# Eustáquio Amaral

Padre a Caminho da Santidade e um Recorde Envolve Patrocínio

30 de Junho de 2021 às 21:36

Epopeia. Fatos memoráveis e gloriosos sempre marcam um tempo. Há quinze anos, carismático e milagroso sacerdote holandês foi beatificado no Brasil. Exatamente na tarde e noite de 15 de junho de 2006. E uma emissora de rádio fez uma singular transmissão da beatificação. Talvez, nenhum componente da mídia (rádio, TV ou jornal) tenha feito ação semelhante até à época. Padre Eustáquio e Rádio Difusora são os épicos protagonistas do inesquecível acontecimento.

A BEATIFICAÇÃO Quinta-feira, dia 15/6/2006, Estádio Mineirão com mais de 70 mil fiéis, 16h, aconteceu a solenidade. Embora por volta de 13h a área externa do antigo Mineirão já cotinha “um mar” de gente. O arcebispo Dom Walmor Oliveira de Azevedo (hoje, presidente da CNBB) dirigiu o evento juntamente com o representante do Vaticano.

PRESENÇA PATROCINENSEEm torno de 300 devotos do Padre Eustáquio de Patrocínio estiveram no Mineirão, liderados pelo padre Vinicius Maciel (hoje, pró-reitor do Santuário/Igreja de Padre Eustáquio em BH) e pelo padre Osmânio.

O QUE É BEATIFICAÇÃO É um ato oficial da Igreja, onde o Papa inscreve um cristão como bem-aventurado. Isso após comprovação de um milagre atribuído ao cristão. Em poucas palavras, é o passo mais importante no caminho para esse cristão se tornar santo, no futuro.

QUEM FOI PADRE EUSTÁQUIONasceu em Aarle-Rixtel, Holanda, no dia 3/11/1890. Em 12/6/1925 chegou ao Rio de Janeiro e em 15/6/1925 à Água Suja (Romaria), onde foi nomeado vigário. Em 11/9/1926, em uma de suas visitas a Patrocínio, Padre Eustáquio van Lieshout, em nome da Congregação dos Sagrados Corações assinou o contrato de doação do imóvel para instalação do Ginásio Dom Lustosa. Em 15/2/1936 foi transferido para Poá, pertinho de São Paulo, onde apareceu nacionalmente devido aos seus milagres. Em 11/10/1941, após rápidas passagens por Rio Claro, Campos do Jordão, Araguari e Rio de Janeiro, chegou a Patrocínio, onde se tornou capelão da (pequena) Igreja de Santa Luzia e padre na Santa Casa, mas residindo no Ginásio. E diversos milagres aconteceram na cidade pelas suas bênçãos. Em 12/2/1942, foi transferido para Ibiá, viajando de trem. Em 7/4/1942, ocorreu a sua chegada em BH, onde assumiu a direção da Paróquia de São Domingos. Em 30/8/1943, faleceu no Hospital Alberto Cavalcanti (BH). Nesse um ano e quatro meses, realizou diversos milagres (a ele atribuídos). Em 31/8/1943, a capital assistiu ao seu mais solene féretro (enterro). Autoridades e uma multidão participaram do sepultamento. Os seus restos mortais, hoje, estão sepultados na Igreja que leva o seu nome, na rua e bairro que têm o seu nome também.

SUI GENERISA Rádio Difusora foi uma das três emissoras presentes no Estádio (Rádio América/BH e Rede Católica de Rádio), transmitindo em tempo real. A, então, Difusora-AM e pela Internet começou a sua jornada cristã às 14h e encerrou às 21h30min, algum tempo após o término da solenidade. Antes e depois do evento da beatificação no gramado do Mineirão, foram apresentadas diversas passagens do santo padre em Patrocínio e Romaria. Participaram da mais histórica jornada da rádio, segundo Sanarelli, os repórteres Cristiano Romão e o (próprio) Alberto Sanarelli, percorrendo o hall e todos os espaços estratégicos do Estádio. E, na cabine nº 1, este cronista (Eustáquio Amaral) e José Maria Campos, que dia 15 desta semana disse: “...hoje faz 15 anos exatos que realizamos a mais longeva transmissão da história da Rádio Difurosa. Foram sete horas e meia ininterruptas...” Além dos quatro apresentadores, Benildo Borges cuidou da logística e técnica da Difusora.

E MAIS... Nessas sete horas e meia, não houve intervalos, nem interrupções, apenas eram lidas mensagens de seis patrocinadores da transmissão. Grupo AGAL (combustíveis), Casas Manoel Nunes, Colégio Atenas, Viação Cidade de Patrocínio, Reunidas Agropecuária e Paróquia Padre Damião de Molokai. Tudo o que foi dito envolvia a vida de Padre Eustáquio.

FONTES DAS FOTOS Livro Bem-Aventurado Eustáquio, escrito pela patrocinense Lucélia Borges Pereira. Arquivo do Patrocínioonline e livro de José Vicente Andrade.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

                               

 

 

 

 

                     

 

 

 

 

 

 

 

Primeira Coluna também publicada na Gazeta, edição de 19/6/2021.

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