O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) tem enfrentado dificuldades recorrentes para acessar a entrada e saída do Pronto Socorro Municipal de Patrocínio.
A situação, segundo relatos de profissionais que atuam e já atuaram na cidade, ocorre devido ao estacionamento irregular de veículos particulares e de empresas em áreas exclusivas para ambulâncias e casos de emergência.
De acordo com um ex-funcionário do serviço, que preferiu não se identificar, o problema não é novo. “Desde a época em que eu trabalhava em Patrocínio isso já acontecia. Populares entram com seus carros e estacionam em locais sinalizados como exclusivos para ambulâncias. Isso impede a entrada e, principalmente, a saída das viaturas, comprometendo o atendimento de urgência.”
O local mais afetado é a via de acesso ao corredor de emergência, que conta com sinalização proibindo o estacionamento de veículos, exceto ambulâncias. Mesmo assim, carros particulares, de empresas e até de pacientes que aguardam consultas são frequentemente vistos estacionados no local.
“O pior é quando a ambulância entra e depois não consegue sair. Já precisei manobrar a viatura de ré, com paciente grave dentro, porque havia carros fechando a passagem”, relatou o socorrista. Ele também destacou que a situação coloca em risco a vida dos pacientes, uma vez que a ambulância pode ficar presa no local enquanto uma nova ocorrência precisa ser atendida.
Profissionais de saúde têm solicitado uma atuação mais efetiva da Secretaria Municipal de Segurança, Trânsito e Transportes (SESTRAN). Apesar das placas de sinalização e da recorrência das infrações, segundo relatos, nenhuma providência efetiva tem sido tomada até o momento. “Chamaram a SESTRAN, mas não fizeram nada. O local é cheio de placas proibindo estacionamento, mas ninguém respeita”, lamentou.
Uma das fotos enviadas à reportagem mostra claramente uma placa sinalizando a proibição de conversão à direita, com exceção para ambulâncias e veículos de emergência. Mesmo com essa indicação, é comum ver carros de laboratórios e de empresas obstruindo o acesso.
Profissionais e usuários do serviço pedem que a população colabore e respeite a sinalização. Também solicitam que o poder público intensifique a fiscalização para garantir o livre acesso das ambulâncias ao Pronto-Socorro e evitar atrasos em atendimentos que, muitas vezes, envolvem risco de vida.