Indicador. Mais um compara Patrocínio com outras cidades. E mostra os seus pontos fracos e bons. Na atualidade, os pontos fracos são superiores. Essa nova variável de análise foi elaborada pela UFRJ, a Universidade Federal do Rio de Janeiro, por meio de seu Observatório das Metrópoles, uma das cinco melhores escolas do País. O Índice de Bem–Estar Urbano, chamado de IBEU, mostrado para todos os 5.565 municípios brasileiros, um a um, foi divulgado durante a semana. Patrocínio e região é destaque nesse minifúndio.
DESEMPENHO PÍFIO – O IBEU de Patrocínio coloca a cidade em 132º lugar em Minas. E no 581º lugar no Brasil. Uma posição para segunda divisão.
COMPONENTES – O Índice de Bem–Estar Urbano de cada município é formado por cinco quesitos que tudo tem a ver com a vida do cidadão. São eles, a mobilidade urbana, as condições ambientais urbanas, as condições habitacionais urbanas, o atendimento de serviços coletivos urbanos e a infraestrutura urbana. Cada componente de cada município ganha uma pontuação (nota) de 0 a 1. As notas dos cinco componentes formam a pontuação (nota) média. Essa média indica a classificação de qualquer município do Brasil no ranking.
O QUE É MOBILIDADE URBANA – É o tempo gasto no deslocamento casa–trabalho.
CONDIÇÕES AMBIENTAIS URBANAS – São três considerações nesse componente: arborização do entorno dos domicílios, esgoto a céu aberto no entorno dos domicílios e lixo acumulado no entorno dos domicílios.
CONDIÇÕES HABITACIONAIS – São cinco considerações nesse componente: existência de aglomerados (favelas), pessoas por casa, pessoas por banheiro, paredes externas das casas, e, espécie de domicílios (casa, apartamento, barraca, etc.).
SERVIÇOS COLETIVOS URBANOS – São quatro considerações: água, esgoto, energia e lixo. O bom atendimento nesses tópicos colabora na garantia de bem–estar urbano em uma cidade.
INFRAESTRUTURA URBANA – Sete considerações: iluminação pública, pavimentação, calçada, meio–fio, bueiro, rampa para cadeirantes e logradouros.
CONCEITOS DOS PESOS (NOTAS) – De 0 (zero) a 0,7 = ruim. De 0,7 a 0,8 = médio. De 0,8 a 0,9 = bom. E de 0,9 a 1,0 = muito bom.
OS MELHORES – Buritizal no Estado de São Paulo é a cidade de excelente bem–estar urbano, com a média (IBEU) de 0,951. É o 1º lugar no Brasil. De Minas, a que tem melhor bem–estar é Antônio Prado de Minas. Do Triângulo, os destaques, em ordem, são Araporã, Nova Ponte e Uberlândia.
ÍNDICES PATROCINENSES – Mobilidade urbana (0,948), condições ambientais urbanas (0,914), condições habitacionais urbanas (0,902), serviços coletivos urbanos (0,958) e infraestrutura urbana (0,668). Esses cinco componentes formam a média de 0,878 que é o IBEU de Patrocínio. Considerado bom, porém insatisfatório se confrontado com outros municípios.
A TURMA DA FRENTE – Além de Araporã, Nova Ponte e Uberlândia, no Triângulo–Alto Paranaíba há mais de uma dezena de municípios com melhores índices que o IBEU de Patrocínio. Entre os quais, Monte Carmelo, Patos de Minas, Araxá, Uberaba, Sacramento, Ituiutaba, Abadia dos Dourados, Tiros e Lagoa Formosa.
CONCLUSÃO – Os administradores municipais precisam se modernizar. Serem eficazes. Pensar em Patrocínio acima deles. Está passando da hora do Município retomar o progresso. A letargia precisa ter fim. Para o bem de todos os patrocinenses.
PALAVRA FINAL EM DOIS LANCES
1 – IMORTAL – Honorico Pio de Souza, o histórico Toco, morador símbolo da Praça Honorato Borges, deixou a vida terrestre em 25 de setembro, aos 94 anos. Sua vida permanece em suas obras, amizade e em exemplos de comportamento. Além de membro da Academia Patrocinense de Letras, é seu benemérito maior. A sede da APL é fruto de sua doação (sala no shopping Ouro Verde). Obrigado, amigo Toco!
2 – HOMENAGEM – “Há dois mil anos,
A história registra um crime hediondo;
Crucifica e mata um Deus.
Hoje assistimos pelas câmeras de televisão,
Mentiras, roubo e crimes
Que ferem a consciência humana.
Assistimos também
A falência da justiça, do amor e
Do respeito à vida.
Até quando Senhor?!
Vamos tolerar tamanha
Indiferença ou loucura!
(Honorico Pio de Souza, em 13/4/2009)”
Primeira Coluna publicada na Gazeta, edição de 1/10/2016.