# Milton Magalhães

Sr. Aglomerador o negócio é com voce

13 de Fevereiro de 2021 às 17:44

Esperiai. Começo este texto, parabenizando ao nosso prefeito Deiró, cumprimento extensivo ao Secretário Municipal de Saúde Luiz Eduardo Salomão (e Comitê de enfrentamento a covid no município) e, ainda,   ao  Secretário de Trânsito, Segurança e Transportes de Patrocínio, Dr. Danilo Pereira. Nosso destino comum, (abaixo de Deus) está nas mãos destas autoridades  neste momento  crucial em que lutamos todos pela sobrevivência. Que tenham lucidez, sabedoria, empatia, sinergia e  energia para agir salvando vidas E NÃO MENOS IMPORTANTE: mantendo a saúde econômica do município.  

Isto posto e dito, do nosso campo visual,  vamos  tecer algumas considerações sobre o novo decreto que restringe o funcionamento dos estabelecimentos comerciais e afins,  “priorizando apenas o funcionamento dos serviços tidos como essenciais no período de 13 a 22 de Fevereiro.”

A intensão não tem como ser melhor. A cidade até então, em situação controlada perante a região, acendeu de repente o alerta vermelho. Com 100% dos leitos de  UTIs na rede pública e particular ocupados, medida drásticas e urgentes teriam que ser tomadas.

Lembrando que o dia 14 de março de 2020, Patrocínio teve o primeiro caso de coronavírus confirmado nas regiões do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba. Sim, o terceiro caso em Minas,  na frente de Uberlândia,  Uberaba e Belo Horizonte. Era preocupante? Não. Era desesperador.

Naquele primeiro momento Deiró, agiu com prontidão e pulso firme. A princípio o Decreto Municipal determinava que de 23/3 até o dia 12 de abril, houvesse suspensão de todo atendimento presencial em Patrocínio. O referido Decreto duraria 20 dias, mas, por  solicitação das entidades  ACIP/CDL e Sindicomércio, solicitando manter rigorosos cuidados contra a propagação do vírus, mas com medidas menos drásticas para economia local. OK do prefeito. No dia 28/3, (Cinco dias depois) Deiró se sensibilizou e através de novo Decreto, flexibilizou o funcionamento do comércio local. Adotando todas as medidas  sanitárias   de acordo com Organização Mundial da Saúde. Logo que o novo Decreto entrou em vigor, alguns, (sempre tem alguns) começaram negligenciando as medidas contra  aglomerações e distanciamento social.  Rapidez no gatilho. Reuniões de emergência, vozes já defendia a  suspensão do novo Decreto. No entanto,  o pulso firme da Secretaria de Segurança Pública, Trânsito e Transporte e Policia Militar, ampliaram a fiscalização, suspendendo inclusive o  alvará de funcionamento de alguns estabelecimentos flagrados em desobediência ao Decreto Municipal .  O recado foi dado. Sem dúvida, a medida, enérgica serviu para despertar mais consciência e responsabilidade em todos.  

Ou, seja a  situação veio sendo controlada, tanto que Patrocínio, nem precisou  aderir o Plano Minas Consciente. “ Nossa cidade está fazendo bem o dever de casa” justificava o prefeito nas entrevistas.

Em atendendo a uma reivindicação das ACIP/CDL e do Sindcomércio, o prefeito municipal Deiró Marra assinou  em 11/05 um decreto que "determina o uso obrigatório de máscaras no âmbito do município de Patrocínio". Mas veio a campanha eleitoral, o próprio candidato Deiró que deveria dar exemplo, era visto com a máscara no queixo pedindo votos por ai. Já disse ad nauseam, que o correto no ano que se passou era cancelar- não adiar- o pleito, mas tiveram preguiça de “mexer na Constituição”

Veio o fim de ano. O brasileiro festeiro, gandaieiro e aglomerador por natureza,  chutou o balde. Foram  para as compras presenciais, fizeram churras em família, as  festas clandestinas fora do perímetro urbano, então foi uma loucura.  

 Tal e qual no pais inteiro, Infelizmente, em Patrocínio, o descuido das medidas de prevenção aumentaram a transmissão da doença. Jovens que contraem a doença de forma leve e quando voltaram  para casa, passam a doença para seus familiares, idosos, pais, avós. A repercussão foi visível.

Aqui a pensar... Quantos casos semelhantes ao da atriz  Nicette Bruno, que  cumpria isolamento à risca havia 10 meses. Tadinha: “Esperando  a vacina chegar”. Recebeu a visita de um parente que  não sabia que estava infectado e, infelizmente, transmitiu o vírus para ela. Quantas e quantas pessoas, sem saber, levaram a morte para a pessoa que tanto ama?

E aconteceu em Patrocínio o que jamais poderia acontecer: Trinta e três dos 67 moradores da Casa do Idoso Recanto São Vicente, foram infectados com covid e estão internados no Hospital de Campanha da cidade. Destes, infelizmente, dois óbitos  (E a boa notícia do Secretário de Saúde é que os demais vem reagindo bem). Este lamentável fato, mas diversos pacientes vindo de outras cidades " com gestores  que não fizeram o dever de casa", colapsou o sistema municipal de saúde.  

"COM 100% DOS LEITOS OCUPADOS E PARA NÃO CHEGARMOS AO PONTO DE ESCOLHER QUEM VAI SER ENTUBADO OU NÃO”

Até 10 de Novembro, números quase estabilizados,  eram um total de 2.164 casos confirmados e 41 óbitos; 03 na UTI. Agora, 13/02, 3.489 infectados; infelizmente, 67 mortes, e 09 na UTI.

Ai,  veio o lockdown seletivo  e controverso como todos. (Aliás que palavra forte, pancada seca, essa tal  lockdown, foi eleita a palavra do ano 2020 pela equipe que publica o dicionário Collins. Parece um coice do burro no estomago da gente)

 É sobejamente sabido que o Governador Zema, suspendeu o ponto facultativo da festa do rei momo em Minas,  nos dia 15 e 16. Em Patrocínio, no entanto,  para a maioria será “feriado forçado” Com essa gente sem consciência o tiro sai pela culatra.

Um dos pontos salientes  do decreto institue a lei seca. Foi mesmo que mexer em um vespeiro. A galera do grosope e cagibrina soube ou intuiram que as novas medidas, ainda a serem ditadas,  proibiriam bebidas alcoólicas. Foram “espertos” pra dedéu,  formaram filas de aglomerações nos hiper/supermercados para garantir o estoque de manguaça em casa enquanto durar o decreto.

De fato reza logo no “Art. 3° - Ficam terminantemente proibidas a venda, a distribuição e o fornecimento, inclusive por meio remoto (delivery ou retirada no local), de bebidas alcoólicas em estabelecimentos de quaisquer natureza, devendo ser retirados os produtos das prateleiras do estabelecimento ou isolá-los com medidas de contenção”

Muitos e muitos “vivos”, correram antes, deram aquele jeitin..

Aliás. Se não ACABARMOS com esse  famigerado “JEITINHO BRASILEIRO” ( Aquele recurso bem ‘verde amarelo’, usado para driblar leis, burlar regras, furar filas, quebrar selo de qualidade, pra bamburrar no lucro e pra levar vantagem- atitudes triviais no dia a dia do cidadão brasileiro).. não tem como DIMINUIR o câncer da CORRUPÇÃO. Culpam os políticos, mas  eles, o "JEITINHO” e a CORRUPÇÃO, vem do coração do povo, da cultura do povo, para as altas cortes de Brasília, e o mundo das gigantescas corporações empresariais. O que dizer do novo crime "fura-fila". Não é que pessoas que não consta no Plano Nacional de Vacinação, achava um jeito de passar na frente e receber a cobiçada dose. Tiveram que correr e criar uma lei punindo os caras de pau. 

“JEITINHO BRASILEIRO” diz que os outros cumpram o decreto “eu vo pra galera”.

Um outro “Calcanhar de  Aquiles” do novo decreto: “Bancos, lotéricas e cartórios: DEVERÃO MANTER O ATENDIMENTO NORMAL*,  utilizando-se dos cuidados de segurança e saúde, com os clientes preferencialmente dentro das agências, mantido o distanciamento entre as pessoas de no mínimo 01 (um) metro, impedindo que as pessoas se aglomerem na entrada do estabelecimento, que ficará sob a responsabilidade das Instituições” (* Grifo nosso)

“ATENDIMENTO NORMAL?”  Alguém se esqueceu da filas externas intermináveis na porta da Nossa, Caixa!, Banco do Brasil, Mercantil, Itaú,  Bradesco  e lotéricas no centro da cidade? Aquilo , sim,  é uma aglomeração pra ninguém botar defeito.

 Outro ponto fraco do decreto diz: “Igrejas, templos e centros religiosos no geral: poderão funcionar desde que mantido o distanciamento mínimo de 1 metro entre as pessoas com 50% da capacidade de ocupação máxima e obrigatoriedade do uso de máscara, álcool em gel e demais medidas de prevenção e segurança ao COVID” Sabemos que muitas igrejas, obedecerão religiosamente ao decreto e farão, algo mais importante do que a vacina. Pedirão a Deus em oração o fim desta pademia, pois “A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos.” Mas será se todas igrejas ( local de aglomeração)  cumprirão o decreto de vigilância sanitária.

 Outro ponto crítico, que vai durar  nove dias, mantem os grandes empreendimentos (entubados)  no lucro: “Hipermecados, supermercados, mercados, mercearias e açougues: poderão funcionar todos os dias de 06:00hs às 18:00hs.”

Mas os pequenos comerciantes,( sem entubação) em prejuízo, sem precedentes:

“Bares, pizzarias, hamburguerias, restaurantes, lanchonetes, lojas de conveniência e afins: exclusivamente para entregas delivery ou retirada no respectivo estabelecimento, observados os protocolos de segurança e os ditames do artigo 3º, sendo expressamente VEDADO o consumo no local e respeitado o horário de funcionamento de seus respectivos alvarás”

Alguém já viu alguma loja no centro da cidade com filas, aglomerações. Mesmo antes da pandemia, tinha  estabelecimento que custava  entrar dois ou três clientes no decorrer do dia. Salão, barbearias  com agendamento e um cliente por vez, não pode?.  Quantos destes guerreiros, colocarão um sorriso no rosto e  abrirão as suas portas no dia 23 de Fevereiro?  Essa que é a verdade.

Mas é preto no branco. Logo, dura lex, sed lex , a lei é dura, mas é a lei, por mais rígida que seja, enquanto não flexibilizada, deve ser respeitada.

Poisé,  Sr  aglomerador irresponsável e ignorante,  veja onde chegamos. Vai continuar se imaginando o “filhinho favorito do papai de céu?”. Quem te garantiu que se contrair o vírus você vai escapar? Qualquer coisa, da UTI para “sete palmos de chão”.  Enterro sem velório.  

No preâmbulo deste, citei Dr. Danilo Pereira - secretário que passa segurança -  não, ele sozinho, a Polícia Militar, e um grande levante de cidadãos conscientes da gravidade do momento, vamos fazer valer o decreto. Trabalhador consciente, honesto e responsável não encostem a mão, mas trangressores iresponsáveis, que põe em risco a vida alheia, "desçam  a borracha". 

Seja um dedo- duro, delate, DENUNCIE AGLOMERAÇÕES “JEITINHO BRASILEIRO”  sem dó nem piedade.  

 “100% DOS LEITOS OCUPADOS E PARA NÃO CHEGARMOS AO PONTO DE ESCOLHER QUEM VAI SER ENTUBADO OU NÃO”

Vou dar uma flanada pela cidade, levando comigo este número comigo (34) 98848- 1171