# Eustáquio Amaral

O BOM ELEITOR, PELO MENOS, PENSA

29 de Setembro de 2024 às 16:53

 

 

        

                                       

                       

 

 

Eleições. Dentro de uma semana, os municípios escolherão o seu prefeito, vice-prefeito e vereadores. Como ninguém de boa índole (boa pessoa) deva ser intitulado “analfabeto político”, como escreveu Bertolt Brecht, é prudente conhecer o que a autoridade eleitoral do Brasil, o Tribunal Superior Eleitoral–TSE, recomenda para a escolha do melhor candidato. O candidato que melhor representa cada eleitor. Patrocínio se encontra nesse “mundo” político. Que, agora, torna-se o “mundo” das eleições.    

 

            

PRIMEIRO MANDAMENTO: QUEM É O CANDIDATO? – O eleitor precisa, segundo o TSE, conhecer a carreira do candidato, a atuação profissional, o seu histórico de vida, a sua postura ética (educação com as pessoas, regras morais), e, o seu comportamento diante do cidadão e comunidade, inclusive no trato com o (sagrado) dinheiro público.

 

SEGUNDO MANDAMENTO: PARTIDO E PROPOSTAS – O TSE indica também que é necessário analisar as propostas do candidato, o partido político ao qual está filiado e quem são os seus correligionários. Ou seja, quem são os amigos de cada candidato. Assim, é necessário verificar se as promessas são viáveis, e, identificar a realidade do provérbio “diga-me com quem andas, eu direi quem és tu”.

 

MANDAMENTO Nº 3: DE ONDE VEM O DINHEIRO – O TSE frisa que é importante saber quem são os financiadores de cada candidato. Há pessoas e empresas que financiam campanhas com interesses não da população. Todo cuidado é pouco.

 

MANDAMENTO Nº 4: NADA PODE SER CRAVADO – Não é possível ter certeza de que o candidato mais preparado cumprirá suas promessas, mesmo que viáveis, mas... é possível reconhecer e descartar o político falastrão e despreparado, assegura o TSE.

 

MELHOR FERRAMENTA – Todos os veículos de comunicação são importantes para informar sobre os candidatos. Todavia, a internet é o principal meio, na atualidade. Por exemplo, “navegue” no www.tse.jus.br para conhecer e ver a prestação de contas de candidatos, comitês e partidos. Ou acesse o www.mcce.org.br para saber sobre o movimento de combate à corrupção eleitoral.

 

PLANOS DE GOVERNO – Há candidatos que não sabem o que é isso. Que “bicho” seria isso, indagaria parte dos políticos. Na verdade, são as propostas apresentadas pelos candidatos objetivando reduzir os “gargalos” do Município. Os planos de governos estão registrados no TSE. Todo eleitor pode consultar o “site” do TSE para verificá-los.

 

EXEMPLOS DE PRIORIDADES – Basta analisar as informações oficiais do IBGE e conferir os “pontos fracos” do Município. Como sempre, segurança, educação, saúde, emprego, meio ambiente e fomento à agroindústria são cruciais em qualquer planejamento governamental. Faltam empregos na cidade. Falta unidade de saúde descentralizada; quiçá, UPA, tipo 1 (menor modalidade), distante do centro hospitalar, em região densamente habitada. Pois, o atendimento SUS precisa ser um pouco descentralizado. Seria bom pensar em Guarda Municipal e numa autarquia municipal de Trânsito (diversas cidades menores do que Patrocínio já tem um ou outro ou ambos). Faltam árvores (Belo Horizonte, segundo o IBGE, tem, relativamente e fisicamente mais árvores nas vias públicas do que Patrocínio). Aliás, conforme o jornal “O Tempo”, edição impressa de 23/9/2024 (segunda-feira), dos 10 planos de governo apresentados dos candidatos para BH, 08 (oito) planos preveem mais áreas verdes (novos parques e jardins). Os especialistas no tema afirmam que isso minimizará os efeitos da seca, escreve o jornal. E a Capital será bem mais agradável.

 

TSE AJUDA A ENTENDER O TRABALHO DO PREFEITO – Cabe ao prefeito(a) desenvolver funções sociais e de bem-estar dos cidadãos, tais como cuidar do meio ambiente, limpeza e saneamento básico. Ainda, cuidar bem da saúde, escolas e creches. E jamais se esquecer do patrimônio histórico-cultural. Por fim, o prefeito(a) tem que interagir com outros poderes públicos, pensando sempre em benefícios para a população.

 

E O PAPEL DO VEREADOR NA VISÃO DO TSE – Se o vereador(a) “propor, analisar, votar e aprovar leis e alterações às diretrizes municipais existentes, visando melhorar a vida das pessoas” já está de bom tamanho. Além disso, o vereador(a) tem que exercer a função de fiscal. A fiscalização do Executivo é obrigação primária do Legislativo. Ou seja, o vereador(a) tem a missão de acompanhar o trabalho da Administração Municipal, sobretudo na boa aplicação e gestão dos recursos públicos, que devem ser tratados com zelo, transparência e respeito.

 

VICE-PREFEITO – Sua função original (primária) é substituir o prefeito (caso, ele saia) ou em seus eventuais impedimentos (viagens, férias, afastamento por doença). Em municípios mais desenvolvidos politicamente, o vice-prefeito poderá ser também secretário municipal (de pasta onde tenha mais afinidade).

 

O QUE É ANALFABETO POLÍTICO – Conforme Brecht escreveu, o pior analfabeto é o político. Ele não ouve, nem fala, nem participa dos acontecimentos políticos, nem sabe que o custo de vida depende de decisões políticas. Esse poema, que é maior do que isso, é do alemão Berthold Brecht (1898-1956). Além de escritor, foi poeta, dramaturgo e contista.

 

POR FIM, A MORALIDADE! – Honestidade é indispensável antes, durante a votação e depois (pelo candidato vencedor). Honestidade, assim, está acima de tudo na política para o eleitor, para os candidatos e, principalmente para os vencedores.

 

 

([email protected])   *** Primeira Coluna também publicada na Gazeta de Patrocínio, edição de 28/09/2024.