Importância. O nosso querido Município tem a sua no cenário da agropecuária. Com informações oficiais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, a surpresa positiva do maracujá, mexerica e milho se destaca na terra campeã nacional do café.
LEITE – Quanto ao critério de “vaca ordenhada”, Patrocínio ocupa o 10º lugar em Minas. Os líderes do Brasil são Ibiá e Prata. Já quanto à “quantidade produzida de leite de vaca”, o Município é superado no Estado por Patos de Minas, Coromandel e Ibiá. Se considerar o Brasil, está em 7º lugar.
E MAIS... – Outro ângulo dos dados. Considerando “o valor da produção de leite”, Patrocínio se situa em 5º lugar, ultrapassado também por Monte Alegre de Minas. Focalizando o total de “efetivo do rebanho bovino”, é apenas o 26º lugar do Estado.
ANÁLISE – Embora seja grande produtor de leite, nos últimos anos Patrocínio foi superado por Patos de Minas. E, recentemente, por Coromandel e Ibiá. Ou seja, deixou (somente) de ser o nº 1 de Minas, que foi por muito tempo. Provavelmente, a surreal falta de uma indústria lactea seja um dos motivos da redução relativa da bacia leiteira rangeliana. Precisamos acordar.
EQUINO – Esse grupo, que reúne cavalo, burro e jumento, coloca a cidade em 24º lugar em Minas. Na região, Uberlândia e Prata lideram o “efetivo do rebanho”.
SUÍNO – Em 7º lugar no Estado e 38º no País, o “efetivo do rebanho” patrocinense demonstra ser estratégico. Principalmente, em função da eficaz indústria Pif Paf. No Triângulo, Uberlândia e Patos de Minas estão à frente nesse quesito. A performance da Santa Terrinha é a mesma (boa), se o quesito considerado é “matriz do rebanho”.
OUTROS REBANHOS – Bubalino (búfalos), caprino (cabras e bodes) e ovinos (carneiros e ovelhas) existem no Município, porém sem destaque estadual. Apenas o “rebanho galináceo”, sobretudo no quesito “galinha”, faz Patrocínio aparecer bem no placar mineiro (55º lugar). Na região, Uberlândia é a líder.
LAVOURA PERMANENTE – Sob os critérios “quantidade produzida”, “valor da produção”, “área destinada à colheita” e “área colhida”, Patrocínio é disparadamente o líder brasileiro na produção de café. À média distância se encontram Três Pontas, Manhuaçu e Nova Resende. Patrocínio é como se fosse a Seleção Brasileira de 1958, com Garrincha e Pelé. E a de 1970. Um show no café.
BOMBA...! – Patrocínio é o vice-campeão mineiro de produção de maracujá. É superado apenas por Araguari, que tem a indústria Maguary. Em “área colhida” já é o nº 1 de Minas. Apenas quanto ao quesito “rendimento médio” precisa melhorar um pouco. Guimarânia, Carmo do Paranaíba e Lagoa Formosa também são importantes na produção de maracujá. O “valor da produção” patrocinense é de R$ 2,7 milhões/ano.
OUTRA SURPRESA: MEXERICA – Patrocínio é o maior produtor de tangerina (mexerica) da região e posiciona-se em 10º lugar em Minas no quesito “quantidade produzida”. No Brasil está em 49º lugar. Na variável “valor da produção” é o maior do Triângulo e o 7º lugar do Estado. Já no quesito “rendimento médio” é o 2º de Minas, superado somente por Várzea da Palma. O “ valor da produção” gira em torno de R$ 3,2 milhões/ano.
DEMAIS LAVOURAS PERMANENTES – Quanto ao quesito “valor da produção”, a situação (posição) de Patrocínio em Minas é confortável com outros produtos. Abacate (57º lugar), banana (65º), coco-da-baía (32º), limão (58º), manga (64º), e pêssego (26º lugar). Como se observa, Patrocínio é o maior produtor de pêssego do Triângulo. E na sua abençoada terra é produzido (e bem!) até coco-da-baía.
CAPITAL DO MILHO PODERÁ MUDAR – Você, caro leitor, acreditaria que Patrocínio produz mais milho do que a capital do milho, Patos de Minas?? Confira neste minifúndio de papel o quê o IBGE documenta sobre o milho, nas próximas edições.
TAMBÉM – Nas próximas crônicas mais análise da agropecuária. Depois da pecuária e lavoura permanente apresentadas nesta edição, virão a lavoura temporária (batata-doce, batata-inglesa, cebola, tomate e outros) e, cereais e leguminosas (arroz, feijão, milho, soja e sorgo). Patrocínio é destaque em alguns desses. Portanto, confira em breve.
Primeira Coluna publicada na Gazeta, edição de 24/6/2017.