Tempo. Como passa rápido! Uns o chamam de Senhor Tempo. Outros de Sua Majestade, Tempo. Este escriba amador o viu passar por quarenta anos. Certamente, não verá por mais quarenta anos. Apenas por mais algum tempo, definido por quem pode, Deus. Graças aos queridos veículos Jornal de Patrocínio, Gazeta, Patrocinioonline e Rede Hoje, este teimoso e limitado autor continua viajando, sob o céu de sua terra natal. Um pouco de quatro décadas sempre é bom confessá-lo.
A RAZÃO – Em 1977/1978, este escriba foi técnico da então poderosa Secretaria Estadual de Planejamento/Fundação João Pinheiro. E, naturalmente, por lá passaram diversas informações de interesse da região de Patrocínio. Como não havia deputado da cidade, o acesso dos administradores municipais às informações era muito difícil. Algumas totalmente desconhecidas pela gente rangeliana. Nesse cenário, o apaixonado patrocinense, assinante do JP, pensou: “eu posso colaborar divulgando estratégicas informações e opiniões. Aliás, é dever de cidadão. Irei conversar com o Joaquim (do JP) se me dá espaço para tanto.” Espaço concedido. Dia 25 de fevereiro de 1978, é revelado a hipótese de um grande ramal ferroviário, ligando Patrocínio a Patos de Minas (fosfato). Projeto do Governo Federal, que por causas não divulgadas, mais tarde não foi priorizado.
POR QUE O NOME? – Nas semanas subsequentes de março/1978, foram surgindo outros assuntos. Tais como o Polocentro. Um programa federal, associado ao Estado, que alavancara a agricultura no cerrado. Inclusive, a joia econômica chamada Café. O escriba refletiu: “como escrevo semanalmente o melhor é transformar os rabiscos bem intencionados em coluna ou crônica.” Como o melhor para Patrocínio era (e é) o único objetivo. Como a informação era de primeira (diversas vezes, exclusivas). Então, o autor fez analogia com a estratégia bélica. Na guerra pelo desenvolvimento, pelo progresso patrocinense, o trabalho (o espaço) deveria ser denominado Primeira Coluna. Aquela determinada coluna (militar), aquele tipo, que vai à frente, em todas as batalhas. Assim, nasceu o nome “Primeira Coluna”.
E MAIS... – Mesmo que haja derrota em alguma batalha, o importante é ter êxito na guerra. Nisso a Primeira Coluna colaborou modestamente, apesar de uma ou outra batalha perdida. Patrocínio de 2018 é infinitamente melhor do que a bucólica Patrocínio de 1978. O progresso aconteceu, devido a vários motivos.
ALGUNS DESTAQUES – A revelação dos minerais no subsolo do Município. A história de Padre Eustáquio em Patrocínio. A criação do Ginásio Dom Lustosa (série que virou livro em Brasília). A presença dos padres holandeses por quase meio século. A campanha “Patrocinense Vota em Patrocinense”. A razão maior da instalação da Superintendência de Ensino (devido à estatística completa, aqui publicada e analisada, conforme a assessoria do então dep. Romeu Queiroz e de técnicos da Secretaria de Educação, a coluna foi a ferramenta utilizada na definição). A pavimentação de diversas rodovias teve o dedo desta crônica, pois o JP era entregue pessoalmente por líderes patrocinenses aos deputados, DER-MG e Palácio da Liberdade.
UM LADO “SABOR DE PAIXÃO” – O folclore rangeliano e seus principais personagens. O Clube Atlético Patrocinense, o glorioso CAP, desde o seu nascedouro, com os bons e maus momentos, alguns com exclusividade. A série “Reminiscências de uma Geração” reviveu a vida da juventude nos anos dourados. A História de Patrocínio em tópicos.
CAMPANHAS – O VAF, o Valor Adicionado Fiscal, e sua importância para o Município foi (e é) demonstrado em detalhe. Por muito tempo com exclusividade no Estado. O respeito pelo dinheiro público e o porquê. Os índices e informações oficiais dos institutos de pesquisas foram e são apresentados todos os anos. Destaques para o IBGE, Fundação João Pinheiro e revistas especializadas.
POR FIM – Os grandes políticos da história de Patrocínio. As passagens de JK e Alkmim (o incrível vice-presidente da República) por este chão. O renascimento da Associação dos Patrocinenses de BH. As grandes empresas de Patrocínio e dos patrocinenses, segundo publicações oficiais. A luta incessante pelo meio ambiente, tais como: Serra Negra, Serra do Cruzeiro e a ausência de árvores.
CONCLUSÃO – Tudo por amadorismo pleno. O “escriba” jamais foi remunerado. Muito menos com vantagens pessoais. Tudo realizado com gosto e compromisso ético. Este autor ganhou. Ganhou muito. Ganhou centenas de amigos e (parece) credibilidade. Isso basta. É o suficiente para viver feliz. Muito Feliz.
Primeira Coluna publicada na Gazeta, edição de 17/2/2018.