# Eustáquio Amaral

Mãos limpas é obrigação

30 de Maio de 2016 às 19:27

Opinião. É falta de cidadania não a emitir sobre a bandalheira, a roubalheira, instalada na política. Mesmo que o tema seja nacional, o patrocinense não se pode omitir. Nosso foco é preferencialmente rangeliano. Mas a atual e detestável situação do País não permite permanecermos restritos apenas em nosso pequeno paraíso, Patrocínio. A vergonha é nacional. Ou a falta dela.

RAZÃO MAIOR – Na Lei de Deus há o mandamento que devemos amá–Lo sobre todas as coisas. Na Lei dos homens, no que se refere aos governos, o mandamento, a ética, deveria ser respeitar o dinheiro público sobre todas as coisas. E isso não tem ocorrido. O que tem gerado escândalos, enriquecimentos inexplicáveis e ilícitos, falcatruas e prejuízos diretos sobre todos os cidadãos.   

PROIBIDO – Enquanto o Brasil figura dentre os cinco países de maior corrupção do mundo, ele também é um dos cinco que mais impostos cobra do seu cidadão. Mais de 42% ao ano. Por muito menos (a metade), o herói Tiradentes foi enforcado (1/5 do ouro extraído para Portugal). Por isso, é inaceitável a volta da CPMF, aumento do ICMS (como aconteceu recente), e, se há ou houve, aumentos de impostos municipais como o ISS e IPTU.

O QUE FAZER – Os governos têm o dinheiro suficiente para apresentarem uma boa administração para toda a população. Para tanto, é suficiente ser honesto. Ser competente com os recursos disponíveis. E reduzir o tamanho da máquina pública e eliminar os empregos improdutivos, ou seja, aqueles cargos/funções que exigem somente ir buscar o contracheque no final do mês. Essa atitude cidadã (honestidade e competência) é válida para o Governo Federal, o Governo Estadual e todos os Governos Municipais.

PRA QUÊ? – Existem 39 ministérios em Brasília. Dez seriam o suficiente. Isso é apenas um exemplo do desperdício. É bom observar as megaestruturas das prefeituras. E os níveis de alguns salários em todos os poderes. São verdadeiras provocações ao bom senso.

PARA PRESTAR MUITA ATENÇÃO – Se um candidato às próximas eleições gastar muito dinheiro na sua campanha comece a desconfiar. É o início da corrupção. Nenhum ser humano gasta por gastar na política. Se vitorioso, ele (o candidato) desejará recompensar o seu patrimônio com lucros e retribuir bem aos seus colaboradores de campanha. Exemplo: Mensalão, Petrobrás e outras fontes que a Lava Jato tem identificado. Somente santo faz caridade e tem misericórdia. Em política, com raríssimas exceções (pode contar nos dedos), não há nenhum santo.

PONTO FINAL – Em seis décadas, este escriba puramente amador jamais viu, ouviu, leu ou tomou conhecimento de tamanha corrupção e desprezo ao sagrado dinheiro público como nos dias atuais. Dinheiro oriundo de impostos e taxas sobre o trabalho de cada brasileiro.

CONCLUSÃO – O voto poderia e pode mudar a situação. Porém, as eleições estão distantes. Que a Paz e a Luz Divina iluminem o melhor caminho agora. Fora imoralidade!

Primeira Coluna publicada na Gazeta, edição de 19/3/2016.

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