Bom. 05 candidatos a Alcaide no Palácio Abdias Alves Nunes , e mais de 180 candidatos concorrem as 15 vagas no Legislativo Municipal. Primeira disputa eleitoral após a proibição de doações de empresas a partidos e candidatos. (E tem de separar mesmo. Desgrudar política de empresas, políticos de empresários. Por que? Vide Operação Lava Jato). E assim a grana anda curta para os candidatos. Agora é no gogó e na sola do sapato. Alguns saem bem com este novo formato. Gosta deste tete a tetê com eleitores. E que bom que proibiram as pinturas em muros, paredes e os famigerados cavaletes nas calçadas.
Menos de quinze dias para a grande escolha. Um trombôlho emaranhado. Difícil é que uma campanha eleitoral nivela todos por baixo. Os bons ficam prejudicados pelos oportunistas. O eleitor que deixar para escolher na última hora, perde a visão global. Daqui pra frente é nítido que o calor da emoção prevalecerá neste pleito. Literalmente ‘briga’ pelo voto. O ambiente asfixiante, cada vez mais afunilado, vai tirando a oxigenação de muitos cérebros. O processo eleitoral, fica assim, mais parecido com uma corrida ao pote ladeira abaixo, onde ofusca-se a visão coletiva e o senso de um futuro comum. È como se todo mundo tivesse com o pai na forca. Tem aqueles que jogam tudo numa eleição. Perde, não fica pedra sobre pedra, houve quem até mudou de cidade, depois dos excessos de uma campanha. E abrem-se alas para o confronto de ativistas, provocadores, simpatizantes e cabos eleitorais de temperamento sanguíneo, estopim curto, os quais , entre algumas argumentações lógicas, pertinentes, legítimas, elucidativas e válidas, muitos desequilíbrios, agressões verbais, tentativas de coerção de eleitores no muque. Ou , quiçá, o encontro do velho eleitor com o velho político. Ninguém sabe, ninguém prova, mas, deve sair algum para gasolina em troca de tantos adesivos em carros. Aliás, se alguém souber de infrações deste naipe, denuncie, mesmo.
Há, se não fosse a Justiça Eleitoral. Bendita justiça Eleitoral!
Ainda sobre o comportamento das pessoas numa eleição. Incrível como tem gente que não suporta ouvir a voz contrária, duas palavrinhas, e a mão já está no gogó do interlocutor. O sujeito com um boton no peito, se transtorna, é um fenômeno. Este é o tempo destes reinarem. È explícito a cultura do revezamento de panelinhas no poder. Estes embates, a que nos referimos, ocorrem, nas ruas praças, fábricas e escolas, porém, hoje com mais freqüência e visibilidade nas redes sociais, (Facebook, WhatsaApp,Twitter e Youtube) ferramentas poderosas, de amplo alcance, mas ainda super mau utilizadas em eleições. Ninguém quer ficar por baixo numa turra. Amigos falando para amigos ‘na bucha’ o que não deve, escutando ‘na lata’ o que não quer. Tem gente que gosta e adere este "circo de pulgas"; tem gente que detesta. De nossa parte, por ter visto um bocado de tudo, estamos entre os que passaram desta fase. Lembrando aqui, Paulo Apóstolo: "Quando eu era menino, pensava como menino; mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino"
Debate Democrático, neste pleito? Há que louvar a divisão de jornalismo da Rádio Difusora de Patrocínio, que realizou uma série de entrevistas com os candidatos a prefeito. Ponto alto. Muito democrático. (E. T. Posteriormente, a Gazeta de Patrocinio realizou também uma entrevista com todos os candidatos e a Rádio Difusora, marcou para dia 29 de Setembro, ás 20:30 h, na Câmara Municipal de Patrocinio, acontecerá um debate com os 05 candidatos á Prefeitura de Patrocinio)
Bem..Um dos cavalos de guerra dos candidatos, parece ser mesmo o Novo Pronto Socorro. Já deu pano pra manga, Rendeu vídeos á beça. Agora todos vão construir o Novo P.S. Balela! Nosso ‘Menestrel Rangeliano ‘-Eustáquio Amaral, voz autorizada sobre este assunto por ter sido Superintendente de Planejamento e Finanças da Secretaria de Estado da Saúde, na época. Conhecedor do cerne da questão , escreveu na sua "Primeira Coluna" na Gazeta. Nos Blogs, aqui no POL e no Portal Rede Hoje. Ipsis litteris: “O valor do convênio chegou bem perto de R$14 milhões, a maior quantia da área da saúde do Estado ou União, para Patrocínio, em todos os tempos. Tratando–se, é claro, de recursos para uma única ação.(...) Em junho de 2014, o clima predominante era político. Sem nenhuma critica, o prefeito Lucas resolveu tomar uma direção diferente a do Governo Estadual. Isso dificultou a liberação dos recursos. Mesmo com essa adversidade foi decidida a transferência de R$ 700 mil. Novamente, entra em ação o tal superintendente/SES, que solicitou ao coordenador político do Governo, secretário Danilo de Castro, a liberação de pelo menos 10% do valor do convênio. Em respeito ao trabalho no âmbito estadual do superintendente/SES, o secretário Danilo de Castro o atendeu.
EM RESUMO – Dos R$ 14 milhões empenhados, eram esperados R$ 5 milhões, mas foram liberados R$ 1,4 milhão que até hoje se encontram depositados no Banco do Brasil, aplicados no mercado financeiro, aguardando os demais R$ 12,6 milhões, que não tem dia, ano e hora para virem para Patrocínio... CAUSAS DO INCRÍVEL ATRASO – Lenta negociação do terreno com a Santa Casa. Demora na elaboração do projeto de engenharia. Opção política de autoridades patrocinenses. Perda da eleição pelos responsáveis dessa ação (construção do Pronto Socorro). Falta de recursos no Tesouro Estadual, para honrar o compromisso em 2015 e 2016. Deixou de ser prioridade o Pronto Socorro na nova gestão... A HORA PASSOU... – O universo conspirou contra o desejo dos patrocinenses. A decisão esteve nas mãos dos dirigentes municipais. Contudo, deixaram ela ir para outras mãos. Lamentável (…)”
Ou seja: Aconteceu o que jamais pode acontecer: Perdemos o projeto original do Pronto Socorro pelo cochilo, vacilo e pançada da atual administração.
Não são discussões superficiais, nestes níveis que Patrocínio, espera neste momento. Se muito foi feito no passado, convenhamos, algo de bom foi feito no presente; há, porém, um turbilhão de problemas para serem confrontados com habilidade e competência no futuro. Não se tem notado por parte dessas candidaturas, propostas efetivas, futuristas, para resolver os problemas graves da cidade. Não se trata de um plano de governo redigido no afogadilho de uma campanha, ainda cheirando a tinta, jogado debaixo da porta do eleitor. É planejamento sólido, uma planilha oficial rígida de como será a nossa cidade no futuro... Diretrizes oriunda de um pacto comunitário envolvendo absolutamente todos os setores da comunidade. Labor coletivo, inteligente e honesto. Nenhuma mente desocupada, atirando cascas de bananas no caminho de quem tenta construir. Todos ao eito num forte levante do bem, com meta para um mês, cinco anos, cinqüenta ...cem anos. O que se vê, no entanto, é este círculo vicioso: estilingue se tornado vidraça; vidraça se tornando estilingue...e cada bicudos se beijando!
Resumindo a ópera. Não é cedo para dizer: 05 candidatos a prefeito, faltou articulação; sobrou vaidade.Não temos em Patrocínio outro caminho : AMPLO ENTENDIMENTO POLÍTICO, ALINHAMENTO DE FORÇAS, PACIFICAÇÃO, PLANEJAMENTO INTELIGENTE E TRABALHO HONESTO... - (Publicado na coluna "O Meio e Mais" na Gazeta de Patrocínio)