O mercado de café NY no pregão de hoje ajustou baixa de 85 pontos (-0,72%) no vencimento setembro/18, cotado à 116,70.

Já o dólar fechou em alta, cotado à R$3,7410 (+0,29%).

Bica corrida idéia de R$450,00.

INFORMATIVO DIÁRIO - EXPOCACCER

CAFÉ    

Nesta segunda-feira, a cotação do arábica na ICE encerrou o dia novamente em baixa, à 116,70 cents/lb (-85 pontos) já no vencimento setembro/18, seguindo um movimento de rolagem e liquidação de posições dias antes do first notice day (aviso de entrega física em NY) do contrato julho/18.

Tecnicamente, os principais pontos de suporte no arábica são observados em 116,13 e posteriormente em 115.57. Já resistências vistas em 117.68 e 118.67.

De acordo com o boletim da Somar Meteorologia, o fim de semana foi marcado pelo predomínio do tempo firme na maior parte das áreas produtoras de café do país. Uma massa de ar seco que está na região sul impede a formação da nebulosidade. A segunda-feira começa com algumas nuvens no norte paranaense, mas há pouca chance para chover nesta área e se ocorrer serão rápidas pancadas e com baixos volumes. A partir de amanhã o tempo volta a ficar firme e as temperaturas seguem em elevação no decorrer da semana.

DÓLAR

O dólar terminou a segunda-feira em alta ante o real, cotado à R$3,7410 (+0,29%), em meio a temores de guerra comercial entre Estados Unidos e China e de olho no quadro político doméstico, a poucos meses da eleição presidencial bastante indefinida.

Na sexta-feira, o presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou tarifas de 25% sobre 50 bilhões de dólares de importações chinesas, e prometeu mais se a China revidasse, o que aconteceu. Pequim anunciou tarifa adicional de 25% sobre 659 produtos dos Estados Unidos avaliados em 50 bilhões de dólares.

No exterior, o dólar trabalhou estável ante uma cesta de moedas, e operava misto ante divisas de países emergentes, em alta ante o peso chileno e queda ante o peso mexicano.

A alta da moeda norte-americana também foi influenciada pela cena política local, após a notícia de que o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, pediu ao presidente da 2ª Turma do STF, Ricardo Lewandowski, que coloque em pauta no dia 26 de junho novo pedido de liberdade do ex-presidente Lula, preso há mais de dois meses por crime de corrupção.

A cena política tem deixado os mercados financeiros no Brasil bastante agitados. Com os pré-candidatos que os investidores consideram alinhados com reformas sem decolar nas pesquisas de intenção de voto, o mercado acredita que a eventual presença de Lula na disputa reduziria mais as chances de alguém com esse perfil.

A continuidade da atuação do Banco Central no mercado de câmbio nesta semana deve conter movimentos mais intensos de alta no dólar. O Banco Central prometeu ofertar 10 bilhões de dólares em swap cambial tradicional, equivalente à venda futura de dólares, nesta semana.

Italo Henrique Expocaccer / Departamento Comercial