Calcinha e guardanapo descartável foi dessa inspiração que a microempresária Sarah Mansur tirou a ideia de fabricar máscaras de proteção para o Coronavírus e está fazendo sucesso na internet: “Recebo encomendas todos os dias, estou feliz”, garante Sarah, que é dona de uma boutique de roupas que teve que ser fechada pelo decreto estadual assinado pelo governador João Dória para combater a disseminação do Coronavírus em São Paulo.
“Faziam quatro meses que eu tinha aberto minha loja e fiquei preocupada com o que fazer no meio da crise da Coronavírus. Falei com minhas costureiras e estavam todas sem trabalho e pensei que se eu não fizesse algo, eu também passaria necessidade e levo um grande ensinamento que carrego de um empresário com quem trabalhei no passado, Sr. Olacyr Moraes que sempre dizia “Confie na sua mente no momento de crise”. Eu já tive uma marca de Lingerie e fiquei pensando no material e imaginei este tecido sendo usado em máscaras, depois imaginei máscaras que durassem mais e tirei a referência de coadores descartáveis de café e fiz essa conexão, falei com meu amigo, o incrível médico Dr. Paulo Cezar David, que fez tudo ser possível e seguro” diz a empresária, que também já teve uma grife de lingerie que vestiu famosas como Anitta e Pabllo Vittar.
A eficácia das máscaras é garantida pelo Dr. Paulo Cezar David: “Mesmo antes do ex-Ministro Mandetta recomendar uso de máscaras, eu já recomendava aos pacientes da clínica que fizessem uso. Sou médico raiz. Formado em 1983 e naquela época usavam-se as máscaras de pano feitas de brim por anos, todos hospitais fazia assim e não me recordo de ter tido problemas. Para se proteger com máscaras de pano elas precisam ser feitas de tecido em dupla face e trocadas a cada 3 horas e simplesmente lavadas com detergente ou água sanitária tomando o cuidado de cada um ter a sua própria máscara. Além de proteger, isso vai evitar também o acumulo de material a ser descartado na natureza e deixando as máscaras de TNT ( Tecido Nao Tecido ) para os profissionais de saúde,médicos,enfermeiros pessoal de limpeza entre outros que estamos na linha de frente, diz o médico.
De acordo com Sarah, além de movimentar os negócios, as máscaras são também uma forma de ajudar ao próximo, já que a cada 10 máscaras vendidas, ela doa 02 unidades e já tem planos de aumentar esse número. Mas a empresária sabe que este produto não deve se manter em alta no mercado, já que o objetivo é que em breve as máscaras possam ser deixadas apenas para os profissionais. “Sei que este é um momento de crise e não viveremos fabricando máscaras pra sempre, mas tive que ser criativa. Eu não pude ver minhas costureiras sem encomendas, com necessidades e eu também correndo o risco de passar o mesmo, afinal não sabemos quanto tempo vai durar e tenho uma filha que depende de mim. Por enquanto quero manter os negócios ativos e ajudar a mim, minha filha, minhas costureiras e meu fiel amigo Miguel, que trabalha comigo há 10 anos e ajuda em todo o processo.
Espero que em breve tudo isso passe e eu possa voltar a focar nas roupas.” afirma Sarah, que também deixa uma sugestão: “Enquanto você está em casa, reinvente-se e procure um jeito de contribuir com a sociedade, se você ajudar uma pessoa o efeito disso já é enorme na economia”, finaliza a microempresária.
(Fonte Gazeta Brasilia)
QUEM É SARAH MANSUR
Nascida em Patrocinio MG; descendente das familias Mansur e Silva.
Joalheira, formada pela escola BELL’ARTES de São Paulo. Oito anos de experiência trabalhou com o renomado designer Fabrizio Giannoni.
Cria e confecciona peças exclusivas privilegiando o arrojo, a beleza estética e a arte. Sua característica como criadora de peças com matérias inusitadas faz de seu trabalho, joias e assessórios que compõem a joalheria contemporânea.
Com um toque suas joias aparecem requintadas para comunicar um estado de espirito suave, mágico e romântico.
Criou a marca La Caridad, onde realiza um trabalho filantrópico com pessoas de necessidades especiais, pois acredita na sensibilidade e na criatividade das pessoas.
Sempre buscando novos caminhos, pesquisando novos materiais e assim que a joalheira Sarah Mansur, se define uma mulher que vive de arte. para desenvolver peças exclusivas que se adaptam aos mais variados estilos e ocasiões.