Conforme o último Boletim divulgado na tarde dessa terça-feira, 07/03, pela Secetaria de Estado da Saúde, em 2017, até o momento (07/03), foram notificados 1.076 casos de Febre Amarela, sendo que desses 57 foram descartados e 272 são casos confirmados. Em relação aos óbitos, há 184 óbitos suspeitos. Desses, 101 foram confirmados.
Nos últimos quatro dias, mais 12 casos da doença foram confirmados pela SES. O número foi de de 260 confirmações para 272, o que representa alta de 4,6%. Em relação as mortes suspeitas, já são 184, três a mais do que divulgado na última sexta-feira. Ainda faltam ser analisados 83 óbitos, o que pode quase dobrar as mortes pela doença neste ano. Já foram descartados 57 casos.
Morte de macacos
O boletim da semana passada com a atualização sobre a investigação de casos suspeitos de febre amarela silvestre, Minas Gerais, confirma que os macacos encontrados mortos em Uberlândia, Cascalho Rico e Araxá, no Alto Paranaíba e Triângulo Mineiro foram realmente por realmente por febre amarela confirmados. Os municípios de Uberaba, Ibiá e Sacramento também já tiveram morte de primatas por febre amarela.
O que é a febre amarela?
Sintomas
A febre amarela é uma doença infecciosa grave, causada por vírus e transmitida por vetores. Geralmente, quem contrai este vírus não chega a apresentar sintomas ou os mesmos são muito fracos. As primeiras manifestações da doença são repentinas: febre alta, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, náuseas e vômitos por cerca de três dias. A forma mais grave da doença é rara e costuma aparecer após um breve período de bem-estar (até dois dias), quando podem ocorrer insuficiências hepática e renal, icterícia (olhos e pele amarelados), manifestações hemorrágicas e cansaço intenso. A maioria dos infectados se recupera bem e adquire imunização permanente contra a febre amarela.
Transmissão
A febre amarela ocorre nas Américas do Sul e Central, além de em alguns países da África e é transmitida por mosquitos em áreas urbanas ou silvestres. Sua manifestação é idêntica em ambos os casos de transmissão, pois o vírus e a evolução clínica são os mesmos — a diferença está apenas nos transmissores. No ciclo silvestre, em áreas florestais, o vetor da febre amarela é principalmente o mosquito Haemagogus. Já no meio urbano, a transmissão se dá através do mosquito Aedes aegypti (o mesmo da dengue). A infecção acontece quando uma pessoa que nunca tenha contraído a febre amarela ou tomado a vacina contra ela circula em áreas florestais e é picada por um mosquito infectado. Ao contrair a doença, a pessoa pode se tornar fonte de infecção para o Aedes aegypti no meio urbano. Além do homem, a infecção pelo vírus também pode acometer outros vertebrados. Os macacos podem desenvolver a febre amarela silvestre de forma inaparente, mas ter a quantidade de vírus suficiente para infectar mosquitos. Uma pessoa não transmite a doença diretamente para outra.
Prevenção
Como a transmissão urbana da febre amarela só é possível através da picada de mosquitos Aedes aegypti, a prevenção da doença deve ser feita evitando sua disseminação. Os mosquitos criam-se na água e proliferam-se dentro dos domicílios e suas adjacências. Qualquer recipiente como caixas d'água, latas e pneus contendo água limpa são ambientes ideais para que a fêmea do mosquito ponha seus ovos, de onde nascerão larvas que, após desenvolverem-se na água, se tornarão novos mosquitos. Portanto, deve-se evitar o acúmulo de água parada em recipientes destampados. Para eliminar o mosquito adulto, em caso de epidemia de dengue ou febre amarela, deve-se fazer a aplicação de inseticida através do "fumacê”. Além disso, devem ser tomadas medidas de proteção individual, como a vacinação contra a febre amarela, especialmente para aqueles que moram ou vão viajar para áreas com indícios da doença. Outras medidas preventivas são o uso de repelente de insetos, mosquiteiros e roupas que cubram todo o corpo.
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