Thiago Malagoli, Presidente da Câmara Municipal de Patrocínio, eleito para o biênio 2017/18, tem chamado a atenção por ser uma liderança jovem, atuante, inteligente, popular, coerente e bom de trampo. Daqueles que precisam de incentivo por parte da sociedade, por pretender seguir o caminho de integridade na vida pública.  Repete sempre que, sua  vontade de servir, de ser útil, de participar, com o seu trabalho e com suas  ideias, do progresso do município, somado ao  estímulo, incentivo e apoio de familiares e incontáveis amigos, é  que o motivou a ingressar na vida pública... Digno da entrevista: “Um Cafezinho com quem tem o que dizer”, Thiago, disse-se nos, que como Presidente, pretende atualizar e modernizar o Regimento Interno da casa, que já completou 26 anos. Seu foco é  buscar a harmonia e a promoção do  entendimento entre os pares; aparelhar o Legislativo para dar  respostas  mais firmes e positivas ás demandas da  população patrocinense. Sobre o Prefeito Deiró, disse que é um homem de coragem e de visão. Que suas propostas têm sido, nesse momento inicial, de mudanças estruturais. “Os tempos atuais são de modernização e adequação à nova realidade.” Vai continuar com o  slogan “Casa Cidadã”, convida permanentemente o  povo para participar dos trabalhos legislativos. Quer ser conhecido como o presidente que valorizou aquela  Instituição, investiu na sua  humanização, valorizou e reconheceu a importância das vereadoras e vereadores e servidores; e que cuidou da Casa, abrindo-a ao máximo para o povo. E finalizou: "Que, no futuro, minha filha Carolina se refira a mim com orgulho, dizendo que seu pai foi um político simples, autêntico, honrado, leal e honesto":

O que motivou você a ingressar na vida pública?

- A vontade de servir, de ser útil, de poder participar, com meu trabalho e com minhas ideias, do progresso de meu município. E também o estímulo, o incentivo e apoio de meus familiares e incontáveis amigos.

Qual o slogan de sua gestão?

- Na presidência da Câmara vamos manter o slogan “Casa Cidadã”, porque na verdade é isso que a Câmara é: a Casa do Povo, que acolhe a todos os segmentos e correntes da comunidade.

Em 2012, você foi o vereador eleito com mais votos, 1.643 (3,67%). Em 2016, você, obteve expressivos, 2.006 votos, (4.44) Ao contrário de muitos candidatos, você teve um crescimento eleitoral. Qual o segredo?

- Em meu primeiro mandato procurei ser coerente, trabalhei com afinco, dediquei os melhores de meus esforços, cumpri com responsabilidade minhas atribuições de vereador, e, graças a Deus, continuei tendo o reconhecimento daqueles que antes já haviam confiado em mim e conquistei a confiança de muitos outros que valorizaram este meu trabalho. Então, o segredo é o trabalho, a atitude, a honestidade, a sinceridade na relação com os eleitores que lhe dão a procuração popular para você representá-los.

Você foi um dos vereadores mais combativos na gestão anterior, agora se tornou situação.

-Se me tornei “situação” foi porque o povo entendeu minhas argumentações enquanto “oposição”, naquilo que fui combativo e incisivo, e viu que era mesmo preciso mudar, tentar um modelo novo de administração e gestão. A questão não é ser “oposição” ou “situação” e sim participar dos grandes debates que envolvem a qualidade de vida e o bem-estar de nossa população, bem como o desenvolvimento de nossa querida Patrocínio.

Você chegou a dizer que sua eleição foi graças à intervenção do amigo Deiró. Pelo visto você é uma pessoa agradecida, mas, é independente. Precisa sê-lo. Não haverá confronto de poderes? Como você administra isto?

- Não, não há e nem haverá confronto de poderes. Os poderes são independentes e harmônicos entre si. O presidente da Câmara tem como incumbência máxima, além de bem representar o Poder Legislativo, dirigir os trabalhos da Casa, apresentando projetos, encaminhando-os às Comissões e às votações em Plenário, seguindo preceitos regimentais e constitucionais. O prefeito Deiró já foi legislador, deputado estadual experiente, ele sabe como é essa relação e respeita e valoriza. E, não podemos esquecer, ele tem maioria absoluta na Câmara e suas propostas têm sido, nesse momento inicial, de mudanças estruturais. Ele é um homem de coragem e de visão. Os tempos atuais são de modernização e adequação à nova realidade. A Câmara de Patrocínio sempre foi e continuará sendo parceira de primeira hora de todos os projetos que venham para beneficiar nosso município como um todo.

Sua eleição para presidência foi quase unânime. O que aconteceu nos bastidores de tão especial que levou a este consenso, pode-se dizer, inédito, na Casa do Povo?

- Tudo foi construído com base no entendimento, com muito diálogo, respeito às peculiaridades de cada companheira e companheiro vereador, ouvindo seus anseios, dando-lhes segurança de que eu colocaria toda minha experiência, esforço, boa vontade e dedicação a serviço de bem representar nosso Legislativo. O que nos concedeu essa condição foi a confiança que cada um depositou em mim, pelo que serei eternamente grato e tudo farei para honrá-la.

Você não recebe subsídio diferenciado a que teria direito como presidente da Câmara. Seu salário é o mesmo dos vereadores?

- Sim, meu salário é equivalente ao dos demais Pares.

Pode-se dizer que sua gestão será de austeridade e disciplina financeira. Explique a redução dos ‘supersalários’ no parlamento municipal.

- Estamos vivendo tempos de austeridade financeira, em que o Poder Público tem que dar exemplos de como cortar na própria carne. É assim que estamos nos conduzindo, porque cada centavo economizado pode ser aplicado em setores importantes.

Você pretende passar recesso de trinta dias no meio do ano para apenas quinze dias. Vai conseguir?

- Esperamos que sim, mas a decisão do Plenário é soberana. O que percebemos é que a atividade da vereança não tem dia e nem tem hora. Nossa Câmara se compõe de mulheres e homens populares, sempre presentes no meio do povo. Então, essa redução proposta para o prazo do recesso é para as sessões ordinárias, ou seja, as discussões e votações. E como o trabalho do vereador é contínuo e ininterrupto, achamos que reduzir o prazo do recesso parlamentar não será problema.

Vivemos a era da impaciência, não se admite esperar mais do que 15 segundos para se obter uma resposta. Como o homem público se adapta a esta realidade?

- Com responsabilidade, respeito humano, dignidade, observando o rigor das leis, ciente de suas limitações humanas, sabendo dizer um sim e um não com sinceridade e mesclando razão e coração. Mas, mesmo na “era da impaciência”, é preciso ter calma e paciência.

Você foi o autor do Título de Cidadania Honorária concedido ao governador Fernando Pimentel. Em seu discurso, ele revelou que por coincidência, já morou na rua Patrocínio em Belo Horizonte. Teremos um governador amigo de Patrocínio?

- Podemos dizer, sem medo de errar, que já temos um governador amigo de Patrocínio. Em meio a tantas dificuldades vividas pelo Estado, veja quantos benefícios ele já trouxe para nossa cidade. O Novo Pronto Socorro, por exemplo, é de uma magnitude imensurável, que vem para realizar o sonho de nossos munícipes. Aquele que um dia foi o menino da rua Patrocínio, 387, é hoje um adotivo filho ilustre de nossa terra, o que só engrandece o rol de homens de bem que trabalham pelo seu progresso.

O Novo Pronto Socorro já era um caso perdido em Patrocínio, desde 2014, a administração anterior, não priorizou a sua construção, se embananou toda, perdendo todos os prazos. E o projeto foi para a gaveta. Mas, surpreendentemente, o Governador Pimentel, em sua visita à cidade, autorizou o repasse de R$ 7 milhões, para esta construção. Era um caso perdido, Deiró reverteu. Fale a respeito.

- O Deiró, enquanto deputado estadual, da base do governo, sempre lutou pelas causas da Saúde e as conquistas são inegáveis e estão aí para quem for justo e quiser reconhecer. O Novo Pronto Socorro sempre fez parte da agenda do homem público Deiró Marra. Só que o Deiró não faz corpo mole, quer tudo pra ontem. Diferente de outros administradores, não quis deixar para tentar resolver esse assunto no apagar das luzes do governo. Ele envidou esforços e já deu solução logo nos primeiros dias de sua administração. Em breve Patrocínio terá seu Novo Pronto Socorro. O que importa não é o que se diz. É o que se faz. O povo quer fatos. Porque, contra estes, não há argumentos. 

Você foi eleito presidente do Polo do Microterritório Triângulo Norte, que envolve doze cidades da região. Isto lhe dá uma grande projeção. Nasce aí uma liderança regional?

- Sim, sob a batuta de Margonari Marcos Vieira, Secretário Executivo do Governo de Minas, tivemos a honra de sermos eleito presidente – como representante dos Legislativos - deste Polo Microrregional, em 30 de janeiro último, representando os municípios de Patrocínio, Abadia dos Dourados, Coromandel, Cruzeiro da Fortaleza, Douradoquara, Estrela do Sul, Grupiara, Guimarânia, Iraí de Minas, Monte Carmelo, Romaria e Serra do Salitre. Liderança, amigo Milton, é algo que se conquista e só o tempo para dar a resposta exata. O melhor de tudo é ver Patrocínio, com sua pujança socioeconômica, voltando a ser sede de um polo regional.  

Sobre a atualização/e ou mudança do Regimento Interno da Câmara, na sua concepção o que precisa mudar logo para se adequar a realidade?

- A Resolução 047/90, que institui o Regimento Interno da Câmara Municipal de Patrocínio, é de 28 de dezembro de 1.990. É preciso reconhecer que quando foi estabelecido foi um grande avanço (Patrocínio foi uma das primeiras Câmaras da região a adotar um regimento próprio); é um bom Regimento, que ao longo de todos estes anos vem atendendo à Casa em suas questões internas. Mas precisa ser revisado, modernizado, atualizado, para se adequar com mais eficiência e transparência aos novos tempos.

Seu partido PMB (Partido da Mulher Brasileira), foi punido pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MG) por não promover participação feminina. Um contrassenso, não? Qual a sua posição, como filiado?

- Em Patrocínio, o PMB tem representação feminina. Temos procurado fazer de nossa parte. Nossa presidente, a empresária Rita de Cássia Gonçalves, tem a preocupação quanto ao aumento da participação da mulher na política, porque é preocupada com a pauta feminina, como forma de ampliar a oferta de políticas públicas para as mulheres. Nós temos, em nosso quadro de filiados em nível municipal um número considerável de mulheres com suas filiações em dia. É um Partido novo que está se estruturando e se fortalecendo e vai mostrar a que veio.

Você acha que o Prefeito Deiró Marra vai dar sequência nas edições do “Mapa da Mina”?

- O Mapa da Mina, do modo como vinha sendo realizado, é um modelo que se esgotou. Surgiu em função da grande expectativa gerada em torno da vinda da Planta Química da Vale para Patrocínio. Muita propaganda enganosa foi feita nesse sentido. Mais importante que este evento seria não ter cochilado e permitido que sonhos se frustrassem, como de fato ocorreu, por falta de gestão política e pulso firme, para não dizer uma quase irresponsabilidade. A partir de sua segunda edição o evento já perdeu força. Agora, se vai dar sequência ou não é uma decisão do prefeito. Acho que o Deiró está mais preocupado, nesse momento, é em correr atrás do prejuízo que herdou e ver o que é possível resgatar da Vale, para não ficarmos apenas com o buraco quilométrico que a mineradora vai deixar.

Pelo sim e pelo não, o que você acha de através da Câmara, instituir um Projeto, criando a “Semana Municipal do Empreendedorismo e Inovação”?

- É uma ideia. Mas, para tal, é preciso haver parcerias, porque uma inciativa dessa natureza está mais afeita à Pasta do Setor dentro do Executivo do que ao Legislativo.  

Você será o Presidente da Câmara Municipal, por dois anos. Vai tentar a reeleição?

- Pelas regras em vigor, isto não é possível.

Dá para criar em Patrocínio o Projeto Vereador Mirim?

- Sim. Mas precisa ser um projeto arrojado, que tenha objetivo de continuidade, senão vai acontecer o mesmo que aconteceu em 2009 ou 2010, em que se instituiu na administração de Patrocínio o “Prefeito Mirim” e tudo não passou de puro marketing político-eleitoral, que serviu só para se posar para fotografias e não foi pra frente. Tudo que envolve criança, futuro, tem que ser levado muito a sério.

Você tem dado provas que respeita e reconhece o valor da imprensa patrocinense, já ouvi você até se referir á imprensa como o “primeiro poder”. Qual o seu posicionamento quando o Prefeito Deiró Marra, prestigiar diário eletrônico em BH, ao invés dos jornais locais?

- Valorizo e reconheço a importância da imprensa no contexto do aprimoramento da Democracia. Como porta-voz, formadora de opinião e disseminadora de informações sobre fatos, de forma clara e esclarecida. Quanto à sua pergunta, não seria ético o presidente do Poder Legislativo opinar sobre uma decisão já tomada - e já em prática - do chefe do Poder Executivo para dar transparência aos seus atos administrativos.

Você acha que é possível trabalhar para unir a ExpoPatrô, a Fenicoopa, e o Seminário do Café, para criar a FENACAFÉ - Festa Nacional do Café? Ou a FENAPATRO - Festa Nacional de Patrocínio?

- Sim, é possível trabalhar nesse sentido, não vejo dificuldade nenhuma. Só não podemos nos esquecer de que são muitas entidades laboriosas e fortes envolvidas nestes eventos citados por você, eventos que inclusive já se tornaram tradicionais em nosso meio e muito aguardados pela população. 

O Deputado Federal Weliton Prado, do PMB de Uberlândia, tem sido visto com você. Alguma conquista através desta parceria?

- Algumas boas conquistas, Milton. O deputado Welinton Prado gosta de Patrocínio. Ele é jovem, dinâmico, visionário, e sempre esteve atento às nossas solicitações, empenhando-se, com toda sua assessoria, para incluir emendas no orçamento da União que sejam de interesse de nosso município. Por meio de seu trabalho já conseguimos Patrulhas Mecanizadas, ambulância, ônibus escolar, Praças da Saúde etc, e temos vários pleitos encaminhados, cuja concretização é incansavelmente perseguida por ele. O deputado Welinton Prado é um grande parceiro, um amigo, uma pessoa simples e de fácil acesso, com quem eu falo a hora que eu quero, sempre para tratar de questões de interesse de nossa gente.

É possível o Legislativo Municipal estabelecer um diálogo mais próximo com a sociedade civil organizada? De que forma?

- A Câmara Municipal é a Casa do Povo. E isso não é mero slogan, é prático, pois ao longo destes 175 anos de emancipação político-administrativa de nosso município a Câmara sempre foi palco de debates, discussões, participação popular. Sempre que um projeto polêmico vai a Plenário a galeria recebe um público que se manifesta. E os vereadores estão em contato permanente com os diversos segmentos sociais, pois circulam com desenvoltura no meio do povo, a todos ouvindo e dando atenção. Já nesse nosso início de mandato como presidente da Câmara, promovemos uma campanha, via imprensa, convidando o povo a participar de nossas reuniões, todas as terças-feiras, a partir das 19 horas, convite este que reforçamos aqui agora. Porque a participação da população é fundamental para o pleno exercício da democracia.

Roubos e Violência na cidade têm passado dos limites. O que a Câmara fará para reverter este quadro?

- Ao longo de sua história a Câmara sempre foi parceira dos órgãos e entidades que zelam pela segurança pública e bem-estar social. Estamos de prontidão, sempre de plantão a tempo e a hora. E é importante frisar que a população tem no vereador a autoridade mais próxima para se queixar e se manifestar, solicitando tomada de medidas e estas manifestações são levadas às autoridades policiais. O vereador é o elo que repercute estas preocupações. Estamos em constante contato com os comandantes, delegados, policiais e autoridades, acompanhando de perto o trabalho e cobrando soluções e medidas coibidoras.

Qual líder político você tem como grande referência?

- Da atualidade, Barack Obama, ex-presidente dos Estados Unidos. Do passado, Juscelino Kubistchek, Tancredo Neves e Ulysses Guimarães, três grandes estadistas. 

Um livro especial?

-  A Bíblia Sagrada.

Um filme marcante?

- São muitos filmes marcantes que já assisti sobre a vida do grande líder sul-africano Nelson Mandela, mas eu destacaria “Invictus”. E recomendo.

O que não suporta numa pessoa?

- Arrogância.

E a virtude que mais gosta?

- Simplicidade.

Qual será o seu legado ao final de sua gestão à frente da presidência da Câmara Municipal de Patrocínio?

- Quero que amanhã ou depois se lembrem de mim como o presidente que valorizou a Instituição. Que investiu na humanização da Câmara, valorizando e reconhecendo a importância das vereadoras e vereadores e servidores; que cuidou da Casa, abrindo-a ao máximo para o povo; que zelou da estrutura física do Palácio do Legislativo, um dos prédios de Câmara mais admirados não só da região, mas de todo interior mineiro.

Como gostaria de ser reconhecido lá no final de sua vida pública?

- Gostaria de ser lembrado como um bom político, próximo das pessoas, solidário com as famílias, principalmente as mais humildes. Que, no futuro, minha filha Carolina se refira a mim com orgulho, dizendo que seu pai foi um político simples, autêntico, honrado, leal e honesto.

(Publicado na coluna "O Meio e Mais" Gazeta de Patrocínio, edição de 25/02/2017)