# Eustáquio Amaral

Trio de Ouro: Café, Leite e Suínos

19 de Maio de 2019 às 21:53

Potencial. É prazeroso ver o de Patrocínio. Desta feita, duas entidades do setor produtivo, por meio de seus veículos de comunicação, mostram como é a força do campo no Município. Cada qual, ao seu modo de ver. Um pouco do que comentam, nos últimos tempos, é bom saber. A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais – FAEMG, e a Confederação Nacional da Indústria – CNI, são os órgãos. O café e o leite patrocinense puxam o assunto.

DESTAQUE BRASILEIRO – No final do ano passado, a Agência CNI de Notícias visitou quatro municípios no Brasil. O objetivo é demonstrar a identidade do território e sua gente com determinados produtos. A exemplo como acontece com a seda chinesa, o vinho grego ou champanhe francês. Quatro produtos foram selecionados e suas respectivas indicações geográficas. O café da Região do Cerrado, o queijo Canastra, o vinho do Vale e a farinha (de mandioca) de Uarini. Daí, Patrocínio (MG), São Roque de Minas, Bento Gonçalves (RS) e Uarini, a 600km de Manaus (AM), foram visitadas.

A HISTÓRIA DO CAFÉ – Segundo a multimídia da CNI, no decorrer dos anos 60, as lavouras do Paraná e de São Paulo enfrentaram pragas devastadoras, além da irregularidade do tempo, como geadas. Daí, o Governo Federal ofereceu incentivos para os produtores irem para o Cerrado. O badalado programa Polocentro foi um desses incentivos. Os paranaenses e paulistas não perderam a bela alternativa. Com muito trabalho e desenvolvimento genético da planta feito pela Epamig, o Cerrado hoje produz 6 milhões de sacos por safra. E Patrocínio tornou-se o município líder brasileiro, com 52 mil hectares plantados.

MARCOS – O café do Cerrado Mineiro é o primeiro café com Denominação de Origem (D.O.) do Brasil, desde 31/12/2013. Ou seja, com plena qualidade. A excelência é tanta que faz o café da região ser comprado sem ser ao menos visto por importadores japoneses e de outros países. O café na região é tech. É a tecnologia a serviço do café desde a fazenda até o consumidor. Hoje, com a leitura simples de um código (QR Code), é possível saber a fazenda que produziu o café, os nomes dos produtores, altitude, área plantada, tipo do café, ano da colheita e informações sensoriais do referido café.

PECUÁRIA – Com informações do IBGE (algumas já divulgadas neste minifúndio), a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais – FAEMG divulgou os maiores em diversos segmentos da pecuária. Quanto à atividade de Vacas Ordenhadas, Patrocínio encontra-se em 8º lugar, em Minas, com 29.000 vacas. Já quanto à produção de leite é o 2º lugar no Estado com 144.432.000 litros produzidos. O primeiro lugar pertence a Patos de Minas, para onde também vai expressiva parte da produção leiteira patrocinense.

SUÍNOS – Estimulado pela Pif Paf, o rebanho de porcos no Município atinge 150.600 cabeças. Isso proporciona o 6º lugar em Minas. Uberlândia é o 1º lugar, com o incentivo da Sadia e Perdigão.

FONTE – Pormenores dessas informações estão no número 38 da Revista FAEMG/SENAR, ou em seu “site”, e, no Portal da Indústria da CNI, além de extensa divulgação (da CNI) na televisão, rádio (inclusive Itatiaia), bem como em outras plataformas de multimídia CNI.

ENFIM – Nunca é demais apresentar a pujança da agropecuária de Patrocínio. É orgulho da terra amada.

Primeira Coluna publicada na Gazeta, edição de 27/4/2019.

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