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Jornais. Patrocínio os teve desempenhando importante função pública ao longo dos anos. Desde o primeiro jornal a circular até hoje, são quase 125 anos participando na vida da cidade. Destacar todos os principais jornais faz parte da história patrocinense.
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PRIMEIRO JORNAL – Em 1900, com a redação de Leovigildo de Paula e Souza, Josias Batista Leite e Virgílio Ferreira Mendes foi editado o primeiro veículo de comunicação do grande Município com o nome de “O Patrocínio”, uma empresa por cotas. Virgílio era político ligado ao Partido Republicano Mineiro, do distrito de Abadia dos Dourados (1898). Leovigildo era poeta, vereador e jornalista. Josias tinha ligações com Araguari, onde fundou a Sociedade São Vicente de Paula – SSVP.
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O SEGUNDO E HISTÓRICO JORNAL – A partir de 1909, começou a circular o “Cidade do Patrocínio”. O diretor-proprietário era Honorato Martins Borges, grande fazendeiro e maior líder político do Município, que englobava, naquela época, também Coromandel, Abadia dos Dourados, Cruzeiro da Fortaleza e Serra do Salitre. O redator-chefe era o inteligente e folclórico Padre Nicolau Catalan. Segundo Sebastião Elói, o padre era “namorador”, envolvido por curiosas histórias. Nessa ocasião, existiam duas facções políticas: Mugangos e Catimbaus. Honorato Borges era a maior referência de um deles. O grande jornal semanal existiu até o final de 1929. Em sua fase nos anos 20, o redator-chefe era Carlos Pieruccetti, de enorme intelecto e exímio tribuno (Carlos é pai da professora Lirinha Capuano e avô de Luiz Carlos Capuano). Nessa década, o “Cidade de Patrocínio” (passou para “de”), era o órgão oficial da Câmara Municipal.
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TERIA VOLTADO A CIRCULAR? – Em 1917, já no seu número 24, circulava “O Patrocínio”, agora tendo Gonçalves Barbosa, como o diretor-proprietário. Mas, encerrou as suas atividades em dezembro daquele ano (1917). O nome é o mesmo do primeiro jornal patrocinense. Mas, há dúvida se seria o mesmo de 1900.
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ADVERSÁRIO DO “CIDADE DE PATROCÍNIO” – Em 1918, ano da inauguração da ferrovia, circulou “O Patrocinense”, cujo redator-chefe era Américo Machado. Era um novo olhar e versão sobre a cidade.
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O OUTRO CONCORRENTE – Em 1929, outro “órgão independente” denominado “A Notícia” fazia o contraponto do jornal de Honorato Borges. Na edição de 06/2/1930, apresentava extensos elogios ao presidente da Câmara e Agente Executivo (prefeito), ocupante dos dois cargos ao mesmo tempo, João Alves do Nascimento. Os diretores de “A Notícia” eram Elmiro Alves do Nascimento e Mário de Castro Magalhães. Assim, os Mugangos e Catimbaus, os dois jornais “Cidade de Patrocínio” e a “A Notícia”, tornaram-se as ações embrionárias da UDN e PSD (criados em 1945). Honorato Borges e descendentes, participaram da UDN. Alves do Nascimento, junto com as famílias Amaral e Queiroz, formaram o PSD.
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JORNAL MUDA DE PATOS PARA PATROCÍNIO – “O Commércio” foi criado em Patos de Minas, em 1910. O redator e proprietário era Alfredo Borges. O semanário intitulava comercial, literário e noticioso. Mas, já em agosto de 1934 (na sua edição número 523) era editado e feito em Patrocínio, na praça Honorato Borges. Mesmo proprietário (Alfredo Borges), mesma linha literária, notícias de Patos, Santana de Patos e Patrocínio. Uma das razões dessa transferência de sede foram a presença regional do Ginásio Dom Lustosa, Padres holandeses e Escola Normal N. S. do Patrocínio. Eram os melhores educandários do Alto Paranaíba, à época. Atraia estudantes para Patrocínio de toda região.
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AINDA COMEÇO DOS ANOS 30... – Em 1931, existiu em Patrocínio o jornal “O Tempo”, ligado à Igreja Católica, de quatro páginas (comum na ocasião). Os diretores eram os professores Alceu de Amorim e Fortunato Pinto Júnior. O poeta maior Massilon Machado fazia sucesso com as suas poesias nas páginas do semanário. Não durou muito esse periódico.
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A CHEGADA DA GLÓRIA... – Em 2 de outubro de 1938, de Sebastião Elói, com redação e oficinas à Rua 15 de Novembro (hoje, Rua Gov. Valadares), entrava na vida de Patrocínio a “Gazeta de Patrocínio”. Em sua primeira edição, prof. Júlio Barbosa escreveu bela crônica. Tião Elói e Júlio Barbosa pertenceram à Academia Patrocinense de Letras (1982). Em plena circulação, moderna, a Gazeta completa 85 anos nesse ano de 2023. Raridade no Brasil.
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E A VIDA SEGUIU... – Em 1949, a emblemática “Rádio Difusora”; em 1965, o “Jornal do Comércio” (durou dois anos) e em 1973, o glorioso “Jornal de Patrocínio”, com Joaquim Machado e Paulo Silva (Uberaba). Portanto, nesse ano, completou 50 anos de boa comunicação, a serviço do Município. Depois vieram, “Revista Presença” (editada nos anos 80 e 90), “Jornal Presença”, “Tribuna Patrocinense”, “Correio Regional”, “Alto Paranaíba” e outros de menor repercussão. Hoje, a informação é puramente digital. Apenas o JP e a Gazeta de Patrocínio conservam a gostosa tradição. Embora, sejam digitais (internet) também.
([email protected]) *** Primeira Coluna também publicada na Gazeta de Patrocínio, edição de 03/06/2023.