O mercado de café NY no pregão de hoje ajustou alta de 25 pontos (+0,21%) no vencimento julho/18, cotado à 117,35.

Já o dólar fechou em baixa, cotado à R$3,7110 (-0,45%).

Bica corrida idéia de R$450,00.

INFORMATIVO DIÁRIO - EXPOCACCER

CAFÉ

No pregão desta terça-feira (12), a cotação do arábica na ICE encerrou o dia em leve alta, à 117,35 cents/lb (+25 pontos). O mercado oscila tecnicamente enquanto operadores trabalham a rolagem/liquidação das posições realizadas no vencimento julho/18 e acompanhando notícias de que não há nenhum fator no radar climático que possa atrapalhar os trabalhos de colheita no Brasil.

Segundo estudo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira, o Brasil deverá produzir um recorde de 57,1 milhões de sacas na safra deste ano, elevando sua estimativa em 3,20% frente o esperado no mês passado.

A revisão ocorre em plena fase inicial da colheita e se segue a uma estimativa de produção recorde também feita pela Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) no mês passado.

Conforme o IBGE, a produção do arábica neste ano deve alcançar 43,4 milhões de sacas, alta de 2,90% frente o considerado anteriormente. No ano passado, o volume foi de cerca de 35 milhões de sacas, segundo o instituto. Para o conilon, o IBGE projeta uma safra de 13,7 milhões de sacas, aumento de 4,10% em relação ao mês anterior. Em 2017, a produção foi de aproximadamente 11 milhões de sacas.

Conforme o IBGE, a Bahia registra forte recuperação na produção de conilon, essencial para o "blend" com o arábica e para a indústria de café solúvel.

Tecnicamente, os principais pontos de suporte no arábica são observados em 116,75 e posteriormente em 116.15. Já resistências vistas em 117.95 e 118.55.

De acordo com o boletim da Somar Meteorologia, a formação de uma frente fria já provocou fortes temporais, com ventania e granizo no Rio Grande do sul. Nesta terça-feira o novo sistema avança pelo Sul do país e provoca temporais no Paraná. O acumulado de chuva no arábica do Paraná poderá ultrapassar os 70mm e as pancadas vem acompanhadas de ventania, descargas elétricas e com alto risco de granizo. Amanhã a chuva perde intensidade e a partir da quinta-feira a chuva dará lugar a uma intensa massa de ar polar, que irá derrubar as temperaturas, porém sem o risco de geada para o norte do Paraná. A nova frente fria também chega à Região Sudeste, provocando chuva, porém com menores acumulados nas regiões majoritárias. A partir da sexta-feira o tempo seca no sudeste, esfria, mas sem o risco de geada. Entre Espírito Santo e o sul da Bahia, a chuva chega mais fraca entre quinta a sexta-feira.

DÓLAR

Após mais duas atuações de surpresa do Banco Central, o dólar terminou a terça-feira em queda cotado à R$3,7110 (-0,45%) na venda, afastando-se da tendência de valorização no exterior em meio à expectativa sobre o desfecho do encontro de política monetária do Federal Reserve, banco central norte-americano, que ocorrerá no dia de amanhã. O mercado está cauteloso em função da reunião do Fed e questões internas, mas ele se mantém amortecido com o Banco Central brasileiro agindo.

Na semana passada, o Banco Central prometeu injetar 20 bilhões de dólares adicionais em novos swaps cambiais (equivalentes à venda futura de dólares) até a próxima sexta-feira para dar liquidez ao mercado e ajudar a conter a volatilidade. Pela manhã, o Banco Central já havia feito outro leilão de até 30 mil swaps, também vendido integralmente, colocando neste mês, até o momento, 16,116 bilhões de dólares em novos swaps.

Internamente, o dólar chegou a subir ante o real nesta sessão, em sintonia com o exterior, com os investidores cautelosos com o desfecho do encontro do Fed no dia de amanhã, depois de terem recebido dados em linha sobre a inflação norte-americana. No geral, esses números estão alinhados com as expectativas e, como tal, não devem movimentar muito os mercados internacionais antes da reunião.

Há uma expectativa de que o Fed (BC americano) deva aumentar a taxa de juros pela segunda vez este ano. Os economistas estavam divididos sobre se sinalizará mais um ou dois aumentos dos juros em seu comunicado. Taxas elevadas têm potencial de atrair aos Estados Unidos recursos aplicados em outras praças financeiras, como a brasileira.

No exterior, o dólar subia ante uma cesta de moedas e também ante a maioria das divisas de países emergentes.

Italo Henrique Expocaccer / Departamento Comercial