Escrevo esta coluna, torcendo para que este assassino em série conhecido com “Serial Killier do DF” seja encontrado e preso. Mortes com requinte de crueldade, rituais satânico. Verdades apavorantes, vão se misturando com as lendas.
Oito dias de buscas. São quase 300 homens da polícia do Distrito Federal e de Goiás que estão atrás desse marginal, com todo aparato e técnica, não conseguiram ainda localizá-lo. A população local está em pânico. A soma de suas penas pode chegar a 300 anos. Mas ele tem escapado cinematograficamente...
Nós aqui de Patrocínio e região, já sentimos na pele esta apreensão/medo/pânico. ( Acho que até meus avós mudaram para cidade, para escaparem daquele clima de pavor)
O Jornalista/advogado Pedro Popó, conta-nos em seu livro “O Monstro de Capinópolis” as cenas deste enredo tenebroso.
Foi no ano de 1971. Considerado o maior serial killer de Minas Gerais, Orlando Sabino, percorreu 1.230, quilômetros a pé, do Paraná, a Minas. Do furto numa escola em Araxá, a primeira morte no Município de Patrocínio. Um fazendeiro, por nome João Brás Ribeiro, residente na Fazenda dos Ferros, foi surpreendido por Orlando Sabino, logo após tirar o leite e tratava dos bichos no quintal. Morte cruel. Logo começa a saga do assassino, que passava de uma região a outra deixando um rastro de medo e terror...
Ao todo, 12 pessoas foram assassinadas a pauladas, facadas e a tiros de revólver e espingarda, oito pessoas ficaram feridas e 19 bezerros foram trucidados a golpes de foice.
Mais de 200 homens das polícias Civil e Militar, do extinto Dops e do Exército, e cerca de 200 moradores dessas cidades realizaram a maior caçada humana que se tem notícia em Minas Gerais.
Medo e lendas se multiplicaram. Diziam que tinha parte com Demo. Soltava fogo pelas ventas. Era encantado. Se transformava em cupim, em boi preto. O povo abandonava as lavouras e o meio rural acarretando grandes prejuízos.
Preso após quase vinte dias de intensa procura, perseguição pelas matas, córregos, considerada a maior caçada humana em Minas Gerais. Foi preso, quando tentava fugir numa canoa, no Tejuco, no município de Ipiaçu. Pontal do Triângulo.
Monstros. Tantas lendas, mas, aparência, foi decepcionante. Um pobre coitado. Negro, baixinho, franzino, olhos esbugalhados, cabelos espetados, e maltrapilho, o “monstro” sequer esboçou reação, quando um tiro de intimidação, dado por um policial, ecoou nos seus ouvidos...
Na época, Orlando Sabino foi julgado e considerado inimputável pelos crimes dos quais era acusado. Por medida de segurança, foi internado no Hospital Judicial e Psiquiátrico, Mário Vaz, de Barbacena. 34 e oito anos depois, o autor do livro, esteve cara a cara com ele no Hospital Psiquiátrico e Judiciário em Barbacena... (Para mais detalhes, leiam o livro do amigo Pedro Popó).
Vida é escolha. Ele é cabra mau, escolheu a senda do mal. Que seja preso, já! Sim. E já que estamos no Brasil, onde se dá a entender sempre que a Polícia que é o bandido da história. Onde ladrão e bandido viram gente fina num passe de mágica. Vamos dizendo: Preso. Sem direito dos manos passando- lhe a mão na cabeça; Preso. Sem "saidinha do dia dos pais"; Preso. Sem aquela mãozinha amiga do STF; Preso. Sem a mídia podre transformando -lhe em herói em suas narrativas jornazistas. Preso. Mas, preso mesmo. Sem impunidade. (Senão, ganha liberdade e com "jeitinho" se elege a deputado, governador, presidente ou senador, pode até dirigir uma CPI, posando de santinho. Aliás, outro filme de terror também com bandidos de alta pericolosidade que já cansamos de ver)
Preso. Que não derrame nem mais uma gota de sangue inocente...