# Eustáquio Amaral

Natal Sem Fronteiras

24 de Dezembro de 2016 às 02:36

É NATAL. É momento de confraternização. É momento de louvarmos os amigos. É momento de perdoarmos os adversários. É momento de revermos as nossas injustiças. É momento de agradecermos a Deus pelo tanto que recebemos e o pouco que ofertamos durante o ano.

É NATAL. É hora dos políticos de nossa cidade se abraçarem. Afinal, são todos cristãos e todos desejam o melhor para essa santa terra que os acolhe. As ideias brigam, mas a ética e os homens não.

É NATAL. É hora de muitos políticos repensarem suas posições materialistas. Não seria melhor, mais humano, mais cristão, mais digno, mais feliz, colocarem Patrocínio e a comunidade à frente do dinheiro?

É NATAL. É hora de ajudarmos os inimigos da natureza conscientizando–os para a necessária preservação do verde. Árvore não se corta, planta. Vegetação nativa não se extermina, conserva. Patrocínio precisa de mais, muito mais verde.

É NATAL. É hora de apelarmos aos progressistas e aos pseudoprogressistas para fazerem o progresso do município, porém sem destruir o passado. Nada, nada mesmo, justifica a alteração ou extinção de patrimônio que indica a presença de nossos antepassados.

É NATAL. É hora de saudarmos os patrocinenses ausentes. Aqueles que por opção ou pela contingência tiveram que deixar a “Santa Terrinha” e hoje, “morrem” de saudade. Na verdade, eram felizes e não sabiam.

É NATAL. É hora de cumprimentarmos os patrocinenses presentes. Sobretudo, os mais humildes que estão tendo um natal gordo. Gordo de esperança. Gordo de alegria. Gordo de perdão.

É NATAL. É hora de dizermos um Feliz Natal e um excelente 2017. Para o rico, para o pobre. Para o negro, para o branco. Para o prefeito que sai, para o prefeito que entra. Para o mais idoso, para o mais novo patrocinense nascido há pouco. Um Feliz Natal sem distinção. Um Feliz Natal de coração. Do jeito que Jesus ensina em oração.

 

PALAVRA FINAL EM TRÊS LANCES

 

1 – MANIFESTAÇÃO DE UM ARTISTA – “Em nome de todos os músicos que compuseram as bandas Os Metralhas, The Brazilian Hippies, H6 e Super Som 2001, agradeço muitíssimo a você, Eustáquio, pela brilhante matéria publicada a respeito do início do rock em Patrocínio. Não somos merecedores das suas palavras e elogios. Muito obrigado. E parabéns pelo trabalho, resgatando os valores de nossa querida terra natal. Abraço. Edson Bragança.

2 – EXPLICAÇÃO – O grande músico Edson refere–se à crônica “Os Metralhas, o Começo do Rock Rangeliano”, publicada em novembro. Bragança hoje trabalha na Inovar Construções. É um patrocinense histórico (anos 60). Já o rock começou em Patrocínio nos meados da década 60, como ele disse.

3 – REIVINDICAÇÃO – A expectativa sobre o mandato do prefeito (eleito) Deiró Marra é excelente. Tanto é que na semana passada três patrocinenses esperançosos, residentes em BH, mas que por alguns motivos particulares visitam a cidade com frequência, fizeram um pedido: “Peça ao prefeito Deiró para arborizar Patrocínio”. Concordamos. O verão chegou e também a certeza de sofrimento com o sol e o calor em nossas ruas desprovidas de árvores.

Primeira Coluna publicada na Gazeta, edição de 24/12/2016.

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