12 de Julho de 2018 às 10:03

Boletim Diário da Expocaccer- 11/07/2018

Nesta quarta-feira, a cotação do arábica na ICE encerrou o dia em forte baixa em sua segunda queda consecutiva.

INFORMATIVO DIÁRIO - EXPOCACCER

CAFÉ

-- Nesta quarta-feira, a cotação do arábica na ICE encerrou o dia em forte baixa, à 112,05 cents/lb (-275 pontos), em sua segunda queda consecutiva. Ainda em ajustes, o mercado também sentiu forte pressão do câmbio durante o dia além dos temores da guerra comercial China e Estados Unidos.

Na cena interna, os negócios no físico seguem lentos nas praças de comercialização do Brasil com produtores ainda bastante atentos aos trabalhos de colheita. De acordo com o Cepea, a colheita segue em bom ritmo no Brasil. Para a robusta do Espírito Santo, o volume colhido já ultrapassava os 60% do total até a última semana. Quanto ao arábica, até o momento, as regiões mais avançadas nas atividades são o Noroeste do Paraná e Garça (SP), com respectivos 60% e 50% colhidos.

Tecnicamente, os principais pontos de suporte no arábica são observados em 110,38 e posteriormente em 109.50. Já resistências vistas em 112.83 e 113.32.

De acordo com o boletim da Somar Meteorologia, o ar frio e seco avança nesta quarta-feira nas principais áreas produtoras do arábica entre Paraná, São Paulo e sul mineiro, mas sem geadas em áreas produtoras. A temperatura mínima ficou na casa dos 7ºC em Maringá e áreas produtoras do sul mineiro e acima dos 5ºC na Mogiana. O tempo se mantém nublado e com possibilidade de chuva fraca no conilon capixaba por causa de uma frente fria, onde também poderá atrapalhar a colheita em alguns momentos. A temperatura fica bem mais baixa no centro e sul do Brasil até o final desta semana, mas sem o risco para formação de geadas no café.

DÓLAR

-- O dólar fechou em alta nesta quarta-feira (11), diante do agravamento do cenário internacional depois que os Estados Unidos ameaçaram adotar novas tarifas sobre produtos da China, intensificando a disputa comercial entre as duas maiores economias do mundo.

A China acusou os EUA de intimidação e alertou que vai responder às ameaças de novas tarifas de 10% sobre US$ 200 bilhões em produtos chineses na terça-feira (10). Os dois países vêm trocando constantes ameaças e aplicaram sobretaxas mútuas sobre produtos importados.

Pequim afirma que vai responder mais uma vez contra as medidas tarifárias de Washington, inclusive por "medidas qualitativas". Empresas norte-americanas na China temem que essa ameaça possa significar inspeções mais duras ou atrasos em aprovações de investimentos ou mesmo boicotes ao consumidor.

Os US$200 bilhões superam de longe o valor total de bens que a China importa dos EUA, o que significa que Pequim pode precisar pensar em maneiras criativas de responder a tais medidas dos EUA. O montante corresponde a 40% das vendas chinesas anuais para os EUA.

Na cena interna, o Banco Central ofertou e vendeu integralmente 14 mil swaps tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, para rolagem dos contratos que vencem em agosto, no total de US$ 14,023 bilhões.

Com isso, rolou o equivalente a US$4,9 bilhões do total que vence no próximo mês. Como tem feito recentemente, o Banco Central não anunciou intervenção extraordinária no mercado de câmbio neste pregão.

Italo Henrique. Expocaccer / Departamento Comercial


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