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Censo. Os números pesquisados em 2022 continuam sendo revelados pelo IBGE. Agora, chegou a vez da Pirâmide Etária e do Sexo. No que se refere a Patrocínio, há excepcionais indicadores. Como está a longevidade no Município. Tem mais homem ou mulher? Qual a faixa de idade que predomina na população patrocinense? Quantas crianças brincando na cidade e na zona rural? Enfim, um retrato atual dos quase 90.000 habitantes sempre é bom saber. Esta análise é totalmente exclusiva.
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PATROCÍNIO NA CONTRAMÃO DO BRASIL – No País, existem a mais 6,0 milhões de mulheres. Está “sobrando” mulher, felizmente. Exceto, em Patrocínio, que tem 380 homens a mais. Precisamente, 45.103 homens versus 44.723 mulheres. Isso no geral da população. Pois, se observar por faixas de idade, em algumas dominam as mulheres.
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QUEM MANDA NA “MELHOR IDADE” – Acima de 55 anos de idade, os homens perdem para as mulheres. São 10.193 mulheres contra 9.239 homens. Ou seja, são quase 1.000 mulheres a mais entre a turma dos cabelos (naturais) prateados.
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ESTATÍSTICA É VERDADEIRA: MULHER VIVE MAIS – Em todas as faixas etárias de 55 a 59 anos, 60 a 64 anos, 65 a 69 anos, e assim por diante, as mulheres são líderes. Ou seja, tem maior número em Patrocínio. Por exemplo, entre 70 e 74 anos, são 1.154 pessoas que têm barba e 1.317 que usam batom. De 80 a 84 anos de idade, são 622 mulheres e somente 474 homens.
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QUE BELEZA! A TURMA SECULAR – Mais de 300 pessoas com mais de 90 anos vivem em Patrocínio. Graças a Deus, desafiam o tempo. Na faixa de 90 a 94 anos, as mulheres dão um show de vida. São 152 mulheres e 84 homens. Isso dá para demonstrar a vitalidade feminina.
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DEZ SUPER-HOMENS E MULHERES-MARAVILHA – Com mais de cem anos, a supremacia segue com a turma feminina: são seis. E quatro homens. Essa turma nasceu na época que o prefeito era chamado de Agente Executivo, da inauguração da “Maria Fumaça” (trem movido à lenha), em 1918, e de quando o jornal “Cidade do Patrocínio” (do cel. Honorato Borges) dominava a opinião pública na urbe, formada só de ruas de terra/poeira e muitas árvores.
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QUAL A IDADE MAIS POPULOSA? – Entre os homens, que são a maioria geral em PTC, a faixa etária que tem mais pessoas é entre 25 e 29 anos. São 3.772 cidadãos. E entre as mulheres, a maioria se encontra na faixa de 30 a 34 anos. São 3.562 cidadãs. Na faixa de 35 a 44 anos, há também muita mulher, ou seja, são quase 7.000. “Chove” homem é quando são consideradas as faixas de 20 a 44 anos de idade. Deve ser devido a força de trabalho, sobretudo, no campo.
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COMO NASCE MENINO EM PATROCÍNIO! – Considerando de 0 (zero) a 9 (nove) anos, o Censo registrou 5.820 meninos e 5.516 meninas. Isto é, praticamente 300 meninos a mais. Então, hoje, são quase 11.500 crianças, que marcarão o futuro dessa nação chamada de Patrocínio.
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ENVELHECIMENTO POPULACIONAL – O total de pessoas com 65 anos ou mais no Brasil chega a quase 11% da população (em 2010, era 7,4%). O índice de envelhecimento brasileiro está em 55,2%. Ou seja, para cada 100 crianças de 0 a 14 anos, há 55,2 idosos. Em Minas Gerais, há 68 idosos para 100 crianças de 0 a 14 anos de idade. Araxá, tem menos (58 idosos). Patos de Minas é uma cidade melhor para a gente de mais de 65 anos. Lá, há 70 idosos para cada grupo de 100 crianças de 0 a 14 anos. Patrocínio está empatada com Uberlândia (56 idosos). Monte Carmelo e Uberaba, por exemplo, estão à frente. Carmo do Paranaíba dá um “baile” em favor dos idosos (são 89 idosos para 100 crianças). Por que será? A primeira causa é a redução de fecundidade/nascimento. A segunda é devido a melhoria da saúde, sobretudo oriunda de ações do Estado. Mas, têm mais causas.
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RECORDANDO UM POUCO – A população de Patrocínio está crescendo desde 1970, quando era de 35.578 habitantes. Em 2022, já são 89.826 cidadãos registrados pelo Censo. Não é o número que os ufanistas e ingênuos esperavam. Mas, foi o melhor para uma Patrocínio mais desenvolvida. A densidade demográfica apurada é de 31 pessoas, em média, por km² (exatamente 31,25). O que é compatível com os grandes municípios da região e de Minas. Nessa microrregião (de Patrocínio) a densidade patrocinense é a maior.
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ASSIM... – Patrocínio necessita conhecer bem (tecnicamente) o Censo. As boas políticas públicas nascem aí (tamanho populacional, quem mais precisa, setores debilitados, etc.). Geralmente, políticos não gostam de políticas públicas, pois elas não produzem efeitos imediatos. Com paciência, sigamos.
([email protected]) *** Primeira Coluna também publicada na Gazeta de Patrocínio, edição de 04/11/2023.