# Milton Magalhães

Moro e os cleptocratas

21 de Junho de 2019 às 19:09

O texto abaixo é de autoria de * Vitório Midioli,  foi publicado originalmente no Jornal O Tempo. O autor,  gentilmente nos autorizou a publicar aqui na Gazeta e aqui em Nosso Blog: 

"A importância de Sergio Moro para o Brasil pode ser medida voltando a memória para a época pré-Lava Jato, quando se vivia numa cleptocracia desmedida e de assalto continuado ao Estado. Vivia-se uma orgia de crimes que enriqueciam figuras esquálidas e políticos, eleitos e reeleitos com os trocos dos roubos realizados pelo mecanismo de arrombamento da República.

A grande organização conspiratória, dita mecanismo, não conhecia uma abstinência tão prolongada nos últimos 30 anos como agora. Ficou enredado e enfraquecido pelas investigações, pelos processos e pelas penas que fecharam os fluxos de dinheiro fácil. Bilhões que o Coaf nunca pressentiu, viu ou confirmou.

No passado, o mecanismo sofreu poucas derrotas em sua açambarcante e longeva expansão. Reergueu-se e se fortaleceu depois da CPI dos Anões de 1993/1994, que, sem prender um culpado, apenas afastou uma dúzia de parlamentares de baixa estatura e grande apetite.

Depois de uma década, se deu um episódio adverso para a corrupção com a CPI dos Correios (mensalão) em 2005/2006, mas nada que se possa comparar ao abalo gigantesco, mil vezes maior, determinando uma parada do mecanismo, como a Lava Jato conseguiu a partir de 2014. Foram cinco anos de restrições, de condenações, humilhações, penas e reclusões.

A operação Lava Jato tem em Sergio Moro sua imagem e símbolo. Deu um alento ao país, fez acreditar na Justiça e influenciou a forma de enxergar e votar. Provocou uma quebra de paradigmas com a prisão de líderes da bandalheira.

Embora os desvios de recursos tenham ultrapassado alguns trilhões de reais ao longo das duas últimas décadas, o Estado recuperou uma parcela irrisória. Os acordos de leniência na época de Dilma e Temer foram ridículos e ofensivos na proporção dos rombos provocados ao erário, centenas de vezes superiores. Com Moro no Ministério da Justiça e o Coaf em suas mãos, se abre uma banda larga de recuperação e reconhecimento dos esconderijos dos tesouros amoitados.

Essa notícia abalou ainda mais o mecanismo, que se valia da omissão do Coaf e passou a colocar em risco centenas de figuras ainda não enquadradas, e mais ainda os tesouros de bilhões de dólares que foram desviados ilegalmente.

Nos últimos dias, enquanto os brasileiros labutam para sobreviver à mais prolongada crise econômica de todos os tempos, o novo Congresso, dominado pelas antigas raposas, impediu que o Coaf fosse em direção a Moro. Mas o que mais querem é tirar o próprio ministro. A conjuração visa à restauração da cleptocracia que deixou saudade e viúvas.

Neste momento desesperador e crítico, qualquer ação vale o risco. Mesmo o mais ousado dos lances, como é a revelação de troca de mensagens de Moro com Dallagnol, que teria sido realizada, supostamente, por um hacker israelense. Sujeito que no Brasil se hospedou, conforme revelam fontes a favor de Moro, num apartamento do recém-encarcerado José Dirceu.

Moro era um simples juiz federal do Paraná, que quebrou a regra da impunidade dos intocáveis e, como diria Catão, “delenda est”. Tem que ser destruído e reduzido a pó e, ainda, receber uma camada de sal, como foi com Cartago, pois ele tirou a soberania das raposas no galinheiro.

Embora Moro não tenha sido perfeito, foi inegavelmente o principal defensor da legalidade ou, mais precisamente, da novidade que tentou se instalar no Brasil, investigando os crimes contra o patrimônio nacional. Acabou assumindo uma importância central, sem precedentes neste país arrombado. Associado e ainda conjugado ao espírito fogoso de um presidente sem medo, Moro passou a ter a única, e talvez irrepetível, capacidade de destruir o mecanismo e libertar a economia nacional dos parasitas que a devastam.

Há de se reconhecer que combater uma guerra contra bilionários, sem limites de escrúpulo e ganância, “donos do Brasil”, foi um ato heroico, inaudito, quase irrepetível. Moro ficará na história, e, se o Brasil o perder, será a perda de uma oportunidade rara.

As revelações da troca de mensagens, atribuídas a um israelense, bem por isso protegido pela nacionalidade, teriam sido realizadas, mais provavelmente, por órgão de inteligência federal durante os governos anteriores.

A versão rocambolesca jogada a público mostra que para Moro não faltam inimigos poderosos e que ele chegou “por milagre” aonde está.

Nas mensagens reveladas não há ilicitude, talvez excesso de zelo em manifestar seu entendimento em relação a um procedimento de apuração de crimes que lesaram a pátria em dezenas de bilhões.

O mecanismo não quer sucumbir. Muitas figuras não sabem outra profissão que aquela que exercem há décadas e transmitem a seus descendentes: ladroar.

É uma guerra soturna e sem limites para restaurar a cleptocracia no Brasil, e isso passa pela extinção de Moro. Infelizmente.

 

SOBRE O AUTOR

*Vittorio Medioli (Parma, 3 de maio de 1951)  é empresário, escritor, político e filósofo italiano naturalizado brasileiro em 1981, sendo o atual Prefeito da cidade de Betim. Tido como o prefeito mais rico do país. Fundador e presidente do Grupo Sada.

Com mais de 30 empresas, atua nos segmentos de transporte rodoviário de cargas, logística, siderurgia, fabricação de autopeças, comercialização de veículos, imobiliário, agrícola (silvicultura e reflorestamento) e produção de etanol e açúcar.

Vittorio Medioli é ainda fundador e provedor da Fundação Medioli, instituição aberta em 1991, mantida 100% com recursos próprios e de suas empresas, por meio da qual mantém assistência a crianças, idosos e pessoas com deficiência. Em  Betim a fundação é responsável por uma das maiores creches da região metropolitana, Nucleo Infantil Anna Medioli, arcando diretamente com o atendimento integral de 185 crianças que são selecionadas todos os anos entre as mais carentes da região.

A Eundação Medioli também ajuda pessoas com deficiência, além de liderar campanhas de arrecadação e doação de cadeiras de rodas e de banho, centenas de cobertores, aparelhos ortopédicos e aparelhos de surdez. Apoia a construção de creches e ajuda na manutenção de Casas de Apoio à Criança com Câncer e APAEs  em todo o Estado de minas. 

Medioli também é dono da Sempre Editora, que produz os jornais O Tempo, Super e Pampulha. 

 

MAIOR FÁBRICA DE CELULOSE SOLÚVEL DO MUNDO SERÁ CONSTRUÍDA NO TRIÂNGULO MINEIRO 
União de duas empresas líderes em seus segmentos de atuação coloca o Brasil em destaque em mercado voltado à produção de celulose solúvel..A nova fábrica de celulose solúvel da LD Celulose – joint venture formada entre a Duratex e o grupo austríaco Lenzing – será implantada entre os municípios de ARAGUARI E INDIANÓPOLIS no Triângulo Mineiro, próxima a área de plantio da empresa. O projeto prevê a construção da maior linha industrial da celulose solúvel do mundo e receberá investimentos na ordem de US$ 1 bilhão. As obras estão previstas para começar em agosto, conforme informado pelo governador Romeu Zema (Novo).

Durante entrevista para detalhar a privatização de rodovias em Minas, Zema falou sobre empreendimentos que a atual gestão está atraindo para o Estado, citando a unidade da LD Celulose. O governador informou que a nova indústria vai gerar cerca de 6,5 mil empregos. Segundo ele, o trabalho árduo do governo deixa o investidor confiante de que as regras serão aceitas e transparentes. “Com esse programa (de privatização de rodovias) damos mais um passo importante para essa competitividade”, disse.

De acordo com informações da LD Celulose, as obras de terraplanagem da unidade devem começar em agosto. A conclusão da planta está prevista para 2022, quando a produção terá início. Durante a construção da fábrica, haverá um pico de 6.500 contratações. Já na fase de operação serão gerados 1.040 empregos diretos...(Dário do Comércio)

 

LANÇADA 26ª EDIÇÃO DA FEIJOADA DA APAE DE PATROCÍNIO 

- Maior evento solidário/social/gastronômico da região. 

A edição deste ano contará com atrações como a banda Gang Lex e a dupla Talles e Larissa. Além disso, o público que marcar presença contará com um cardápio variado de bebidas, caldos e a tradicional feijoada.

O valor das mesas não foi alterado em relação a edição anterior, e permanece em R$ 150,00 por pessoa, devendo os interessados procurar a sede da APAE para efetuar a compra, que pode ser dividida no cartão de crédito. Crianças com até 12 anos de idade não pagam.

A 26ª Feijoada da APAE é promovida no dia 31 de agosto, às 20h30, no Rotary Brumado dos Pavões. (Informaçãoes, Daniel Henrique/Janio Lucco-Módulo FM)

 

 UM POUCO DA HISTÓRIA APAE  DE PATROCÍNIO

  Em 1970, o casal Dr. Walter Pereira Nunes e Sra. Manoelina Aparecida Alves Ferreira, pais de Walter Guilherme, uma criança especial, preocupados com o desenvolvimento de seu filho, contrataram profissionais de localidades distantes para promoverem o tratamento do mesmo. Outras crianças, também necessitavam dessa atenção, porém era impossível. Nascia então, a necessidade de fundar a APAE, na cidade de Patrocínio.

Em 21/05/1972 um grupo de pais e amigos de excepcionais, liderado por pessoas sensíveis como o Sr. Constantino de Oliveira, (Ex- presidente e um dos maiores benfeitores da instituição) constituíram  a APAE juridicamente e em setembro do mesmo ano, tiveram início as atividades, atendendo a 33 crianças, em uma casa alugada, com o objetivo de educar, reeducar, habilitar e reabilitar pessoas com deficiência...

 

44 ANOS DEPOIS...

A  APAE, é, hoje,  uma instituição de ensino especial, referência , conduzida por uma diretoria voluntária, atuante que envolvida com as necessidades  e dificuldades do cotidiano, busca na parceria com a comunidade os resultados em cumprimento á missão institucional.   Mesmo sendo uma entidade  privada, é configurada como entidade de assistência social pela total gratuidade na oferta  de serviço de defesa e garantida de direitos.   Além de manter  o Centro Profissionalizante "Morada do Sol" onde atende educandos  acima de 14 anos, visando sua preparação e inclusão no mercado de trabalho,  congrega uma equipe de 135 funcionários, composta de Fisioterapeutas, Psicólogos, Fonoaudiólogos, Pedagogos, Terapeuta Ocupacional, Assistente Social, Enfermeira, Professor de Educação Física, Odontólogo, Médico, Professores, Coordenadores e equipe de apoio que atendem diariamente cerca de  303  pessoas com deficiência desde o nascimento até a idade adulta. A renda da feijoada é para auxiliar no pagamento do 13ª salário da  equipe de profissionais da entidade.

AGENDE:

26ª Feijoada da APAE

Data: 31 de agosto

Horário: 20h 30

Local: Rotary Brumado dos Pavões.