Economia. Um bom perfil de qualquer município sempre começa por ela. O dinheiro circulando é similar ao sangue circulando no corpo. Necessário. As instituições financeiras e as empresas do Município, segundo o IBGE, oferecem uma amostra do que é Patrocínio.
OS BANCOS – São sete agências bancárias, quais sejam Bradesco, Itaú, Brasil, Caixa, Mercantil, Santander e Coopacredi. Isso proporciona o 15º lugar em Minas, o que é bom. Uberlândia (2º) tem 13 agências, Juiz de Fora (4º) 9, Gov. Valadares 8, e, Sete Lagoas (14º) também 7. O potencial financeiro rangeliano é nítido.
OS DEPÓSITOS – O depósito à vista no valor de R$ 54 milhões coloca Patrocínio em 30º lugar em Minas. Essa posição indica que o dinheiro circula bem na cidade. Já o depósito a prazo (42º lugar) é apenas satisfatório, contabilizado em R$ 107 milhões. E a poupança também, avaliada em R$ 258 milhões (48º lugar em MG).
CRÉDITO – As operações de crédito na rede bancária patrocinense totaliza R$ 995 milhões, o que posiciona o Município entre os vinte maiores do Estado (17º lugar). Outra vez, a agropecuária é a grande responsável por isso. Os dados financeiros referem-se ao ano de 2016.
EMPRESAS – Acredite! Segundo o IBGE, em seu Cadastro Central, existem 2.990 empresas atuantes no Município, versão 2015. Essa boa performance indica-lhe o 30º lugar em Minas. O conceito “empresa” deve ser entendido sob todos os aspectos jurídicos.
TRABALHADORES – Em 2015, havia quase 21.000 pessoas ocupadas. Mais precisamente 20.952, o que faz Patrocínio ocupar o 39º. Porém “pessoal ocupado assalariado”, com registro, tem o número reduzido um pouco: 17.078 pessoas. Ou seja, quase 4.000 pessoas tem outra forma de remuneração.
PAGA MAL – O salário médio mensal é de 2,1 salários mínimos. Tratando-se de média é pouco. Daí, Patrocínio encontra-se tão somente em 113º lugar no Estado. Juntando salários e outros tipos de remuneração, o Município pagou em 2015 R$ 378.315.000,00. Valor que leva ao razoável 51º lugar em MG.
O OUTRO LADO – Patrocínio tem uma economia pujante. Graças à sua atividade na agropecuária. O último valor adicionado bruto, publicado pelo IBGE, coloca o Município em 4º lugar no Estado. Atrás somente de Uberaba (1º), Unaí (2º) e Uberlândia (3º). Porém, quando se fala em atividade industrial, a cidade situa-se em 82º lugar, o que não é saudável. Em consequência, o clamor de sempre deste minifúndio, se repete, entra prefeito, sai prefeito: Patrocínio necessita de indústrias não poluentes. Laticínio, por exemplo.
VERDADE INCONTESTÁVEL – Agropecuária, tudo de bom. Indústria, é preciso tê-la. Serviços, melhorar. E mineração, processada em outros lugares, oferece apenas buracos e desgosto.
POR FIM – O PIB demonstra e ratifica o dito acima. Agropecuária, ótimo. Indústria, ruim. Serviços, mais ou menos. PIB per capita, péssimo (riqueza por pessoa). E o PIB normal, patamar satisfatório (41º lugar em Minas).
Primeira Coluna publicada na Gazeta, edição de 29/7/2017.