Antes de mais nada, Governador, Zema você terá meu voto novamente.
É fato. Pegou um estado emPeTecado, negativado, sucateado, enlameado...
No seu típico minerês disse que "o carrapato estava mais gordo do que vaca" E foi falando a nossa linguagem que seu recado foi bem recebido nos quadrantes das gerais. Seu fiozinho de voz, foi se tornando um brado ecoando pelas montanhas de Minas. Se viu vencedor numa corrida de obstáculos, algo digno de uma olimpíada.
Lembrando que você tinha como adversário, nada menos do que a liderança consolidada e respeitada do Senador Anastasia. Voce, chegou com honra.
Agora, olha aqui pra mim, governador...não, nos olhos...
Tanto acredita na potencialidade do nosso município, que aqui mantém dois empreendimentos.
Quando voce visitou Patrocínio, em campanha eleitoral, tinha apenas 3% das intenções de votos nas pesquisas.
Aqui foi recebido de braços abertos. Em pequenas reuniões regada a cafezinho, encontrou simpatizantes, que compraram a sua ideia, quando tudo era novo, inclusive o partido. Lançava o alicerce, fala ainda tímida, mas aqui teve gente que pôs o ombro debaixo da obra com você. Cheguei a crer que apenas pretendia divulgar a nova sigla partidária.
Caminhou ao seu lado pela cidade pedindo a confiança do voto.
Resultado? 08 em casa 10 patrocinense votou em você. 95,6% de votos no Alto Paranaíba.
Entre dois mineiros, estamos em casa, então me permite uma primeira franqueza:
Quando eleito, você ao que parece, esqueceu a nossa região. Me corrija se estou enganado, mas ninguém do Alto Paranaíba no alto escalão de seu governo...
Sim. O começo de sua gestão foi desafiador. Contratempos, catástrofes e tragédias ( só pra citar uma : Brumadinho)
Sendo executivo originário do setor privado, onde as coisas fluem num estalar d dedos.( claro, quando a burocracia do estado permite) custou a panhar pé da situação. A máquina pública era uma geringonça destroçadas. As contas do governo, esse trambôlho emaranhado.
Com tudo, honrou o cargo como poucos. Doa seu salário de governador às entidades assistenciais ao longo do estado. Se tem de conversar com o Presidente, não fica latindo de longe igual aos outros, vai até lá e fala com o homem...
Continua olhando aqui nos meus olhos governador...
Não sei muito de seu relacionamento com o nosso Prefeito Deiró, creio ser de respeito e civilidade como se deve. Afinal, dois homens públicos democratas, eleitos com a consciência de servir ao povo patrocinense e mineiro, respectivamente.
Aqui preciso ser delicadamente franco:
Neste momento tenebroso pelo qual todos estamos passando; neste tempo de pânico e avassaladora incerteza; nesta hora crítica em que o que mais importa é salvar vidas humanas,
o Governo do Estado, tem sido ostensivamente ausente. Tem escondido a mão de ajuda.
Não, mil vezes não. Não peço primazia, nepotismo regional, coisa do gênero, o estado é grande, a grana é curta e as necessidades são muitas.
O que fez para Coromandel, no momento mais tenso e trágico de sua história, merece nosso reconhecimento e gratidão.
É precisamente da ausência desta atenção que aqui passo a me referir..
Dia deste, o prefeito Deiró sem ter mais o que fazer se viu tendo de cobrar uma dívida de repasses institucionais, que o estado deve ao município da ordem de R$ 20 milhões. Como assim, nem satisfação, meu governador!
Nas contas da Secretaria Municipal de Saúde os custos diário do Hospital de Campanha chega a R$ 600 mil, dinheiro estes oriundos dos cofres do município.
Nossa estrutura de atendimento hospitalar, infelizmente, estourou seu limite.
Não há mais UTI, disponível no município. Desesperador.
Nosso competente e dinâmico Secretário Municipal de Saúde, Luiz Eduardo Salomão, fez uma revelação preocupante. Ele e sua equipe passaram a noite anterior, tentando desesperadamente localizar vagas de UTI, em alguma cidade do estado para transferir 07 pacientes entubados. Ao que parece conseguiram com muito custo, estas vagas na cidade de Bom Despacho, há 270 Km, quase 4 horas de viagem. O estado não pode disponibiliza nem helicóptero para facilitar o transporte?
Muito se fala em Uberlândia, mas Patrocínio é também uma cidade polo. Aqui se recebe pacientes de uma vasta região, uma das razões que levou a estourar o limite de atendimento e chegarmos neste estado caótico.
Outra preocupação.
Nossos guerreiros da linha de frente já estão quase a um ano nesta batalha sem trégua. São poucos. A começar pelo secretário, muito exigido, estão completamente extenuados, exauridos, falta profissionais para amenizar a tensão e sobrecarga de trabalho. O estado poderia e pode ajudar. Por que não ajuda?
Resumindo a ópera: Não se descuide de nenhuma cidade de Minas, sobretudo, não se esqueça, assim de Patrocínio...
Estamos em estado de alerta máxima.
(Quem vai levar ao conhecimento do governador?)