# Eustáquio Amaral

O LEITE ENCANTA E PROPORCIONA MUITOS RECURSOS AO MUNICÍPIO

19 de Abril de 2021 às 20:06

Economia. A de Patrocínio é movida por café com leite. Belo sabor. O Município é o maior produtor de café do Brasil. E o segundo maior produtor de leite de Minas. Por isso, é bom conhecer um pouco mais sobre o leite, já que o café possui maior divulgação. O rebanho, o valor da produção leiteira, o número de vacas ordenhadas e a quantidade de litros produzidos. Também o ranking do leite e como foi a sua evolução de 2007 a 2019, segundo o IBGE.

MAIS DE 173 MILHÕES DE LITROS! – Em 2019, Patrocínio produziu exatamente 173.150.000 litros de leite de vaca. Essa produção lhe proporcionou o 2º lugar no Estado e 4º no Brasil. O maior produtor é Patos de Minas (2º lugar no Brasil). Depois de Patrocínio, está Coromandel (3º em MG e 5º no Brasil), mas produzindo 50 milhões de litros de leite a menos (do que Patrocínio).

VELOCIDADE PATROCINENSE É MAIOR – Esses três municípios que lideram a produção mineira de leite têm variação (ritmo) de crescimento diferentes. Em 2016, Patos de Minas produziu 153 milhões, Patrocínio 120 milhões e Coromandel 121 milhões. Três anos depois, 2019, Patos de Minas produziu a mais 43 milhões, Patrocínio 53 milhões e Coromandel só acrescentou 3 milhões ao que produzia. A arrancada maior de Patrocínio foi em 2018. Pulou  de 148 milhões produzidos para 173 milhões em 2019 (diferença de 25 milhões de litros a mais). Nessa comparação de 2018 com 2019, também Patos de Minas só aumentou 3 milhões e Coromandel um milhão de litros de leite.

LIDERANÇA À VISTA – Usando expressão em latim, muito utilizada na economia, “ceteris paribus” (todo o mais permanecendo constante), pode-se antever que, provavelmente, Patrocínio assumirá o 1º lugar na produção de leite em Minas, a partir de 2020. É esperar a revelação do IBGE, em breve. Pois, a diferença entre o líder Patos e Patrocínio foi reduzida de 45 milhões de litros em 2018 para 23 milhões em 2019. O crescimento da quantidade de leite produzida no Município tem curva bastante ascendente. Ou seja, tem aumentado substancialmente. Enquanto Patos de Minas e Coromandel conservam os mesmos patamares. Ou seja, mantêm os mesmos níveis de produção nos últimos anos.

OUTRA VARIÁVEL: VALOR – Quanto ao montante em reais gerados pelo leite, Patrocínio permanece em 2º lugar no Estado e 4º lugar no Brasil (liderados pelos municípios do Paraná: Castro e Carambeí). O leite patrocinense gerou R$ 204 milhões e Patos de Minas (1º lugar) R$ 252 milhões, em 2019.

DINHEIRO A MAIS – Considerando os anos de 2018 e 2019, o valor da produção cresceu R$ 36 milhões (de R$ 168 milhões para R$ 204 milhões). Nesse mesmo ano, Patos de Minas cresceu R$ 34 milhões (de R$ 218 milhões para R$ 252 milhões). E Coromandel aumentou apenas R$ 9 milhões. Conclusão: Mesmo, sob essa variável “valor”, a velocidade de crescimento patrocinense é um pouco mais acelerada do que as dos municípios vizinhos.

TERCEIRA VARIÁVEL: VACA ORDENHADA – Em Patrocínio, são mais de 31 mil vacas ordenhadas (exatamente 31.250 cabeças, em 2019). Nesse critério, cai para o 4º lugar no Estado, sendo superado por Prata e Unaí com valores superiores próximos. Patos continua líder com 45 mil cabeças. Todavia, a curva de Patrocínio é crescente, Coromandel decrescente e Patos sem alteração. Isso é a tendência observada.

QUARTA VARIÁVEL: REBANHO – Surpreendentemente, o efetivo do rebanho bovino de Patrocínio não é tão significativo como o leite. Com 110 mil cabeças, Patrocínio é o 28º lugar no Estado. À sua frente estão Prata (1º lugar) com 338 mil, Patos de Minas (8º lugar) com 221 mil cabeças (o dobro de Patrocínio) e Coromandel tendo 116 mil cabeças. Em 2012, Patrocínio chegou a ter 136 mil. Contudo, de lá para cá, há ligeira queda anual no número de cabeças. Mesma coisa, acontece com Coromandel. Patos ligeiro aumento.

ATRAÇÃO – Essa fantástica bacia leiteira de Patrocínio começa a atrair os empreendedores. Finalmente! Até que fim! Veio a Quatrelati, que vendeu sua unidade à Embaré/Camponesa. Essa é a 6ª maior empresa laticínia do Brasil. Tem 1.600 funcionários, faturamento anual de R$ 1,4 bilhão e com sede histórica em Lagoa da Prata. Há grandes escritórios em Belo Horizonte e Recife. Por outro lado, além disso, entre os 100 maiores laticínios de Minas, o Município ainda tem o Laticínio Serra Negra, em São João da Serra Negra. Que venham mais. Que gerem mais riqueza para a cidade. Pois, o trabalho e a produção de leite existem.

Publicado também na Gazeta de Patrocínio, edição de 27/03/2021.

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