Competitivo. Será que Patrocínio o é? Diga-se competitivo no mundo dos negócios, da economia, da administração pública e da qualidade de vida. Ano de eleições, ano que esses temas (assuntos) devem, ou deveriam, estar nas mesas de discussões. Nos programas de governo, pelo menos. E, logicamente, nas campanhas dos candidatos mais preparados (técnica, política e civilmente). Todavia, não é o que parece. Mas, com o apoio do Ranking de Competitividade dos Municípios, edição 2023, elaborado pelo Centro de Liderança Pública–CLP, apoiado por diversas entidades nacionais, é possível ter uma visão do Município. Pontos bons, pontos fracos. E a regular performance patrocinense no cenário de Minas e do Brasil. Claro, sem muito “economês” na apresentação.
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PATROCÍNIO NO CONTEXTO NACIONAL – No Brasil é o 169º no ranking geral com a nota 5,2 (precisamente 51,82). Se considerar apenas o Sudeste brasileiro, encontra-se em 107º lugar. Para se ter referência, Florianópolis-SC, o município nº 1, alcançou a nota de 6,6. E São Paulo, o município nº 2, a nota 6,4. Belo Horizonte, o nº 1 do Estado, conseguiu a nota 6,1.
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COMO SE CALCULA ESSA “COISA” – Segundo o CLP, a competitividade de um município é o resultado de 65 indicadores, organizados (alocados) dentro de 13 grupos temáticos (por assunto). E esses 13 grupos dentro de 3 grandes grupos (denominados 3 dimensões). As dimensões são: Instituições, Sociedade e Economia. As Instituições, que são 20% da competitividade, são praticamente o funcionamento da máquina pública (Prefeitura, Câmara e setores estaduais no município). A dimensão Sociedade, que é 42% da competitividade, corresponde à Saúde, Educação, Segurança, Saneamento e Meio Ambiente (esse ignorado em Patrocínio). A terceira (e última) dimensão, trata-se da Economia. Ela significa 38% da competitividade. E é formada, sobretudo, pela mão de obra e a vocação econômica (inovação e dinamismo) do município.
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PATROCÍNIO: CLASSIFICAÇÃO ACEITÁVEL – Em Minas, o Município posiciona-se em 27º lugar. Superado, como já é de costume, pelos vizinhos triangulinos Uberlândia (2º em MG), Uberaba (10º), Araxá (18º), Patos de Minas (19º) e Ituiutaba (23º lugar em MG). Como troféu de consolo, Patrocínio tem maior competitividade do que Araguari, Paracatu e Unaí.
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O QUE É BOM E O QUE É RUIM – À frente de PTC, há 168 municípios no Brasil, dos quais 26 municípios são mineiros. Das três dimensões (Instituições, Sociedade e Economia), Patrocínio encontra-se bem em uma, que é a Sociedade. Na dimensão Instituições perdeu 50 posições (50 pontos) nessa última edição do Ranking de Competitividade. Obteve a nota menor do que 5 (exatamente 49,6). Ou seja, alguns indicadores, dentre 10, da máquina pública estão deficientes. Pode ser “Dependência Fiscal”, ou “Despesa com Pessoal”, ou “Tempo para Abertura de Empresas”, ou “Custo Público Administrativo”, ou “Endividamento”, etc., em níveis desaconselháveis.
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O MELHOR QUESITO DOS TRÊS – A dimensão Sociedade em Patrocínio avançou 46 posições (pontos). Nela, PTC é o 89º lugar no Brasil. Alcançou a boa nota urbana de 66,6 (dentro 100). Isso significa que a “Mortalidade Infantil” está em nível baixo (bom), a “Mortalidade Materna” é baixíssima, a “Cobertura da Atenção Primária” está inserida no bom padrão, “Acesso à Educação” é louvável, a “Segurança” merece atenção, mas tem melhorado, o “Saneamento” está em nível conveniente, é, o indicador “Meio Ambiente” é a ovelha negra (desmatamento urbano e rural, pouquíssimas “Áreas Recuperadas”, etc.). Isso dentre 36 indicadores da dimensão Sociedade.
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COM POUCA VELOCIDADE, ECONOMIA CRESCE – A terceira dimensão é a Economia. No último ano, saltou 20 posições. Passou a ser a 220ª economia municipal brasileira, com a nota 36,6 (dentre 100). Isso quer dizer que o famoso “PIB”, inclusive o “PIB per capita”, está aumentando, que há “Crescimento dos Empregos Formais”, que a “Taxa de Matrícula do Ensino Superior” aumenta, que há crescimento dos “Acessos à Telefonia Móvel”, que há incremento na “Renda Média do Trabalho Formal” (enfim, salários). Assim, parte de 19 indicadores econômicos indica positividade (estão bem). Embora, numa aceleração restrita (diminuta). Em poucas palavras, a economia patrocinense está nas costas do excelente Agro. Faltam boas indústrias.
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O OBJETIVO – O principal é “incentivar a competição positiva entre os municípios”. Por meio de melhoria dos serviços públicos (municipal e estadual), atração de empresas, incentivo a trabalhadores e estudantes a viverem na cidade, e, de recomendação às lideranças de qualquer município para o planejamento e definir o que é prioritário, numa gestão pública transparente.
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PORTANTO... – Esse é o desafio e proposta do estudo “Ranking de Competitividade do Municípios”, que abrange 410 municípios brasileiros, todos com população acima de 80 mil habitantes. Está aí indispensável lição para os futuros gestores municipais.
([email protected]) *** Primeira Coluna também publicada na Gazeta de Patrocínio, edição de 04/05;2024.