# Eustáquio Amaral

Leite e Suínos Salvam a Pecuária Patrocinense

19 de Outubro de 2017 às 21:52

Estatística. Sempre é bom recorrer a ela. A partir daí, novas diretrizes e novo planejamento são traçados. No caso de hoje, a Pesquisa da Pecuária Municipal, edição de 2016, foi divulgada pelo IBGE, em setembro último. Dela é extraído o que interessa a Patrocínio. E muito. Números e reflexão podem colaborar com o desenvolvimento da Santa Terrinha.

LEITE – A quantidade produzida de leite de vaca no Município totalizou 120 milhões de litros em 2016. Mais exatamente 119.770.000 litros. Com isso, Patrocínio passa à frente de Ibiá e do 4º lugar em Minas Gerais para o 3º e, se aproxima do 2º colocado, que é Coromandel. Patos de Minas é o líder com 152 milhões de litros. No Brasil, Patrocínio é o 5º lugar, sendo superado por duas cidades do Paraná (Castro e Carambeí) e pela dupla Coromandel e Patos.

VALOR DO LEITE – De 2015 para 2016, o valor da produção de leite de Patrocínio deu significativa elevação. Ou seja, de R$ 120 milhões anuais foi para R$ 160 milhões. Mais precisamente R$ 161.690.000,00. Esse é o maior valor alcançado nesse século, quanto à produção leiteira.

O CLAMOR DE SEMPRE – Patrocínio se encontra, em termo de produção de leite, em plena recuperação nacional. Graças aos produtores patrocinenses que são destemidos e amorosos. Porém, é inadiável a instalação de indústria láctea. Chega de “lá tinha uma” ou exportar o leite para Patos de Minas, Araxá e outras cidades. O leite patrocinense tem que agregar valor em Patrocínio.

NECESSIDADE DE GESTÃO – Além disso, há outra preocupação. O número de cabeças de vaca ordenhada caiu de 2014 e 2015 para 2016. Nesse quesito, Patrocínio, em queda, se encontra apenas em 11º lugar em Minas com 36.000 cabeças, em 2016. Em 2015, houve 43.000 vacas ordenhadas. Essa quantidade é pouco para a recuperação que está sendo implementada. As lideranças da agropecuária e a Prefeitura Municipal necessitam adotar eficazes políticas públicas para o leite rangeliano. Seria bom dar uma ida a Ibiá e constatar porque lá tem o dobro de vacas ordenhadas (tirar o leite) que é de 65.650 cabeças.

SUINOCULTURA – O efetivo do rebanho é de 137.500 cabeças. Isso proporciona a Patrocínio o 7º lugar no Estado. A liderança disparada é de Uberlândia (775 mil cabeças). Patos, Pará de Minas, Urucânia, Jequeri e Ponte Nova também estão à frente da cidade sede da Pif Paf.

ANÁLISE – Mesmo estando em 7º lugar, o efetivo do rebanho suíno se encontra melhor em 2016 do que em 2015. Portanto, crescendo. Mas o melhor desempenho se deu em 2013.

DEMAIS REBANHOS – Bubalinos (búfalos), caprinos (cabras e bodes), equinos (cavalos) e galináceos (galinhas) estão em queda livre no ano de 2016 no Município. Ou seja, todos esses rebanhos estão diminuindo. Por exemplo, quanto aos cavalos, Patrocínio se posiciona em 28º lugar em Minas com 3.550 cabeças em 2016.

PEQUENA EXCEÇÃO – Em 2016, mesmo estando em 121º lugar em Minas, com 637 cabeças, o efetivo do rebanho ovino (ovelhas e carneiros) cresce (pois em 2015, havia só 505 cabeças).  

POR FIM – Pela pesquisa do IBGE, se houver preocupação e cuidados especiais com o leite e a suinocultura em Patrocínio já é o suficiente para o momento. A cidade precisa ampliar o seu leque econômico. Ficar tão somente na monocultura do café é alto risco. A diversificação da economia é a solução. Nela o leite é a grande opção. E a suinocultura boa colaboração. Acorde, Patrocínio!

 

PALAVRA FINAL

 

AMIGO – No domingo, dia 8, participamos do lançamento do novo Arquivo Musical, comandado pelo decano José Maria Campos. De 13h às 16h na Rádio Difusora. A direção do novo estilo é do radialista Carlinhos Bill. Além disso, a razão maior foi e é a comemoração da lenda Campos estar completando 54 anos de rádio. Poucos profissionais do microfone alcançaram esse marco no Brasil. José Maria Campos e o saudoso Humberto Cortes lideram o recorde de radialistas em atividade de Patrocínio.

Primeira Coluna publicada na Gazeta, edição de 14/10/2017.

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