentre os 5.565 municípios. O que é aceitável apenas.

PIB – O Produto Interno Bruto patrocinense, que é a soma de tudo o que foi produzido e trabalhado no Município, é bom. É o melhor retrato da atividade econômica. Seu valor de R$ 1,8 bilhão é o 45º lugar em Minas. O PIB per capita é de R$ 20.528,00. Ou seja, cada patrocinense ganha em média, esse valor por ano, segundo o último PIB publicado.

IMRS – O Índice Mineiro de Responsabilidade Social, elaborado pela FJP, mede o acesso da população à assistência social, à educação, à saúde, ao emprego, à alimentação, à segurança pública, à habitação, ao saneamento, ao transporte e ao lazer. É um indicador puramente social. O índice geral IMRS de Patrocínio é razoável. Dentre os seus dez componentes, destaque para saúde, renda e cultura. Como lado negativo na formação do IMRS patrocinense, os destaques são segurança pública, meio ambiente e, esporte e lazer. Assim, até agora, as administrações que passaram pela Prefeitura nada apresentaram de concreto para o meio ambiente e segurança pública. Nesses aspectos, pareceram até como administradores de cidades do Paraguai ou Bolívia. Basta observar a falta de árvores e a insegurança no Município.

ICMS – A FJP mostra que em outubro houve R$ 3,5 milhões repassados à Prefeitura. O VAF responde por R$ 2,9 milhões. O restante é em função da população, saúde, educação, penitenciária, patrimônio cultural e outros. Assim, Patrocínio deve receber (estimativa ainda) em 2016 cerca de R$ 42 milhões só de ICMS, o imposto de natureza estadual. Patamar tolerável. Poderia e pode receber mais.

FIRJAN – A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro se responsabiliza por dois grandes indicadores municipais, a nível de Brasil. São o IFDM (Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal) e o IFGF (Índice Firjan de Gestão Fiscal). O primeiro é um estudo anual que acompanha a situação humana, econômica e social dos municípios brasileiros. Já o IFGF é um estudo também anual que analisa como as prefeituras têm investido os impostos e taxas pagos pelos cidadãos, utilizando estatísticas totalmente oficiais.

O IFDM E O IFGF DE PATROCÍNIO – A nível estadual, o IFDM patrocinense é bom, atingiu 0,81. Isso coloca a cidade em 24º lugar em Minas. A boa performance deve–se à Saúde e Educação, e um pouco, ao Emprego e Renda. Contrariamente, o IFGF é o caos. Patrocínio encontra–se em 340º lugar no Estado e 2734º lugar no Brasil. Assim, em termos de administração dos tributos, a Prefeitura Municipal está muito mal, como foi apresentado neste minifúndio de papel, há um mês. É bom repetir, os dados são oficiais, fornecidos pela própria Prefeitura ao Tesouro Nacional.

CONCLUSÃO – Há muito trabalho a ser feito. Como se observa, o setor privado da cidade é muito melhor do que o setor público municipal. Os ajustes urgentes são iminentes. Problemas existem para serem solucionados (próximas edições, mais informações, desta feita, do IBGE).

 

PALAVRA FINAL

 

CAP – “Eu acredito!” Há meses escrevemos (plagiamos) o Galo para a equipe grená. Palmas, para o Patrocinense. Agora, em 2017, no Módulo II, “Eu acredito.” De novo.

Primeira Coluna publicada na Gazeta, edição de 10/12/2016.

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