CAFÉ
Nesta sexta-feira, a cotação do arábica na ICE encerrou o dia novamente em alta, à 110,65 cents/lb (+185 pontos), em um movimento de correção ante à queda do dólar no cenário global.
Diante de um cenário sem novidade nos fundamentos, as atenções se voltam para o fator clima, onde meteorologistas alertam sobre as chances de ocorrência do El Niño no último trimestre de 2018. O impacto sobre o café, contudo, deve ser mais intenso no período de transição para o fenômeno, por volta de setembro.
Tecnicamente, os principais pontos de suporte no arábica são observados em 108,82 e posteriormente em 106.98. Já resistências vistas em 111.77 e 112.88.
De acordo com o boletim da Somar Meteorologia, a atual massa de ar seco continua atuando sobre as áreas cafeeiras nos próximos dias, o que mantém os próximos dias sem chuva e com temperaturas máximas elevadas. Essa situação permite ainda a perda de água disponível no solo entre Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo e Rondônia. Na Bahia, apenas eventual chuva fraca à noite.
DÓLAR
O dólar despencou e foi abaixo dos R$3,80 nesta sexta-feira, cotado à R$3,7740 (-1,87%), com os investidores respirando mais aliviados diante da cena eleitoral doméstica e sob influência do exterior.
Na mínima desta sessão, o dólar bateu em R$3,7600, com mais de 2%, após notícias de que líderes dos partidos do Centrão (grupo formado por DEM, PP, PRB, PR e Solidariedade), decidiram fechar apoio ao pré-candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, mas a formalização do apoio depende ainda do “dever de casa” a ser feito pelas partes. Se concretizado, o apoio garante ao tucano bom espaço nas propagandas na TV.
Alckmin é visto pelo mercado financeiro como um político mais comprometido com os ajustes fiscais. Até então, as notícias indicavam que o Centrão estava pendendo para Ciro Gomes, pré-candidato do PDT nas eleições de outubro.
O recuo do dólar ante outras moedas no mercado internacional foi outro fator que contribuiu para a trajetória doméstica. A divisa norte-americana tinha forte baixa ante uma cesta de moedas depois de o presidente norte-americano, Donald Trump, expressar preocupação com uma moeda mais forte.
O Banco Central brasileiro ofertou e vendeu integralmente 14 mil swaps tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, para rolagem dos contratos que vencem em agosto, no total de 14,023 bilhões de dólares.
Com isso, rolou o equivalente a 9,8 bilhões de dólares do total que vencem no próximo mês. Como tem feito recentemente, o Banco Central não anunciou intervenção extraordinária no mercado de câmbio neste pregão.
Italo Henrique Expocaccer / Departamento
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