# Eustáquio Amaral

R$ 2,2 BILHÕES NA VIDA DE PATROCÍNIO

13 de Novembro de 2022 às 19:57

                                      

 

 

 

Dinheiro. É volumoso, expressivo, o montante dele que circula no Município. O agro (agricultura+pecuária) é o maior responsável por essa intensa movimentação. E para demonstrá-la nada melhor do que apresentar os depósitos a prazo, depósitos à vista, poupança e as operações de crédito. Isso nos últimos anos em Patrocínio. Além do que é importante registrar o dinheiro patrocinense e sua representatividade no ranking estadual. Aliás, boa performance.

 

DEPÓSITOS À VISTA – É tanta grana na cidade que há somente 22 municípios mineiros com mais “reais” na rede bancária. A começar por BH, Uberlândia (R$ 1,4 bilhão), Juiz de Fora, Betim (com FIAT e Petrobrás) e Ipatinga (com Usiminas). Em 2021, quase R$ 108 milhões em depósitos à vista, em Patrocínio. Araguari, por exemplo, que é maior do que Patrocínio, teve R$ 81 milhões, o que proporcionou apenas o 32º lugar em Minas.

 

EM PLENO DESENVOLVIMENTO – Com o objetivo de mostrar a evolução financeira de Patrocínio, basta observar a situação em 2009 e compará-la com a situação em 2021. No distante ano, Patrocínio teve só R$ 42 milhões em depósitos à vista. Mesmo havendo sete agências bancárias. Ainda assim, o Município era tão somente o 39º lugar em Minas. Já em 2021, doze anos depois, é o 23º lugar, com mais do dobro em depósito (R$ 108 milhões), em menos bancos (cinco). Esses depósitos se acentuam (aumentam o ritmo de crescimento) a partir de 2018. Enquanto isso, atualmente Patos de Minas, que tem bem mais dinheiro, encontra-se em queda (curva decrescente). Araguari também em queda. E Patrocínio curva crescente (sem queda; só crescimento). Por isso, o futuro breve poderá ser mais alvissareiro ainda para Patrocínio. Não é preciso consultar nenhuma “Mãe Dináh” para essa previsão.

 

DEPÓSITOS A PRAZO – Patrocínio teve em 2021, um pouquinho mais de R$ 282 milhões em depósitos a prazo, que renderam juros e têm data pactuada para o resgate. Exemplos: o CDB – Certificado de Depósito Bancário e o RDB – Recibo de Depósito Bancário. Nesse quesito, o Município encontra-se em 37º lugar no Estado. Mas, está também em crescimento. Ou seja, curva crescente. Pode-se dizer contexto satisfatório, pois em 2009 ocupava o 54º lugar em Minas.

 

POUPANÇA – O patrocinense poupa bem. Em 2021, havia R$ 520 milhões contra R$ 116 milhões em 2009. Todavia, o patense é o campeão do Alto Paranaíba em poupança: R$ 1,09 bilhão! E os araguarinos também “guardam” o seu dinheirinho direitinho: R$ 608 milhões.

 

IMPOSTO NEM TANTO... – Quanto à variável denominada “Obrigações por Recebimento”, Patrocínio se destaca com o seu 28º lugar no Estado. É o resultado de depósitos, referentes ao INSS, tributos federais, FGTS, tributos estaduais como o ICMS, e, municipais, como o IPTU/ISSQN. Entretanto, o valor registrado para 2021 é pouco: R$ 321 mil. A série histórica indica crescimento, após queda em 2020 (ano da pandemia que pouca gente pagou/recolheu impostos).

 

R$ 1,3 BILHÃO DE EMPRÉSTIMOS – Com o 21º lugar em MG, Patrocínio efetuou, em 2021, operações de crédito no valor exato de R$ 1.292.029.522,00. Como curiosidade, Patos de Minas (6º lugar) buscou crédito de R$ 4,1 bilhões, Araxá empata com Patrocínio, e, a surpreendente terra dos legumes e verduras, São Gotardo, posiciona-se em 22º lugar (à frente de Araguari e Barbacena, por exemplo), com operações próximas de Patrocínio, ou seja, R$ 1.276.088.463,00. Da mesma maneira dos outros indicadores, Operações de Crédito em Patrocínio estão em ritmo de crescimento. Em 2006, foram só R$ 220 milhões; agora são R$ 1,3 bilhão em créditos.

 

RESUMINDO A PROSA – Somando os depósitos à vista, depósitos a prazo, poupança e obrigações por recebimento, são contabilizados mais de R$ 909 milhões circulando na cidade, em 2021. Do outro lado, mais R$ 1,3 bilhão em operações de crédito. É dinheiro para ninguém menosprezar.

 

FONTE – Nada de IPEC, nada de DataFolha, nada de Veritá, nada de Quaest. As informações apresentadas são do Banco Central do Brasil, trabalhadas pelo IBGE. Isso é o bastante. Isso tem credibilidade.

 

 

([email protected])   ***   Primeira Coluna também publicada na Gazeta de Patrocínio, edição de 12/11/2022.