Momento. Um ou outro em nossas vidas é marcante. Pertence ou passa a pertencer o livro da história de cada pessoa. A noite de 17 de outubro de 2017 (há pouco dias) tornou-se histórica página na vida deste escriba (sempre) puramente amador. Um momento que durou três horas. Um show do maior astro da música do planeta, vivo: Paul McCartney.
O CENÁRIO – Estádio Mineirão com mais de 52.000 pessoas. Parecia maior que o público de um Atlético e Cruzeiro. Gente nova, gente velha. Imensidão de jovens de 16 a 28 anos. Um mar humano com idade superior a 60/70 anos de forte coração. Enfim, fãs de todas as idades. Noite de Luar. O relógio marca 21:40h (como dizia o narrador Waldir Amaral). No palco, surge o mito de 75 anos. Um beatle. Uma guitarra. E o incrível som “A Hard Day’s Night” e depois, “Can’t Buy me Love”. Dois sucessos dos Beatles nos anos 60. A emoção toma conta da multidão.
E MAIS... – Jogos de luzes coloridas, multi-imagens, dança de fogos, telões de primeiro mundo, músicos (baterista, pianista, guitarristas, segundas vozes), completam o espetáculo.
A MAIS CANTADA... – “Hey Jude” explode o Mineirão. McCartney a interpreta divinamente por 3/4 minutos e a multidão continua cantando (em inglês) por mais 5 minutos. Essa melodia é uma das emblemáticas dos então meninos de Liverpool.
À VISTA – BH mostra porque é considerada a capital brasileira do rock. Sem parar, o desfile de mais de 40 sucessos enlouquecem os presentes. Dentre os quais, “Obladi, Oblada”, “And I Love Her” (música dedicada à sua mulher), “Love me Do”, “Blackbird” (referência aos direitos humanos) e a popularíssima e lindíssima “Yesterday”.
POR FIM – Quem foi, sonhou. Como escreveu jovem colunista do jornal O Tempo “... agora sei o que vou contar para os meus netos: eu vi o show de Paul McCartney, um beatle, no Mineirão!” Quem não foi, perdeu. Contudo, os eternos sucessos dos Beatles, maior conjunto musical de todos os tempos, estão nas redes sociais (Youtube, por exemplo) para serem curtidos por todas as idades.
E O TAL ESCRIBA RANGELIANO? – Em 04 de maio de 2013, ele viu o primeiro show de Paul McCartney no Mineirão, também esplendoroso. Agora, assistiu ao segundo. A música dos Beatles é uma das naves que utiliza frequentemente para viajar a Patrocínio de outrora. A começar pelo ano de 1963 em que o rádio era o único meio de estar com o mundo. Rádio Bandeirantes–SP, Rádio Tupi–SP e a (cassada pelo Governo Militar) Rádio Mayrink Veiga (Programa “Hoje É Dia de Rock”) faziam a alegria dos jovens. Quem não se lembra de “I Want To Hold Your Hand” dos Beatles. José Maria Campos com certeza! Daí, um pedido: relembre em seu Arquivo Musical (Difusora) quando puder, caro amigo do tempo!
PALAVRA FINAL EM DOIS LANCES
1 – DO RIO, RONDES ESCREVE – “... Recentemente o Milton Magalhães mandou-me mais de duas dezenas da Primeira Coluna e O Meio E Mais, dos diletos amigos, escolhidas com olhos de águia. Assim, me esbaldo em águas rangelianas, lendo os decanos mais autênticos e respeitados da terra. Suas colunas alimentam as almas de patrocinenses ausentes, que tem saudade da antiga paróquia, e, da moderna que já não nos pertence tanto quanto à de outrora, quando achávamos que éramos donos do pedaço ou do queijo-verdadeiro inteiro.”
2 – AINDA RONDES – “... temos que tirar proveitos econômicos e sociais de nossas primazias como água mineral, leite, queijos e café. Precisamos de fábricas que agregam valor. Por exemplo, fábricas que agregam valor ao café rodeiam Patrocínio, mas não entram. Somos incapazes de dizer “entrem”, “sejam bem-vindas”. Palavra de Rondes Machado, patrocinense, aposentado do setor mineral, ex-craque do Flamengo do Véio do Didino, intelectual. Missivista nato.
Primeira Coluna publicada na Gazeta, edição de 28/10/2017.