A beleza é essência, ela nos leva a diversos caminhos. Na tradição cristã, como linguagem para todas as religiões, a beleza é manifestação de Deus em nós. As demais belezas são criadas pelo homem, são desvios do verdadeiro amor de Deus por nós.
Ao observamos a natureza, os animais, o outro, vemos a beleza do criador em sua perfeição de entrega a humanidade. Hoje o mundo vive poluído de palavras, reuniões, projetos, demagogias, crises, tudo que vem ao desencontro de Deus, que nos quer bem e feliz.
A linguagem do sagrado revela-se por meio do acolhimento, da contemplação da beleza.
E para você, o que é belo? Temos muitas respostas, nosso egocentrismo revela que a beleza perpassa o olhar e vai além das nossas próprias vontades. Precisamos sim apreciar o belo, o bonito, o verdadeiro, mas em cenários ruins, ou até mesmo “feios” encontramos o real sentido da beleza em nossa passagem pela Terra.
O homem é capaz de desenvolver uma beleza interior extremamente relevante para o seu crescimento pessoal e humano.
Para aqueles que estão em contato com a beleza divina não precisa ir em busca de nada. Nós já temos a certeza daquilo que somos desde batizados, que é algo grandioso. Deus não nos tranquiliza ou nos coloca melhor que os outros, ele simplesmente nos ama do nosso jeito.
A beleza deve revelar o nosso próprio jeito de ser, com nossas limitações e desafios. É Deus que age em nós! Só assim teremos uma melhor compreensão do outro, e se amamos nosso eu, encontraremos o nós, tão necessitado no contexto atual.
O intuito da beleza é mostrar que Deus é amor, não posso viver senão da minha fé e tenho isso como fator importante. Mas, a fé cresce em nós e nos questiona, sem nos satisfazer e ao nos perguntar, ela nos molda, faz compreender a beleza. Ou seja, uns vivem a beleza só no sentido exterior, e esquecem-se do essencial: a beleza da alma. Essa é tudo!
Como bem disse o poeta Goethe, “quem tem bastante no seu interior, pouco precisa de fora”.
Saibamos valorizar o verdadeiro sentido da beleza: Deus em nós!