Aniversário. Dia 26 de maio, foi o do companheiro Jornal de Patrocínio. Completou 44 anos. Lá foi a escola deste escriba amador. Nas suas páginas aprendemos muito e vivemos intensamente a Santa Terrinha. Passamos por diversos órgãos da mídia rangeliana. Há quase dez anos, estamos nesta Gazeta, criada pelo amigo mestre Sebastião Elói. E no Patrocinioonline e Rede Hoje. Como homenagem ao querido JP, transcrevemos a nossa última coluna, em 23 de fevereiro de 2008. Antes, é bom dizer que, teimosamente, estamos na prorrogação rumo aos 40 anos de puro amadorismo.
VIDA – Estamos completando um ciclo. Foram trinta anos de JP. De 25 de fevereiro de 1978 até 2008. Patrocínio em primeiro lugar. Patrocínio acima de tudo (neste planeta). Uma coluna puramente, totalmente, amadora. Recheada de ética, moralidade e pleno respeito ao cidadão, ao leitor e ao dinheiro público que é sagrado. Mesmo ameaçada em algumas oportunidades, a bandeira da imparcialidade e do bem tremula.
RECORDANDO... – A campanha fundamentada para a instalação do Polocentro (razão maior pela presença do café). A campanha, a luta, por meio de estatísticas oficiais para a criação da Superintendência Regional de Ensino, na visão do saudoso Maurício Roza, o que a Primeira Coluna apresentou foi o quesito principal para Patrocínio sediar o órgão regional da Educação. A campanha dos anos 80 e 90, “Patrocinense vota em Patrocinense”, concebida e efetivada neste minifúndio de papel, colaborou decisivamente para a eleição de deputados patrocinenses.
E MAIS – A séria “Um Santo que Patrocínio Conhece” contou a história de padre Eustáquio no Município, durante algumas semanas. A exclusiva história e a saga do futebol patrocinense. A série “Reminiscências de uma Geração” narrou os principais fatos dos anos dourados, em diversas edições sucessivas. A revelação exclusiva dos minerais no subsolo de Patrocínio (isso nos anos 80).
DOCUMENTOS IMPORTANTES – A verdadeira, e até então desconhecida, história do Ginásio Dom Lustosa. A influência nas mesas do DER-MG para a pavimentação da rodovia Patrocínio-Perdizes. A promoção e recomendação para a recriação da Associação dos Patrocinenses Ausentes. A “História de Patrocínio” em cronologia (na verdade, parte de um livro ainda não publicado). O folclore rangeliano em seus melhores momentos. A popularização da Acadmia Patrocinense de Letras.
SEM FIM – Quantos amigos, quantas alegrias, estas linhas fizeram. Maior elo entre Patrocínio e Belo Horizonte. Maior simpatizante do Clube Atlético Patrocinense. A incansável batalha pelo verde e meio ambiente. A trincheira contra o mau uso do recurso público. A guerra pela preservação do pífio patrimônio histórico. A exclusiva elucidação do Valor Adicionado Fiscal-VAF (até então nenhum órgão da imprensa mineira tinha feito a análise).
FOI ASSIM – O tempo passou. Vitórias e mais vitórias que ofuscaram completamente as derrotas. Por este minifúndio não teve sequer um centavo da prefeitura em qualquer época. Idem da Câmara Municipal. Nem de políticos. Nem de empresas. Brilhando ou não, a Primeira Coluna foi a arte de escrever por escrever. Por gostar de uma causa chamada Patrocínio. Emoção não faltou. Amor e entusiasmo também não.
POR FIM – Trinta e nove anos não se resumem numa edição. O respeitável leitor, principalmente os mais antigos, sabe a nossa postura. Por isso, agradecemos por esta etapa vencida. Grato ao JP, Revista Presença, Gazeta, Patrocinioonline, Rede Hoje. Grato à nossa amada Patrocínio por ter nos proporcionado bater alguns recordes na imprensa. O amador que mais tempo permaneceu, ininterruptamente, em uma página de jornal. Valeu. E como valeu para este escriba. Obrigado, Senhor!
PONTO FINAL (I) – Vale a pena continuar? Ou pendurar as chuteiras?
PONTO FINAL (II) – A missão está cumprida (esta coluna foi publicada em 23 de fevereiro de 2008 no JP).
Primeira Coluna publicada na Gazeta, edição de 3/6/2017.