Pensamento. Por um instante, ele percorre distâncias fantásticas. Algumas intertemporais, do passado de outrora ao futuro de esperança. Outras distâncias, no campo físico, de um lugar a outros. Cada ser humano tem essa capacidade, alguns mais, outros menos. Durante a semana, este escriba amador pensou em qual tema do cotidiano poderia ser focalizado. Pronto Socorro, outra vez? CAP e a inexplicável derrota em Nova Lima? A mineração e seus perigos? Os 42 anos ininterruptos destes rabiscos (a coluna)? Pensando bem, o melhor são poucas palavras para os quatro tópicos.
O SONHO DO PRONTO SOCORRO – Há viabilidade, contudo com muito trabalho da comunidade. Inclusive trabalho político. Sabe-se que algumas lideranças locais tem tentado colaborar. Isto é bom. Para que o objetivo seja alcançado, principalmente a segurança dos quase R$ 10 milhões continuarem nas mãos dos patrocinenses é conveniente ter a palavra direta de quem manda: Romeu Zema. Intermediários ajudam, mas não garantem nem têm autonomia para tanto.
HORIZONTE – O recomendável é equacionar a questão convenial em até 60 (sessenta) dias. Pois, a cada dia, a dificuldade burocrática aumentará. Financeira nem se fala. O equilíbrio fiscal e orçamentário do Estado ocorrerá somente nos derradeiros meses de 2020.
GLORIOSO CAP – Muita repercussão da inacreditável derrota em Nova Lima. Que sirva de lição para os próximos jogos. Quem assistiu ao jogo, assistiu a um time displicente, “andando” no gramado e um goleiro propiciando lances jamais vistos em partidas envolvendo profissionais. É um jogo para esquecer! Acima de tudo, encontra-se o Clube Atlético Patrocinense, nossa paixão. Que voltem os guerreiros grenás. Para cima deles, CAP! (Este cronista esteve no meio da pequena torcida Mancha Grená testemunhando a ocorrência no Alçapão do Bonfim.)
SINAL AMARELO – A exploração mineral se acentua no eixo Patrocínio-Serra do Salitre. Que haja mineração, sem ilusão. Apenas empregos, anúncios e propaganda na mídia, e pequenos incentivos financeiros para as prefeituras não basta. É preciso segurança total nas barragens e, preservação/manutenção do meio ambiente. Para quem conhece Itabira e a região de BH-Ouro Preto-Congonhas sabe também da devastação (buracos, destruição, cenário triste, etc.) e do constante perigo. Por isso, mineração somente com plena responsabilidade, sob a tutela dos órgãos fiscalizadores (Ministério Público, Secretaria do Meio Ambiente e até da polícia).
TEMPO – Dia 25 de fevereiro, este minifúndio de papel ou esta coluna ou estes rabiscos ou crônica completam 41 anos. É chão bastante, é longevidade, para o autor pensar: “Acho que estou ultrapassado”. Muito distante do rincão, parece que a volúpia não é a mesma de épocas pretéritas. Todavia, mesmo com o caminhar mais frágil com as letras e o bom português, este amador plagia o imortal Ricardo Boechat: “Toque o barco!” (todas as manhãs, de 7h30min às 9h30min, era imperdível o jornal comandado pelo Boechat na rádio Band News. Ele sempre dizia “Toque o barco” no sentido de terminar um assunto e passar para outro).
ASSIM – Por mais algum tempo (esse pertence a Deus), o escriba continuará. Eternamente com Patrocínio no coração. Histórias rangelianas, estatísticas, opinião, tudo em busca do melhor para a terra natal. Independente, sem rancor, com muito amor pelo que faz. Então, sob a Divina Proteção, rumo ao ano 42.
Primeira Coluna publicada na Gazeta, edição de 16/2/2019.