Data. Há muitas que se tornam referência para uma comunidade, uma nação. São históricas. Dia 28 de janeiro de 2018 é especial para a nação rangeliana. Agora também nação grená. O que o glorioso Clube Atlético Patrocinense fez em BH é inacreditável. Fato que apenas guerreiros conseguem. Fato que exige fé. É bom ter mais uma visão desse domingo memorável, onde o duelo pelo campeonato mineiro testou milhares de corações. Duelo esse entre o Atlético e o querido CAP.
CENÁRIO – Céu ensolarado. Estádio Independência. Mais de 20.000 atleticanos. A apaixonada torcida grená não passa de 250 pessoas. Mas cheia de muito amor e entusiasmo. Patrocinenses de Patrocínio, patrocinenses da (que residem) região metropolitana. Presente o principal da mídia de Minas (televisão rádio, jornal e comunicação via web). Vibração intensa das duas torcidas.
NO GRAMADO – O CAP humilde bate bola, faz aquecimento. O Galo exibe sua força. Afinal, na atualidade, é uma das sete melhores equipes do futebol do Brasil. O jogo começa e a natural pressão atleticana acontece. O CAP utiliza a famosa estratégia bélica. Quer seja, às vezes, o recuo é necessário para atrair o inimigo e fazê-lo se sentir vitorioso.
NA ARQUIBANCADA – O coração dos patrocinenses pulsa. Vozes gritam. Termina o primeiro tempo. Mais uma vez, com belo gol contra de Diego Borges: Galo 2, CAP 0. Porém, a equipe de Patrocínio é bem estruturada. A esperança se mantem viva. Este escriba amador conversa com o seu protetor, padroeiro, espiritual: “Dê uma força, Padre Eustáquio. Você residiu lá. Aquela gente merece momentos de felicidade. O que pode fazer?”
SEGUNDO TEMPO – O domínio da partida muda de lado. Os comandados de Rogério Henrique rolam a bola, do jeito que os seus torcedores gostam; com raça e amor. Naturalmente, os gols de Marcelo Régis e Ademir acontecem. Está “decretado” o empate: 2 a 2. A massa grená “vai à loucura”. O Independência, em silêncio, assiste a uma festa do interior. Minutos antes dos 45 minutos finais, o zagueiro Rodolfo Mol é expulso. E o Patrocinense, mesmo com 10 jogadores, resiste heroicamente. Até com a longa prorrogação concedida (cinco minutos). Outro motivo para nova explosão de alegria da torcida grená.
REPERCUSSÃO – Rádio Itatiaia: O narrador Mário Henrique Caixa (deputado) e o comentarista Cadu Doné apontam o CAP como a melhor equipe do interior até agora. A Globo transmite o jogo e à noite o seu programa Fantástico dá verdadeiro show sobre Patrocínio, o CAP e seus 18 logotipos comerciais. Que “colher de chá” no horário mais caro da TV e por 2 minutos e 28 segundos! Ainda no domingo, é registrado que o CAP é o assunto mais comentado em Minas e um dos mais comentados do Brasil. Apenas perdendo para o Grammy, depois das 21h. Isso conforme o “Trend Topic do Twitter”. Na segunda-feira, haja MGTV, Globoesporte, TV Bandeirantes, TV Alterosa e principais jornais do eixo Rio-São Paulo-BH! Patrocinense se destaca, com louvor.
DESTAQUES – Negueti, atuação perfeita. Ângelo, ótimo lateral. Leomir, Mário César e Berg tornam-se os “donos” do meio campo. Marcelo Régis, boa presença na área. Ademir, simplesmente é o nosso Neymar. Inclusive, em alguma falta desnecessária. É a joia do elenco. Já os dois zagueiros são bons, mas precisam de mais atenção e visão de jogo.
CONCLUSÃO – Por tudo isso, CAP e Galo, transformou-se no maior espetáculo esportivo da história de Patrocínio. Privilégio para quem viu. Privilégio maior para quem se encontrava no teatro da exibição.
HONRA – Este escriba amador, que comemora nesse mês de fevereiro 40 anos de Primeira Coluna, assistiu ao seu maior evento esportivo, envolvendo a terra natal. Desde a noite de domingo, tem recebido ligações telefônicas, mensagens e comentários pessoais diretos, sobre sua imagem destacada na torcida grená nessa monumental partida de futebol. A força do Fantástico e da Globo é impressionante. Já são mais de 150 manifestações, inclusive de outros estados, dizendo que este patrocinense foi visto no centro da telinha. Inclusive o articulista Alexandre Costa, direto do Mato Grosso, escreveu a bela crônica “Sobre Tudo... Volte a Sorrir” a respeito do incrível acontecimento.
E MAIS... – Muita honra, muita sorte, deste apaixonado torcedor do CAP. A obra disso tudo e da presença do CAP em sua vida (deste escriba) pertence a Deus.
Eustáquio Amaral e a torcida grená no Independência. Imagem: TV Globo.
Primeira Coluna publicada na Gazeta, edição de 3/2/2018.