# Milton Magalhães

Feliz Vida!

5 de Março de 2019 às 09:06

  FELIZ VIDA!

Cada ano que passa parece que os anos não passam para você, mas passam. Quando afirmo categoricamente isso, vem na companhia de um presente. Os dias são um presente para quem sabe aproveitar o que de melhor a vida nos proporciona. Acredito ser um pensamento recorrente dos leitores assíduos desta coluna (assim como eu). Como cultivar uma altivez no olhar e uma sensibilidade na escrita e na fala? 

Os anos passam para nós, mas os seus cabelos brancos ainda não foram convocados. Os anos passam para nós, mas os embaraços do dia-a-dia, não o fizeram perder a paisagem do caminho. O “regulamento” da lei da sobrevivência estipula uma cláusula que: “É preciso idealizar nossas vidas e manter a chama dos sonhos acessa”. Fantástico! E na outra linha, desse mesmo “regulamento” aduz que: “Não devemos criar expectativas para não decepcionarmos depois”. Por alguma razão que desconheço e uma ligeira intuição fugaz, predestino a interpretação de texto do perfil do leitor nas duas frases supracitadas. Ou é um sonhador, ou é um realista. Você, Milton Magalhães consegue ser os dois. Um realista sonhador... um ser humano com os pés no chão e um par de asas nas costas.

Os anos passam para nós e na medida certa com a saída precisa você consegue balancear entre o sonhador e o realista? Vejo isso, quando testemunho carregar o sonho de montar uma biblioteca para os livros que guarda terem um destino, não obstante o sonho de ter jipe... (amarelo ou verde?), para fazer trilhas ou ir na padaria... Seus sonhos! Ainda vão dar certo! Em contrapartida, quando o sonho acaba você diz, “Está bom... Aconteceu! Mas não precisa virar pesadelo, vamos em frente”. Seu feitiço dever estar guardado as sete chaves.

Se alguém descobrir que é melhor conselheiro perco fácil meu ombro amigo. Este equilíbrio em meio ao caos. Palpito que o exercício da escrita lhe rendeu um favorecimento considerável nisso. A imparcialidade não se refere a se posicionar em cima do muro. É sobre colocar os dois pesos e as duas medidas nas situações. E sempre ouvir os dois lados da história. Os dois não, os dez lados que toda situação tem.  E mesmo ponderando, considera-se o risco de haver engano. Imagina, que audácia daquele que chega apontando o dedo.

Os anos passam, mas colecionar os olhares sobre o caminho é uma dádiva. Seja grato por isso! São os pequenos prazeres que conduzem para o sentido que viver bem só uma vez, é suficiente. São as energias boas do universo que precisam circular e alguém precisa estar aberto a recebê-las.

        Meus parabéns aos anos que com maestria coleciona inúmeras vitórias internas para nos proporcionar a leveza da sua companhia.

        Feliz aniversário,  Feliz vida, Milton Magalhães.

Melva Magalhães