# Milton Magalhães

Política Não é Profissão

18 de Setembro de 2016 às 15:13

POLÍTCA NÃO É PROFISSÃO

A cláusula de barreira volta a ser discutida. Não por se ter reconhecido que a proliferação de partidos desfigurou o sistema político, em vez de torná-lo mais representativo. O que precisa ser feito, simploriamente, poderá ser concretizado por um motivo pouco nobre: o insaciável apetite dos políticos por dinheiro. Em bom português popular, “farinha pouca, meu pirão primeiro” é a razão pela qual o Congresso vai agir: o Fundo Partidário míngua toda vez que surge um novo partido...

O cardápio da reforma é extenso: cláusula de barreira, fim das coligações proporcionais, inclusão do voto distrital ou misto, fim da reeleição do Executivo. Mas será suficiente para produzir parlamentares éticos, competentes, comprometidos com a causa pública, e não com interesses pessoais ou familiares? Ou, ainda, para evitar a figura do político profissional? Provavelmente, não.

A política fabrica regras direcionadas a garantir mandatos sucessivos. Consequência do pânico de perder uma eleição. Afinal, como pagar as contas depois de tanto tempo longe da profissão? Essas regras produzem, então, jovens eleitos porque integram dinastias políticas, sem nenhuma experiência fora da atividade parlamentar. Ou pessoas de origem humilde que veem na política a possibilidade de ascensão social. Difícil, então, abrir mão dos privilégios que os mandatos concedem, extensivos a parentes e amigos. Isto também acaba induzindo o advogado, o médico, o engenheiro, o comerciante, os autônomos, e todos os outros profissionais, a abandonar bancas, clínicas, lojas e clientes. E, claro, existem os que não podem abrir mão de um mandato simplesmente porque o objetivo único é torná-lo um profícuo e eterno ganha-pão.

Político — é preciso insistir — não é profissão. Quando, recém-eleita vereadora, (Rio de Janeiro) propus ao prefeito consulta aos moradores antes de indicar o representante numa região, ouvi dele: “A eleição acabou. Agora você pertence ao mundo da política”. Ou seja, tinha de dar um tchau à sociedade civil. Anos depois, um deputado federal se qualificou como parlamentar, como se fosse sua profissão, e teve sua petição devolvida. Entre muitas outras surpresas, ouvi de um colega que, com a segunda reeleição, ele estaria financeiramente independente para atuar com liberdade... Foi assassinado logo depois (...)

Os políticos rejeitam amarras, mas é preciso enfatizar, sempre, que a busca por uma atividade bem remunerada, pela ascensão social e econômica, pela solução de um interesse pontual e particular não pode ser o indutor da vida política. Infelizmente, é assim que tem sido, com honrosas exceções. Mas o fato é: quem não pode perder uma eleição, não se candidate. (Andrea Gouvêa Vieira. Texto publicado originalmente no Globo)

 

ANDREA  GOUVÊIA VIEIRA

É  jornalista e ex-vereadora no Rio de Janeiro. Fora da vida pública desde 2012, essa mineira de Belo Horizonte chegou ao Rio de Janeiro com 13 anos. Jornalista de formação, passou pelo Jornal do Brasil, O Globo, Rede Globo e também atuou como assessora de imprensa com sua própria empresa..

Família  bem sucedida  em negócio de Petróleo e escritório de Advocacia. Ou seja, não, entrou na vida pública por necessidade e não quis se perpetuar na política como é tão comum.

"Levei para a Câmara Municipal a mesma curiosidade que acompanhou minha vida de jornalista. Entender porque as coisas são como são; buscar a verdade dos fatos; acreditar que o bem comum deve sempre se sobrepor ao interesse segmentado. Generalistas como são, em geral, os jornalistas, tive o cuidado de cercar-me de especialistas em meu Gabinete para exercer com qualidade meu mandato."

Nosso patrocinense/carioca Rondes Machado, disse ter sido seu eleitor  e confessa que não se arrependeu. 

 

BEM-VINDOS Á ‘SANTA TERRINHA’ 
Falando em Rondes  Machado, sempre com incontida satisfação, recebemos em casa a visita do amigo, que encontra-se na cidade.  Digo sempre que ele é um exemplo de gente que ama a sua terra natal.Deixou a Terra Mel Rangeliana  aos 21 anos, mas não deixou de amar e nem perdeu o contato com a “Santa Terrinha”. Bem estabilizado  no Rio de Janeiro, de vez em quando, percorre os mais de 800 Km e por alguns dias, ele, acompanhado da esposa Carminha Cherulli, troca o Corcovado, pela Serra do Cruzeiro; o Jardim Botânico, pela Matinha; o Ap. na rua Maria Angélica, pela casa verde abacate na Praça do T.G. Em suma, ele troca a cidade maravilhosa, por outra que, se Deus quiser, ainda vai chegar lá... Não bastasse a amizade preciosa, um monte de histórias boas, vide! Ainda me traz uma braçada de livros... Bem-vindos á “Santa Terrinha” , Rondes e Carminha!

 

ELAS NO PODER..

Números da Justiça Eleitoral comprovam que as mulheres ainda são minoria na disputa por cargos eletivos, apesar de representarem 52% do eleitorado. Do total de pedidos de registro no País, apenas 31,18% são de candidatas aos cargos de prefeita, vice e vereadora. Em Patrocínio, conseguiu-se gestão que se encerra,  a eleição de cinco mulheres para o Legislativo Municipal e - ineditamente -  a primeira mulher chegou á Presidencia da Casa de Leis em terras Rangelianas.. Gostaria que os eleitores considerasse, que a maioria das atuais vereadora, colocaram seus nomes á preciação novamente  e algumas   merecem ser reeleitas, e quanto as novas candidatas, vê-se muitas, altamente capacitadas para o cargo. Que tal a  meta  seis vereadoras, Patrocínio?

O DIA EM QUE DR LUCAS PISOU FEIO NA BOLA

Guarde este título e aguarde, vamos espicaçar este caso emblemático...

 

PUTSGRILO!
O que você fazia ha 28 anos!  Não era nem nascido, né seu engraçadinho rsrs..Já que ninguém é perfeito, eu marcava a maior bandeira em minha vida. Candidatava-me a vereador..Era um idealista, um sonhador..Queria mudar o mundo, as pessoas, minha cidade..

Afinal,  fiz muito mais: Mudei a mim mesmo...Olha, caso me dê um branco, um vacilo e me candidate de novo, me faça um favor. Um grande favor: Não vote em mim...

Credo! Vanderlei Lacerda, achou esta triste figura..Como diria o filósofo, Falabela: Chuta que é macumba! Ashuashua.. Valeu pela experiência..

 

 

DEBATE SISTEMA DIFUSORA

 O Sitema Difusora de Rádio promoverá um Debate dia  29 de setembro a partir das 20h30 min na Câmara Municipal de Patrocínio e vai contar com a presença dos candidatos: Betinho, Cássio Remis, Deiró Marra, Fausto Amaral e Greyce Elias,( Nomes em ordem alfabética)  com transmissão ao vivo pelas emissoras Difusora560 e Difusora98, e ainda com transmissão de áudio e vídeo pelas mídias sociais do Grupo Difusora de Comunicação.

Nesta oportunidade os ouvintes acompanharão os candidatos debatendo sobre temas que assolam o dia a dia das pessoas em todo o Município de Patrocínio, bem como o posicionamento de cada candidato sobre os assuntos e o que este pretende fazer, se eleito (a), for para diante as questões, amenizar ou até resolver os problemas que a população enfrenta.

Além de debaterem entre si os candidatos ainda serão submetidos, a uma rodada de perguntas elaboradas pelo jornalismo das emissoras. (Com informações de josé Antônio)

 

 

ESSA MENINADA..

Crianças de três  anos já desbloqueiam a tela de um celular, abrem e fecham os aplicativos, tudo sozinhos. Nessa idade, se me soltassem, lá na Barra do Salitre, perigava passar titica de vaca na cabeça.

 

SEJA REALISTA

Seja quem for que vencer as eleições, vai pegar um chamado rabo de foguete. O cofre está vazio.  Segundo informações da Federação Nacional dos Municípios mais de 80% das prefeituras enfrentam dificuldade para pagar juros e amortização de dívidas. Os municípios, cujos prefeitos não previram a crise econômica e financeira e não reduziram as despesas correntes, principalmente com pessoal, estão à beira de um colapso financeiro. Para a maioria das prefeituras do País as finanças se agravaram porque os executivos não previram que a queda de receitas fosse tão severa como foi e está a ser.

 

ATITUDES QUE CURAM..

A mulher havia perdido um seio. Chorando, ela abraçava o marido, sentindo-se mutilada na sua feminilidade e beleza. Como poderia continuar a ser amada pelo marido? O marido a aperta carinhosamente contra o peito e lhe diz: "De agora em diante, ao abraçar você, o meu peito estará mais perto do seu coração...". [Rubem Alves. In: Ostra Feliz Não Faz Pérola]