O último Censo continua gerando comentários. Na véspera do Natal, o IBGE divulgou a cor ou raça da população brasileira. No País como um todo, 58% da população é parda. Ou seja, o pardo, no grupo étnico e racial, é oriundo de mistura das cores das raças branca, negra e indígena. O pardo também é denominado mulato (mistura da branca e negra), cafuzo (miscigenação entre índios e negros africanos) e caboclo (índio com branco europeu).  Ainda em termos de Brasil, a raça branca é a 2ª maior, depois vem a negra em 3º lugar. Mas em Patrocínio e na maioria das cidades do Triângulo a coisa não é bem assim. Há predomínio da raça branca.

PATROCÍNIO É UM RETRATO DO SUL - No Município a cor/raça branca é predominante, com quase 52%. Da tão criticada população apurada de 89.826 habitantes, 46.318 são brancos ou seja 51,56%. Em segundo lugar, há 34.967 pardos (quase 39% ou 38,9%). E a raça negra chega a 9,2% da população, com 8.261 negros declarados.

PTC TEM ÍNDIO E ORIENTAL - No Censo, 44 pessoas declararam que são indígenas. E 235 pessoas que são da cor ou raça amarela. Ou seja, há em Patrocínio 235 cidadãos do mundo oriental, onde se localizam países como a China, Japão, Coreia, enfim, gente de origem do Leste Asiático. No Município, reunindo índios e orientais, o percentual não chega a “0,5% (meio por cento)“. Então, é muito pouco.

MAIORIA RACIAL NO TRIÂNGULO - Como nos estados de São Paulo, Rio e Sul, no Triângulo/Alto Paranaíba predomina a cor/raça branca. Mas há exceção. Em alguns municípios vizinhos, a maior parte da população recenseada declarou ser de raça/cor parda. Por exemplo em Ibiá, São Gotardo, Santa Juliana e em Serra do Salitre. Nesse último município, há mais de 600 pessoas pardas do que brancas. A curiosidade maior é registrada em Coromandel e Abadia dos Dourados. Lá os percentuais da raça branca são os maiores do Triângulo /Alto Paranaíba (quase 58% da população se declarou no Censo que é da cor branca).

BRIGA ENTRE MULHERES E HOMENS - Patrocínio tem mais homens do que mulheres. A diferença é menor do que 900 homens a mais. Assim, mesmo com pequena diferença, há mais homens. Já em Uberlândia, Uberaba, Patos de Minas, Araguari, Araxá e Ituiutaba estão “sobrando“ mulheres. Nesses municípios, têm, em média para 93 homens mais de 100 mulheres. Em Patrocínio, com a ligeira superioridade dos homens, a disputa por faixa etária (por faixa de idade) é interessante entre homens e mulheres patrocinenses. Nos primeiros anos de vida, os patrocinenses levam vantagem sobre as patrocinenses. No segundo tempo da vida (caminhando para "coroa"), a situação se inverte em PTC. Pois, a maioria é mulher. Observe as principais faixas da Pirâmide Etária de Patrocínio, segundo o IBGE.

COMO TEM HOMEM NESSA CIDADE! - De 20 a 34 anos de idade, os patrocinenses dominam a faixa. São maioria absoluta sobre as patrocinenses. Na faixa de 20 a 24 anos, o Censo registrou 3.629 homens e 3.433 mulheres. Já de 25 a 29 anos, os homens aumentam a diferença: 3.772 homens e 3.355 mulheres. Por fim, na faixa etária de 30 a 34 anos, os homens ainda vencem: 3.710 a 3.562 pessoas.

EMPATE TÉCNICO - De 35 a 59 anos de idade, homens e mulheres em Patrocínio, praticamente, tem a mesma quantidade. Ou seja, os quantitativos das faixas nesse intervalo (35 a 59 anos) são bem próximos.

VITALIDADE DA MULHER - Já de 60 anos até 100 anos, há mais mulheres do que homens, em todas as faixas etárias. Por exemplo, de 70 a 74 anos de idade, Patrocínio conta com 1.317 mulheres e 1.154 homens. De 80 a 84 anos, são 622 mulheres e 474 homens. E por aí vai…

MAIS DE 90, QUASE O DOBRO É MULHER - De 90 a 99 anos, há em Patrocínio, conforme o Censo de 2022, 189 mulheres e 109 homens. Ou seja, tudo leva a crer que a mulher patrocinense vive mais.

DEZ COM MAIS DE CEM ANOS! – Para não sair da regra, há em Patrocínio 6 mulheres e 4 homens, em 2022, com mais de 100 anos de idade. Isso confirma que em Patrocínio, embora no total geral haja mais homens, sobretudo até os 34 anos, na terceira idade, quem manda é a mulher. Com mais saúde e vida.

##   [email protected]   ***   Primeira Coluna também publicada na Gazeta de Patrocínio, edição de 13/01/2024.