Nascido na cidade de Coromandel (MG) em 11 de 1962 e Patrocinense de coração e também de fato e de direito, pois recebeu o título de cidadão honorário de Patrocínio, Alberto Araújo, lança em Patrocínio no dia 21 de abril, as 20 horas, no Restaurante Jamaica, seu livro autobiográfico “Flores em Vida”, que é título de uma canção de sua autoria (letra) e Felipe Duran (música), sucesso na voz e Zezé de Camargo e Luciano.
Alberto é cineasta, publicitário compositor e escrito e apresentador de TV. Um homem multimídia.
O local de lançamento não poderia ser mais significativo, pois foi no Restaurante Jamaica, que Alberto Araújo trabalhou de garçom e gerente, ao mesmo tempo que nos momentos de folga atuava como goleiro no Jamaica, equipe do futebol amador e escrevia seus primeiros livros de contos, poemas e poesias.
Em 1990, mudou-se para Goiânia, montou uma produtora e iniciou uma carreira de sucesso como publicitário, escritor, apresentador de TV, cineasta e poeta. É proprietário da Fata Morgana Filmes, com sede em Goiânia-GO.
Hoje compositor de sucessos, como o mencionado, cineasta. Filmado nas cidades de Araxá e Patrocínio, em Minas Gerais, "Vazio Coração” foi longa-metragem de estreia do diretor Alberto Araújo. A produção nacional conquistou os prêmios de Melhor Filme e Melhor Ator (Murilo Rosa) na 26ª edição do Festival de Cinema de Natal (RN), em 2013.
Antes disso, produziu e apresentou programas de turismo para TV Anhanguera (Goiás Adentro e Cartão Postal). Em 2004, recebeu da Universidade Católica de Goiás o Diploma de Mérito “pelo efetivo compromisso com a preservação ambiental e trabalho em favor do desenvolvimento de Goiás”. Em 2009, lançou em Lisboa o livro Alma Transgênica. Mais tarde, retornou à capital portuguesa para lançar o livro Alma Lusitana.
Em 2017, cria e produz a página Meu Olhar, um semanário de viagens publicado no Facebook.
Em 2018 recebe em Lisboa o Prêmio Lusofonia na área de cinema. Em 2019 escreve e dirige o filme Volta à Casa Paterna, inteiramente rodado em Portugal é classificado para O FESTIN (Festival de Cinema Itinerante de Lisboa) a se realizar em dezembro de 2020.
Às vésperas de lançar o livro Flores em Vida, Alberto finaliza o roteiro de seu próximo longa metragem O Intervalo do Vaga-lume que será rodado o início de 2021Mas paremos por aqui com detalhes de sua rica biografia, que poderá ser integralmente conhecida no livro.
Entrevista ao Patrocínio ONLINE
Caro amgos do PATROCÍNIO ONLINE, é redundância dizer que cada um de nós tem uma história de vida, porque, na verdade, cada passo que damos nessa trajetória chamada viver é uma linha a mais na página que, até antes de dar o passo, estava em branco. Confesso que eu nunca havia pensado em escrever uma autobiografia, mesmo porque a gente nunca acredita que tem conteúdo suficiente.
O projeto FLORES EM VIDA, cujo título remete à letra da música que escrevi, gravada por Zezé di Camargo & Luciano, era para ser o roteiro de uma palestra, dessas em que a gente é convidado para falar da própria trajetória e, de uma certa forma, inspirar outras pessoas. Pois é, quando terminei de escrever a palestra, percebi que aquela sequência de acontecimentos narrados ali estava mais parecida com uma autobiografia. Assim, o projeto tomou outro viés e acabou virando um livro onde conto minha jornada de menino nascido na comunidade rural de Santo Inácio, município de Coromandel e que se mudou para Patrocínio em 1970, aos oito anos.
Dali para frente, é mais de meio século de caminhada, recheada de devaneios, muito trabalho em busca da sobrevivência, sempre conciliado com os estudos, sem nunca largar mão do lúdico, uma espécie de limbo que criei na minha cabeça para alimentar os meus sonhos, como a experiência teatral em Patrocínio, lá no início dos anos de 1980; depois, a paixão pelo cinema e TV colocada em prática (de forma ainda amadora), graças à câmera VHS que o amigo Maurício Cunha me deu de presente.
Fui um dos pioneiros na gravação de aniversários e casamentos; depois, videodocumentários, videoclipes.
Na sequência, vieram os primeiros prêmios nos festivais de cinema e vídeo de Gravatal (SC) e Florianópolis (SC). Mais tarde, a vinda para Goiânia a convite do amigo, incentivador e sócio, Timóteo Ribeiro. Aqui, iniciamos o programa Goiás Adentro (TV Anhanguera, afiliada Rede Globo, em Goiás) depois, o programa Cartão Postal, na mesma emissora, programa esse que foi transferido para a Rede TV (São Paulo), lá no início dos anos 2000. Muitas viagens por Goiás e demais Estados da Federação, sem falar nas experiências internacionais.
Em 2011, veio a realização do sonho maior que era fazer cinema, quando fiz questão de rodar parte do filme VAZIO CORAÇÃO, em Patrocínio. No entanto, no livro FLORES EM VIDA, “nem tudo são flores”. Além de narrar sobre as flores colhidas pelo caminho, falo também dos espinhos com os quais me deparei nessa trajetória. Estou fazendo questão de realizar o lançamento oficial do livro no Restaurante Jamaica, onde trabalhei como garçom e gerente, porque foi lá, há exatos quarenta anos, que lancei o meu primeiro livro de poemas, O CISNE BRANCO DO MEU PENSAMENTO. Deu para perceber que gosto de refazer caminhos e, principalmente, que tenho um amor incondicional por nossa Patrocínio, além do carinho especial pelos amigos que aí residem.
Convido a todos para esta noite muito significativa para mim.
SOBRE O LIVRO
FLORES EM VIDA
Autobiografia
de Alberto Araújo
209 páginas
Editora Chiado Books
Comentário do autor:
Temos a tendência de ir vivendo assim como se a vida fosse uma viagem à qual ainda não chegamos nem à metade. Sim, a vida é uma viagem mas nunca sabemos exatamente em que parte do percurso estamos. Às vezes, quando morre uma pessoa conhecida fazemos um paralelo entre a nossa idade e a do falecido, aí bate aquela preocupação, mas depois voltamos a tocar a vida com aquele velho sentimento de imortalidade. E essa falsa sensação de que somos praticamente imortais não acontece só em relação à nossa pessoa, mas também em relação aos familiares e amigos, como se eles fossem também viver pra sempre. É assim vamos adiando a atenção, o carinho de um convívio mais caloroso, mais afetuoso, afinal, para quê dizer aos nossos pais o quanto os amamos, ou aos nossos amigos o quanto eles são importantes em nossas vidas? A gente caba pensando: "Bobagem, eles devem saber disso, e no mais, deixamos para dizer em uma outra oportunidade. E muitas vezes essas pessoas queridas nos deixam antes da tal oportunidade. Em 2013 estive no Uruguai e visitei o Museu Ateliê de Carlos Páez Vilaró, um artista plástico conhecido no mundo todo. Tive o privilégio de encontrar com o próprio artista e me apresentei como um cineasta brasileiro e a conversa se estendeu... de repente eu estava ali, completamente à vontade com um grande expoente das artes da América do Sul como se fôssemos velhos amigos. Deixei o museu tão encantado com a vida e com a obra de Vilaró que decidi escrever alguns poemas sobre o universo daquele artista inspirador. Em pouco tempo já havia escrito um livro com o título Sol de Vilaró: um buquê de poemas para Carlos Páez. A ideia era enviar a obra para Vilaró, mas adiando, adiando. Dia 24 de fevereiro de 2014 fico sabendo pela imprensa que Carlos Páez Vilaró, o artista e o homem que me inspirou a escrever um livro, havia falecido, Me bateu um vazio enorme pela perda do amigo e um sentimento de culpa por não ter enviado à ele o meu buquê de poemas. O encontro e o desencontro com Carlos Páez Vilaró me ensinou a não adiar um minuto sequer uma palavra ou um gesto de carinho, uma declaração de amizade ou de amor. Foi aí que escrevi a letra da canção Flores Em Vida, interpretada com sucesso pela dupla Zezé Di Camargo e Luciano. Mais tarde, resolvi escrever uma autobiografia com o mesmo título da canção onde narro minha trajetória pessoal e profissional. As experiências vividas, muitos sonhos sonhados (alguns realizados, outros não), enfim, uma maneira de compartilhar com o leitor a longa caminhada de alguém que tem a mania de enxergar o mundo com um olhar poético, buscando sempre entregar flores em vida.
Alberto Araújo