Emoção. E empolgação. Estão de volta ao rangeliano que gosta de futebol. Residente ou distante do torrão, geralmente às quartas-feiras e sábados, entra em campo o coração. E haja coração! Pois, o CAP está em ação.
EXATAMENTE HÁ 23 ANOS... – Domingo, 15 de maio de 1994, quase 40.000 pessoas presentes no velho Mineirão viram o Cruzeiro ser campeão mineiro e a despedida do Clube Atlético Patrocinense da Divisão de Elite, por onde esteve por três anos. E não voltou mais. Naquele longínquo dia, a equipe celeste venceu por apenas 1 a 0, gol do grande Ronaldo, que também despedia do Brasil.
SENTIMENTO – Ouvindo as emissoras locais, Difusora, Módulo FM e Rainha da Paz, e, principalmente vendo os jogos pela TV Hoje (web), dá para o positivo bairrismo tomar conta de cada patrocinense e repetir o mantra da torcida grená: “– Vamos subir, CAP!” A fé é de que uma das duas vagas seja do glorioso Patrocinense.
PARA TANTO... – Como disse durante a semana o zagueiro Juninho: “– É necessário humildade e cautela. Faltam cinco jogos. Faltam cinco batalhas.”
RECORDANDO – Quem viu o acadêmico Flamengo (do Véio do Didino) nos anos 50. Quem viu o CAP de Edward, Jovelino, Totonho e Gulinha no começo dos anos 60. Quem viu o Patrocínio Esporte de Armando, Perigo e Chapada, na segunda metade dos anos 60. Quem viu o CAP de Dudu, Paulo Alan e Ney disputando a Divisão de Elite de Minas, depois de ser vice–campeão do Módulo 2, nos anos de 1992/1993/1994. Essa privilegiada testemunha do tempo (este escriba) pode opinar com segurança sobre o CAP/2017. A atual equipe (titulares + eventuais reservas) é igual aquelas equipes mencionadas, que tanto encantaram a cidade nas épocas de ouro do futebol de Patrocínio. Em raça, busca pela vitória, talvez o CAP/2017 seja a melhor equipe em todos os tempos.
POR ISSO – A opinião pode ser incorreta. Pode ocorrer surpresas. E o futebol é uma caixinha de surpresas. Porém, os torcedores grená (este amador escriba é um fanático deles) sabem que o sonho está próximo. CAP, Galo, Cruzeiro, América, URT, Uberlândia e companhia devem disputar o campeonato mineiro de 2018. Um sonho que perdurou por vinte quatro anos. A Divina Proteção é indispensável para torná-lo realidade. Assim seja.
PALAVRA FINAL EM DOIS LANCES
1 – CURIOSIDADE – “O CAP chegou além de nossa imaginação. Para a alegria de todos nós. Com um bom resultado em Itabira, estará entre as dez melhores equipes de Minas. E Minas tem dois campeões sulamericanos: Cruzeiro e Atlético.” Isto está escrito na Primeira Coluna, edição do JP, em 28 de novembro de 1992.
2 – OUTRA CURIOSIDADE GRENÁ – Pelo campeonato mineiro o Galo derrotou o CAP por 2 a 0, em Patrocínio, novembro de 1992. O melhor comentarista esportivo do Estado, Osvaldo Faria (Itatiaia) disse: “– O placar mais correto seria no máximo 1 a 0. Como joga o camisa 10, Dudu (do Patrocinense)!” Um mês depois, dezembro, na inauguração do Estádio Pedro Alves do Nascimento, pelo prefeito Silas Brasileiro, o CAP derrotou o mesmo Galo por 1 a 0. Gol de Dudu. E o então empresário do calçado, Dirceu Caldeira disse a este escriba amador: “– O CAP/1993 será ainda melhor do que o CAP/1992.” E foi.
Primeira Coluna publicada na Gazeta, edição de 29/4/2017.