CENAS DA CIDADE..(01)
Flanando pelo calçadão da Av.Rui Barbosa destino, Praça Santa Luzia, cruzo por pessoas apressadas, na chamada hora do rush. Busco semblantes conhecidos, mas incrível, não vejo gente conhecida entre os passantes. Há pouco saia pelas ruas da cidade era tantos cumprimentos. Era um tanto de " bom dia" "boa tarde e como vai". Que gente estranha é essa? Falando ao telefone com um amigo outro dia, ele disse que um amigo, em comum, não tem vindo mais a Patrocínio, por se sentir deslocado, meio estranho no ninho. Embora residindo aqui, vivencio idêntica situação. Vejo que não conheço mais tanta gente nesse formigueiro humano no coração da cidade. Até que, ainda no calçadão da Rui Barbosa, me deparo com o Prof. Amir Nunes. Aquele encontro que vale por tantos. Pra quem não o conhece. ( há sempre quem desconhece e esse vale a pena conhecer)..Amir foi professor em Faculdades em Belo Horizonte, Formiga, Patos de Minas. Foi professor e diretor da FAFI ( hoje UNICERP) em Patrocínio. Foi diretor da Escola Dom Lustrosa. Foi também vereador por três mandatos e secretário de várias administrações. Um professor, político, empresário e produtor rural, sensato, inteligente e amigo querido. A conversa foi curta, mas como sempre, agradável..
Passo na loja "Girassol Variedades", procuro pela proprietária Mônica Nunes, "ela não está, no momento." Quem me diz é seu solícito esposo Marco Antônio. Deixo pra ela um abraço. Deparo-me com Igreja Santa Luzia, recebendo nova pintura. Fico por instantes admirando aquele belo tempo de oração. Apenas achei o tom da nova pintura um tanto escuro. Gostava mais da anterior. Reprendi ali mesmo meu gosto de abóbora. Afinal quem sou eu pra dar pitacos sobre o que a paróquia unânime decidiu. Procuro a Banca de Revista, no momento está fechada. Lembro que desde de 2017 a cidade está sem livraria. Infelizmente, a Livro & Cia encerrou suas atividades. Inclusive não mencionei nada na época, nem divulguei nada neste sentido, pois eu mesmo, não fui um cliente como deveria e gostaria de ter sido. Agora vamos prestigiar a Banca da Iara, que está sob nova direção. A propósito, quase cometi uma gafe. O amigo Joaquim Machado do JP, havia me dito no meio de uma prosa nossa, que a banca agora pertencia a Dra. Angélica. Conclui por mim, que tratava-se da Drª Angélica Ferreira, advogada, ex- presidente da OAB local, a filha da Acadêmica Profª Dininha. Quando apurei, ( e ainda bem que não divulguei) "não, é a Drª Angélica, advogada; é a Drª Angélica, Dentista". A quem aproveito para desejar sucesso neste empreendimento. A praça esta calma. A gente que passa não, conheço. Como tem carros nas ruas!. Ninguém anda mais a pé?.. A pé rima com....Compro um picolé de Umbu na Frutos do Cerrado, me sento em um banco, de costas para Fonte Luminosa. Ela está muda. Seria pedir muito para liga- lá durante o dia. Aliás ela foi reformada, mas ficou toda descaracterizada.. Faço parte de uma geração que tem uma ligação afetiva com este monumento inaugurado em 1961. Não preciso dizer que nossa adolescência/juventude, não tinhamos Lan House, Celular, IPod, TV Digital, Home Theater, MP3,4,5,7, Supernitendo, Playstation. Nem de longe sonhávamos com este mundo virtual. Outros modos de relacionar, outro mundo, outra vida. Sobrava porém matéria prima real para sermos feliz. Imagine, o tal Fake. ("falso" em inglês) é um termo usado para denominar contas ou perfis usados na Internet para ocultar a identidade real de um usuário. A pessoa se passa por outra, deixa um recado cabuloso, covarde, e se perde na escuridade. Falsidade ideológica. A gente olhava nos olhos..Num vai e vem em volta da Fonte Luninosa, tendo ao fundo uma canção, sob a brisa colorida que vinha da fonte, nascia um flerte, se rolasse uma química levava a menina em casa. Volta-se no próximo sábado, um cinema, um barzinho, uma hora dançante... quantos casos acabam-se em casamento..lembranças...
O Banco no qual estou sentado, me faz lembrar que me assentei nele ao lado de Geraldo de Oliveira, foi uma semana em que me lembrei muito do saudoso amigo, que nos levou para escrever na Gazeta de Patrocínio. O convite dele me foi feito nesse banco da praça...
" Moço quer comprar picolé, pamonha e triângulo da sorte"? Era o Joel picolezeiro. Nem precisei dizer que "não obrigado" pois, ele já estava longe. O Oscar do Som também, passou, pensei ixa! Quem morreu, meu Deus! Mas era propaganda de alguma loja que ele fazia. Não pude ter certeza, mas me parece que a música ao fundo era de Marciano, cantor, infelizmente veio a falecer neste dia 18/ 01. Ainda ouvi o "vai chover!" pensei que já tinha parado com essa expressão.. Antes de ir-me embora, resolvi passar na calçada do Hotel Panamericano Santa Luzia, ali no cantinho da praça. Que lindo. O hotel de 84, anos, está todo pintado de novo, tendo conservado a linha arquitetônica original. Mas, passei para verificar o que já sabia.Da calçada da pra ver lá dentro. O painel realmente foi retirado. Sei que poucos pessoas sabem deste painel a que me refiro. Imagino que até o atual proprietário desconhece seu valor. Em 2005, Patrocínio, teve a honra de receber ninguém menos do que o escritor Ignácio de Loyola Brandão, antes de sua palestra, resolveu caminhar pela cidade, chegando em frente ao Hotel Santa Luzia, olhou pela janela, demorou um pouquinho, não apareceu ninguém, ele continuou olhando, o que viu, porém achou tão inusitado, que foi matéria prima para sua crônica publicada no jornal O Estado de São Paulo. Tratava-se de um painel de vidro que ocupava toda parede. Nele os dizeres: " Carta Magna do Panamericano Hotel Santa Luzia." (Foto Milton) É (era) uma Constituição do modo como os hóspedes deveriam se portar no hotel. Uma relíquia, escrita em 1948.. Pouco depois que o escritor divulgou o achado, um dos espelhos quebrou. Logo depois a outra parte, tambem espatifou... Ninguém se importou em reconstituir(ou reconstruir) a obra. Falei com o dono certa vez, ele me disse que a gente só fala, em restaurar o painel, resconstruir o painel, não vê o custo disto. Pensei, "deixa pra lá, não estamos falando a mesma língua "...Aliás, preciso voltar a essa praça, pra continuar minhas elucubrações. Por exemplo, deve entrar em pauta no Legislativo Municipal a construção do calçadão. A primeira vista, sou contra, mas queria conhecer melhor o projeto...E vc é contra ou a favor? Por que?
PATROCÍNIO SE DESPEDE DO PROF. ROBERTO ROMÃO DAS DORES
Faleceu em Patrocínio no dia 21/01/19, aos 73 anos o Prof. Roberto Romão das Dores. Lamentável.. Pessoa de alto conceito na sociedade patrocinense. Amigo leal, inteligente, educado, prestativo, discreto, humilde e muito estimado por mim (e por todos). Foi Gerente Regional da Minas Caixa em Uberlândia nos anos 80. Deixa a esposa, Maria Dos Anjos Romão. Era filho de Maria Luzia Romão e do saudoso Neném Tintureiro. Deixa os filhos: Marco Antônio Romão, Marcelo Romão, Marilene Romão Gonçalves, Mariluce Ferreira Romão e os irmãos: Rubens ( funcionário público, músico), Marivalda, Aloisio, Glória , Livio, Angela, Cleusa, Carlos, Márcia ( funcionária pública municipal) , Taquinho Romão (saudoso amigo), genros, noras, netos, bisnetos e demais parentes. ..Nosso profundo sentimento de pesar a toda família...
“Meus sentimentos são toda família, completando o que disse o amigo Milton, não podemos esquecer o que este grande ser humano fez na área social, foi conselheiro atuante por muitos anos no Catiguá Tênis Clube, foi conselheiro por muitos anos na Faculdade e também foi conselheiro por muitos anos na nossa querida Santa Casa” (José Manuel de Souza)
OBRA BEM RECEBIDA..
Ontem esteve em nossa 'humilde residência', (no dizer do cantor sertanejo) o odontólogo, pesquisador da história da nossa cidade, genealogista e escritor, Dr ADEÍLSON BATISTA. Na cordial visita, veio nos trazer, autografado o nosso exemplar do livro "FAMÍLIA NUNES -SUA HISTÓRIA E SUA GENTE", lançado, este que se deu no no último dia 04/01 nas dependências da Biblioteca Pública Municipal. A primorosa edição, confeccionada na Gráfica Real, com a tiragem inicial de 200 exemplares, já encontra- se esgotada. A obra, traz como autores o economista, admistrador de empresas e produtor rural, CINCINATO GUIMARÃES, (saudosa memória); Odontólogo e genealogista, Dr. Dr ADEÍLSON BATISTA e da Tabeliã do Cartório Civel, ROBERTA NUNES ALVES. Minuciosa pesquisa. Obra de muito fôlego, paciência, ligação de pontinhos.Técnica de ofício de relojoeiro, que resultou num trabalho final de saborosa leitura. Aqui, nossa reverente admiração a Família Nunes, com raízes familiares em Portugal, através do casal, Iria Nunes e Antônio Gonçalves Farim. Espalhou mais tarde pelo Brasil, chegando a Patrocínio desde o período de fundação do município, até os nossos dias. Da importância desta estirpe entre nós, basta citar, Dr WALTER PEREIRA NUNES, personalidade Hors Concours na sociedade patrocinense.) O livro, bem recebido na cidade, foi patrocinado pela Família do Cincinato Guimarães, (aqui menciono, sua esposa Matildes Amaral, fundadora da Livro & Cia, pessoa admirável) Vale dizer que teve elogiável apoio da Secretaria Municipal de Cultura, inclusive com a presença do Prefeito Deiro Marra, no lançamento da obra e quase 200 pessoas nos átrios da Biblioteca. Casa apinhada de gente fina.
O escritor Adeílson Batista, (que também assina um Blog aqui no POL)não poderia ser diferente, está muito satisfeito com a receptividade positiva, desse trabalho, já prepara outros lançamentos. Inclusive, a História dos Magalhães/ Ladislau/ Batista. E claro, a história de Patrocínio. Ainda nos lembramos, na oportunidade, que Joaquim Antônio Magalhães, um de nossos ancestrais, foi o segundo Prefeito de Patrocínio, Também um dos pioneiros/fundadores de Estrela do Sul, mas lá ele é nome de bairro, agora, me pergunta se em Patrocínio, sua terra natal, tem pelo menos alguma rua com o seu nome. Nadica de nadinha. A propósito da história de Patrocínio, muita coisa que recebemos e repassamos como verdade ao pé da letra, na história real, o fato de fato 'não foi bem assim'. Seu livro, fundamentado em pesquisas, há de jogar luz nestes episódios emblemáticos. Parabenizo e desejo sucesso ao primo amado. Um dos melhores odontólogos da cidade e agora escritor de boa cepa, com a sublime missão de resgatar a nossa história.
Orgulhoso, primo!