INFORMATIVO DIÁRIO - EXPOCACCER 30-11-2018

CAFÉ

Nesta sexta-feira, a cotação do arábica na ICE encerrou o dia em forte baixa, à 107,55 cents/lb (-475 pontos) no vencimento março/19. O mercado externo segue em realização de lucros ante as altas recentes, mas também acompanhou o câmbio em parte do dia.

Especula-se que parte do movimento se deve ao fato da estimativa de produção da Colômbia pelo USDA, com um número de 14,3 milhões de sacas de 60 quilos em 2018/19, contra as 13,8 milhões de sacas indicadas para 2017/18.

Tecnicamente, os principais pontos de suporte no arábica são observados em 105,68 e posteriormente em 103.82. Já resistências vistas em 110.98 e 114.42.
 
De acordo com a Somar Meteorologia,  a semana termina com chuva nas principais áreas produtoras, por causa da presença de áreas de instabilidade.

No decorrer do fim de semana, o tempo seco no Paraná e ao longo da semana que vem, a chance de chuva diminui muito entre São Paulo e Centro e sul de Minas Gerais. Já no centro e norte do Brasil, a primeira semana de dezembro será marcada por grandes acumulados de chuva, incluindo as áreas do Conilon capixaba e o Robusta de Rondônia.

DÓLAR

O dólar comercial fechou esta sexta-feira praticamente estável, cotado à R$3,8550 (-0,07%). Com isso, a moeda norte-americana encerrou novembro com valorização de 3,58%, após dois meses de queda. 

Sem a atuação do Banco Central nesta sessão, a disputa pela formação do dólar Ptax empurrou a cotação da moeda para cima. A taxa Ptax de final de mês é usada para a liquidação de muitos derivativos cambiais e sua formação de preço acaba colocando numa "briga" os investidores que apostam na alta e os que apostam na baixa.

No exterior, investidores repercutiram a ata do último encontro sobre juros do Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos), divulgada na última quinta-feira (29) depois do fechamento do dólar aqui. 
O documento reforçou a expectativa de que os juros no país possam subir em ritmo mais lento, embora tenha indicado um nova alta já em dezembro.
Além disso, o mercado aguarda o desfecho do encontro entre os presidentes dos Estados Unidos e da China no final de semana, com esperança de algum acordo comercial entre as partes que alivie as preocupações com a desaceleração do crescimento global.

Italo Henrique - Expocaccer / Departamento Comercial